TOP 50 de discos de 2015 – # 11-20

#11. Sleater-Kinney
(No Cities To Love)

Após nove anos do álbum The Woods, as garotas do Sleater-Kinney, retornam com No Cities To Love firmes com a química turbulenta (“A New Wave”) e altas doses de adrenalina em seu rock pedrada apoteótico. Com riffs potentes, agressividade nos vocais, percussão inquieta com ares de nostalgia (“Hey Darling”) e refrões dançantes em canções sobre consumo (“Price Tag”), falsa noção da fama (“Bury Our Friends”) e opressões (“Surface Envy”), as roqueiras estão dispostas a quebrar regras como também prontas a ditar novas.

Dica de download: “No Cities To Love” ()



#12. Miguel
(Wildheart)

O cantor R&B Miguel dá continuidade ao seu jogo de sedução imposto no álbum Kaleidoscope Dream com uma carga roqueira e sensual em Wildheart. Seus beats mecânicos são abraçados com muito groove melódico, guitarras arrastadas tentadoras (“NWA” / “Hollywood Dreams”) e riffs tirados de “1979”, clássico do The Smashing Pumpkins inserido em “Leaves”, para dar coloração aos seus romances, noites de sexo e amores perigosos/redentores (“…goingtohell”) nesta fábula urbana.

Dica de download: “Coffee” ()



#13. Natalie Prass
(Natalie Prass)

O soul pop sofisticado, as floreadas instrumentações clássicas e o vocal puro de Natalie Prass chegam a remeter uma nova versão de Laura Nyro neste atemporal trabalho de estreia. Trilhado por belas melodias para apresentar conturbadas relações amorosas prestes a terminar, conduzida de forma masoquista (como nos versos “our love is like a long goodbye” de “My Baby Don’t Understand Me”), e cercadas de traições (“Your Fool”), Prass mantém o entusiasmo por um novo começo em “It Is You” que parece sair de um musical da Disney.

Dica de download: “Bird Of Prey” ()



#14. Everything Everything
(Get To Heaven)

O indie rock excêntrico do Everything Everything convoca o produtor Stuart Price (The Killers) para jogar sua exuberância pop (“The Wheel (Is Turning Now”) e organizar as percussões frenéticas com traços do rock psicodélico, os baixos grooveados e riffs melódicos de guitarra (“Regret”), a enxurrada de sintetizadores apreensivos (“Fortune 500”) e o vocal urgente em falsete de Jonathan Higgs neste utópico Get To Heaven ou “uma bíblia dos horrores” como o grupo define.

Dica de download: “Distant Past” ()



#15. Empress Of
(Me)

A cantora/compositora/produtora Lorely Rodriguez, responsável pela eletrônica multifacetada e emotiva do Empress Of, toma voos como uma produção R&B de FKA twigs com temperamento agressivo (em “Kitty Kat”), graça pop de Lykke Li (em “Make Up”) e vivacidade dançante dos primeiros trabalhos de Björk (em “How Do You Do It”) em letras universais (“Water Water”), de relações obsessivas, desejos (“Standard”) e amor próprio (“Need Myself”). Uma jovem mente apreensiva e brilhante.

Dica de download: “How Do You Do It” ()



#16. Tobias Jesso Jr.
(Goon)

O cantor/compositor Tobias Jesso, Jr., talvez mais reconhecido por suas composições em 25 ao lado de Adele, entrega canções íntimas sobre alegrias e desilusões amorosas (“Can We Still Be Friends”) com seu vocal terno na companhia de um piano com sonoridade setentista e DNA de Elton John (“Can’t Stop Thinking About You”), Paul McCartney (“Without You”) e Randy Newman (“Crocodile Tears”) com escrita que parece ter sido herdada de Carol King e James Taylor. A produção impecável de Goon é assinada por Chet “JR” White (ex-Girls), Patrick Carney (do Black Keys) e Ariel Rechtshaid.

Dica de download: “How Could You Babe” ()



#17. Jamie xx
(In Colour)

O produtor Jamie xx, do trio The xx, tenta a sorte com sua sonoridade eletrônica dinâmica sem rótulo e sucede com nuances afetuosas (“Girl”), batidas hipnóticas (“Sleep Sound”), peso direcionado aos clubes noturnos (“Gosh”) e rebuscando clássicos (em “I Know There’s Gonna Be (Good Times)” com sample de The Persuasions) com o apoio de amigos como Popcaan, Young Thug, Four Tet e os integrantes de sua banda para garantir um ar ainda mais colorido à sua artística estreia.

Dica de download: “Loud Places” ()



#18. Shamir
(Ratchet)

Após despontar com o EP Northtown, o jovem Shamir Bailey (a.k.a. Shamir) lança o disco de estreia Ratchet com sua carismática combinação de pop eletrônico, house, R&B e hip-hop num compilado de composições dançantes. Como uma cria de Michael Jackson, Grace Jones e influenciado pelo toque moderno de LCD Soundsystem, o garoto traz personalidade nos sintetizadores delirantes (“Make a Scene”) e urgência juvenil (como em “On The Regular” que soa um hit perdido de Azealia Banks e Le1f) em canções divertidas e introspectivas (“Darker”). Ratchet é o nascimento de uma pequena promissora estrela.

Dica de download: “Call It Off” ()



#19. Wolf Alice
(My Love Is Cool)

O Wolf Alice sustenta seu pop rock como um movimento saudosista dos anos 90. Sua fúria sofisticada carrega personalidade na sujeira sonora, força bruta nos riffs grunges, percussão firme e vocal nervoso sexy de Ellie Rowsell para guiar canções sobre crescer em Londres (“Giant Peach”), amizades de infância (“Bros”), crises juvenis e sentimentos de jovens apaixonadas com muita intensidade e aos berros (“You’re A Germ”) se necessário.

Dica de download: “You’re A Germ” ()



#20. Neon Indian
(VEGA INTL. Night School)

O produtor Alan Palomo (a.k.a. Neon Indian) em seu VEGA INTL. Night School abusa dos sintetizadores, joga riffs swingados de guitarra, baixos com aura funky groove e influência latino americana na elaboração de um quebra cabeça pop com resquícios de hits dos anos 80 e montado no vocal malicioso do artista. É como se o Daft Punk levasse Random Access Memories para tirar férias de verão numa ilha tropical paradisíaca com Shakira.

Dica de download: “Annie” ()