Confira os principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Elza Soares, Charli XCX, KAZU, (Sandy) Alex G e Jenny Hval.
• Elza Soares – Planeta Fome
(Deck)
“Eu não vou sucumbir” (“Libertação”). Em tempos de “ninguém solta a mão de ninguém“, a voz distinta de Elza Soares é um ato de resistência. Em Planeta Fome, ela não se cala e retrata um país aos pedaços. A voracidade de Elza é por esperança (“País do Sonho”), igualdade (“Não Recomendado”), justiça social (“Não Tá Mais De Graça”) e amor (“Lírio Rosa”).
• Charli XCX – Charli
(Atlantic)
Depois de uma série de mixtapes, a britânica Charli XCX vem com um ‘squad’ versátil em seu terceiro disco de estúdio. Na companhia de nomes que vão do indie (Clairo, Sky Ferreira) ao mainstream (Lizzo), a artista concede um manifesto de distração (“1999”) e sensibilidade (“Cross You Out”) embriagado em sua eletrônica vertiginosa e eufórica (“Shake It”).
• KAZU – Adult Baby
(LAB 344)
Kazu Makino, a voz do Blonde Redhead, lança o seu primeiro álbum solo, Adult Baby, sob a alcunha KAZU. Um material enraizado no pop refinado, nos sintetizadores e instrumentações (“Meo”), para tratar relacionamentos íntimos e de confiança em sua essência mais pura. O trabalho traz contribuições de pioneiros do rock, indie e pop como o percussionista Mauro Refosco (Atoms for Peace, David Byrne), o baterista Ian Chang (Son Lux) e o gigante da new age Ryuichi Sakamoto, permitindo Makino descobrir e desafiar sua própria musicalidade.
• (Sandy) Alex G – House of Sugar
(Domino)
O multi-instrumentista Alex Giannascoli, o nome por trás de (Sandy) Alex G, apresenta um resultado meticuloso e coeso em House of Sugar. Sua melancolia, à la Elliott Smith e Sufjan Stevens, resulta em devaneios cinematográficos (“Hope” / “Southern Sky”) e fantasiosos (“Near”) ao longo do registro. As encantadoras orquestrações, contrastadas por elementos do folk pop e eletrônicos minuciosos, confortam o ouvinte no doloroso universo sentimental de Alex (“In My Arms”).
• Jenny Hval – The Practice of Love
(Sacred Bones Records)
Em seu sétimo disco de estúdio, o avant pop transcendental de Jenny Hval combina trechos de conversas com sintetizadores numa peregrinação para refletir amor, vida, maturidade, morte e nosso lugar no mundo como seres humanos (“Accident”).