Assim como ano passado, o Grammy continua cheio de momentos desnecessários.
A vitória do Coldplay, de melhor canção, já estava prevista após a primeira aparição de Chris Martin, ao piano, para apresentar “Lost!” ao lado de J-Zay e, logo em seguida, a famigerada “Viva La Vida” com seus companheiros de banda.
Os adolescentes tiveram momentos de glória nas apresentações de Taylor Swift com Miley Cyrus e, em seguida, a boy band comportada Jonas Brothers (acompanhados de Stevie Wonder) com suas apresentações básicas. Por outro lado, Jennifer Hudson, com sua presença vocal, mais uma vez prova que não é American Idol ou Disney que dita talento.
Katy Perry veio com seu hit “I Kissed a Girl” sem tom, numa produção belíssima, mas faltou fôlego para cantar ao vivo.
Em questão de segundos, foi ofuscada pela simplicidade e talento de Estelle e Kanye West no palco com a pegajosa “American Boy”.
A rapper M.I.A. – pronta para ganhar nenê – conseguiu algo praticamente impossível para apresentar a sua “Paper Planes”. Juntar Jay-Z, Lil Wayne, T.I. e Kanye West no mesmo palco.
As parcerias renderam na cerimômia. Paul McCartney na companhia de Dave Grohl, do Foo Fighters, entusiasmou o público com o encontro. Logo, a sutileza classuda de Adele, rendeu um momento intimistas com a lindona “Chasing Pavements”, mas a participação desnecessária do Sugarland quase estragou a música. O Radiohead, com um Thom Yorke performático e a presença de uma banda marcial, garantiu o melhor show da noite (vídeo) com “15 Steps”.
A noite fechou com o previsível prêmio de melhor álbum para Robert Plant e Alison Krauss. Prêmio com sabor de justiça, já que Plant (na fase do Led Zeppelin) nunca levou um gramofone de ouro para casa.
E para terminar, mais um pouco de Adele.
Até o próximo Grammy.