Heroes: Primeira Temporada – Season Finale

Heroes

O drama de humanos que descobrem poderes especiais é o mote de Heroes. A série deixa claro não tem vergonha de usar referências dos quadrinhos, como demonstra logo nos créditos iniciais. Na medida em que seus personagens vão se descobrindo, mais frágeis se tornam como “pessoas comuns”.

No começo da série, o pintor Isaac Mendez, com seu dom de colorir o futuro, apresenta as coordenadas para evitar que uma explosão destrua Nova Iorque. A primeira missão: “Salvar a Cheerleader! Salvar o mundo!” – antes que o vilão Sylar a encontre.

Em seus episódios (contêm spoilers), a série tem altos e baixos. É lamentável que seu final ficou no meio termo, sendo totalmente morno. Caminhos que pareciam essenciais, mostram-se sem fundamento na conclusão da trama. O roteiro ficou previsível: a garotinha Molly rastreia Sylar (e praticamente anuncia um novo vilão), Hiro salva Ando e Niki Sanders resgata seu filho Micah como o esperado. A referência Matrix, quando Parkman atira em Sylar – que, provavelmente, tomou lições com Neo – é sem imaginação alguma.

A surpresa fica por conta de Hiro desaparecendo, após finalmente matar Sylar com a sua espada, e na despedida de Nathan levando o irmão às alturas para explodir no espaço. O final do Volume I, como os produtores anunciam, pode ser ou não o fim do vilão Sylar – já que o desfecho “ele pode voltar com o DNA de uma barata mutante” fica sem esclarecimentos com o desaparecimento de seu corpo.

Na falta de história, os últimos cinco minutos da Season Finale começam com o Segundo Volume e Hiro no Japão do século XVII – praticamente no estilo dos últimos momentos de Evil Dead II. Explicações? Somente em setembro quando a série volta a ser exibida. No entanto, se a principal história está solucionada, os roteirista vão precisar se puxar muito para manter a qualidade do programa. Ah, se vão.