Review: Lipstick Jungle – Primeira Temporada

Lipstick Jungle - Primeira Temporada

Verdade seja dita. Lipstick Jungle (ou Selva de Batom, no Brasil) é prima pobre e sem classe de Sex and the City. Baseada em livro de Candice Bushnell, autora das aventuras de Carrie e companhia, a série acompanha três mulheres bem-sucedidas de Nova Iorque, lidando com suas dificuldades pessoais e profissionais.

Brooke Shields – atrolhada de botox ao ponto de lhe faltar expressão – é Wendy Healy, uma executiva que concilia a carreira com a família. Kim Raver é Nico, uma editora de moda dividida entre o casamente estável e o amante mais jovem (Robert Buckley). Para fechar o ciclo temos Lindsay Price como Victory, uma designer que encontra o amor (im)possível em um bilionário (Andrew McCarthy, um clone de Mr. Big), mas banca a Carrie – dificultando o que é simples – quando o assunto é relacionamento.

Um dos problemas da série é a falta perceptível de intimidade entre o elenco feminino. A tarefa de “atriz” fica exclusivamente nas costas de Kim Raver, além de sobrar ao galã Robert Buckey – sempre descamisado e com uma toalha amarrada na cintura – fazer com que o público feminino mantenha-se fiel ao seu abdômen e, consequentemente, ao drama.

Sem as marcas de bolsas e sapatos, objetos de desejo da mulherada, e de um relacionamento mais vivo do grupo de amigas, Lipstick Jungle sobrevive exclusivamente de histórias de mulherzinhas. Mulherzinhas medíocres, com vídas medíocres, com problemas medíocres, em bairros medíocres e amantes… no mínimo, interessantes.