Nos últimos shows de sua turnê pelo Brasil, para quem esperava que Norah Jones sentaria tímida ao piano, impressionou-se com sua atitude e desempenho na guitarra, logo no início da apresentação com “I Wouldn’t Need You”, do seu álbum – menos voltado ao jazz – The Fall.
E assim seguiu com “Tell Your Mama”, “Light as a Feather” (vídeo), na belíssima “Young Blood” e até mesmo, quando se manteve com o instrumento, para executar “Come Away With Me”, do seu álbum de estreia. O mérito da artista foi fazer as composições passearem por diversos estilos como o folk, o jazz, o bluegrass, o pop, o R&B e o soul.
Foto de Cler Oliveira
Jones se diversifica de forma tranquila entre a guitarra, o wulitzer (“Even Thought” e “Chasing Pirates”) e o piano. Isso tudo, como se precisasse se livrar da imagem de artista que fica sentada ao piano, como aconteceu em sua primeira apresentação na capital em 2004.
Porém, são nas músicas apresentadas ao piano, que Jones guia o público para um clima mais intimista do espetáculo, como em “Back to Manhattan” (vídeo) ou “Don´t Know Why” (vídeo) na companhia de Jesse Harris, o autor da composição, no violão.
No bis – em clima bluegrass -, “Sunrise” parece nos transportar para uma programa de rádio antigo junto com os companheiros de banda da cantora – como se o palco tivesse sido transformado numa cena do filme ‘A Última Noite’ de Robert Altman. Na despedida, a surpresa para o público brasileiro fica nos acordes de “Asa Branca” inseridos em “Creepin’ In” (vídeo), do álbum Feels Like Home, para que Jones se despeça extremamente conectada ao seu público.
Com essa sua nova turnê, Norah prova ser uma artista de múltiplas facetas e pronta para encara novos caminhos (e desafios) musicais.
INFORMAÇÕES: Teatro Bourbon Country, Porto Alegre – RS
18/11 – 23 h.
