TOP 50 de discos de 2016 – # 31-40

#31. Phantogram
(Three)

Em Three, o duo Phantogram enfrenta temas como morte, amores possessivos (“You’re Mine”), desilusões (“Cruel World”) e agressão (“Run Run Blood”) com letras envolvidas pela eletrônica caótica (“You Don’t Get Me High Anymore”) de samples extravagantes (como no rock shoegaze e soul “Same Old Blues”) e o vocal tentador de Sarah Barthel. Um trabalho musicalmente sólido e explosivo (“Calling All”) para combater uma série de demônios pessoais.

Dica de download: “Same Old Blues” ()


#32. Wilco
(Schmilco)

Com minimalismo acústico e espontaneidade nas melodias polidas com influência de Bob Dylan e Beatles, Jeff Tweedy expõe memórias amargas e juvenis (“Normal American Kids”) em letras introspectivas e pessoais – como a morte de sua mãe (“Happiness”) ou a batalha da esposa contra o câncer (“Cry All Day”) – numa obra profunda que revela sua riqueza gradualmente.

Dica de download: “If I Ever Was A Child” ()


#33. Postiljonen
(Reverie)

Reverie – do francês “devaneio” / “sonho” – é a melhor forma de retratar os lugares que a música do Postiljonen nos transporta. A eletrônica sonhadora de sintetizadores mágicos, vocais harmônicos e instrumentos clássicos clama amor (“Are You Thinking of Me”) e positivismo (“Go!”) de forma libertadora (“Interlude (Celebration)”) com o frescor dos anos 80 nas guitarras e saxofones (“The Open Road”) afrontados com o synthpop cintilante das produções.

Dica de download: “Wait” ()


#34. Michael Kiwanuka
(Love & Hate)

Se o álbum de estreia Home Again era uma coletânea de composições íntimas e modestas, Love & Hate é um crescimento musical de Kiwanuka ao arriscar-se no R&B setentista, funk e rock progressivo – como um encontro entre Muddy Waters, Isaac Hayes e Pink Floyd (“One More Night” e “Cold Little Heart”) – com seu soul à moda antiga numa roupagem sonora moderna e letras emocionantes sobre amor, religião e inseguranças pessoais (“Black Man In A White World”).

Dica de download: “Black Man In A White World” ()


#35. case/lang/veirs
(case/lang/veirs)

Há uma beleza rara no álbum colaborativo de Neko Case, k.d. lang e Laura Veirs. case/lang/veirs conta com três grandes mulheres dividindo experiências e identidades musicais com sintonia nas harmonias folk rock impecáveis (“Delirium” e “Atomic Number”), composições cativantes (“Honey and Smoke”) e alternando protagonismo vocal de forma equilibrada em todo o registro.

Dica de download: “Best Kept Secret” ()


#36. Andy Shauf
(The Party)

O conceitual The Party é um apanhado de personagens e histórias retratadas de uma festa pelo olhar detalhista do músico Andy Shauf – desde o primeiro convidado (“Early To The Party”) ou a garota que dança sozinha com confiança (“Eyes Of Them All”) – em melodias que retomam a elegância das baladas dos anos 60/70 e que poderiam ganhar as telas num roteiro idealizado pelo cineasta Paul Thomas Anderson (como fez em ‘Magnólia’ com Aimee Mann).

Dica de download: “Quite Like You” ()


#37. Basia Bulat
(Good Advice)

Basia Bulat junta-se ao músico Jim James (do My Morning Jacket) para produzir suas desilusões amorosas (“La La Lie”) em Good Advice e incrementar com tendências pop rock e soul (“Long Goodbye”), em teclados eletrônicos e orgânicos, o habitual folk sentimental e auspicioso (“Infamous” e “Fool”) da canadense.

Dica de download: “Infamous” ()


#38. Niki and the Dove
(Everybody’s Heart Is Broken Now)

O duo sueco Niki & The Dove sela um compromisso com os anos 80 neste atemporal Everybody’s Heart Is Broken Now. Suas produções nostálgicas de sintetizadores atmosféricos soam como uma viagem de mãos dadas pela galáxia com Prince (“So Much It Hurts”), Fleetwood Mac (“Love UB”), Kate Bush (“Play It On My Radio”) e Lipps Inc (“Shark City (Tropico X)”) em suas composições fantasiosas.

Dica de download: “Play It On My Radio” ()


#39. Kendrick Lamar
(untitled unmastered.)

untitled unmastered. são sobras imperfeitas propositais e faixas não finalizadas do elogiado álbum To Pimp A Butterfly em que Kendrick Lamar vaga por gêneros musicais com propriedade – passeia pelo funk, soul e jazz -, munido de instrumentações ricas e letras controversas para desenhar o seu rap poético sobre sua relação com drogas, Deus, violência (“untitled 05 l 09.21.2014″) e luta contra a segregação nos Estados Unidos.

Dica de download: “untitled 03 | 05.28.2013.” ()


#40. NAO
(For All We Know)

A voz doce de NAO e seu time perspicaz de colaboradores – como os produtores A.K. Paul (“Trophy”), Jungle (“Get to Know You”) e Grades (“Girlfriend”) – fazem deste For All We Know uma odisseia pop groove moderna e criativa com inspiração de Janet Jackson (“Happy”) a Maxwell (In The Morning”).

Dica de download: “Fool To Love” ()

TOP 50 de discos de 2016 – # 31-40