A rapper Princess Nokia lança dois álbuns de estúdio, Everything Is Beautiful e Everything Sucks, como prometido de forma repentina no início da semana.
A natureza yin e yang dos títulos reflete a estética e olhar aguçado da artista em sua música e o conteúdo de suas letras que abordam feminismo, a vida de uma garota de origem porto-riquenha em Nova York, diversidade e minorias.
Everything is Beautiful traz influências de jazz e funk (“Green, Eggs & Ham”), que determinam um afastamento da estética e da sonoridade do álbum 1992 Deluxe e refletem o lado mais emotivo, empoderado (“Sugar Honey Iced Tea (S.H.I.T.)”) e feminino da artista. Um álbum eclético que, em faixas como “Gemini” e “Blessings”, combina hip hop das antigas e rock gótico com influências de A Tribe Called Quest e The Doors (com o refrão de “Riders on the Storm” em “Gemini”).
Por um caminho divergente, Everything Sucks, que a partir do título se mostra atrevido e sem clemência, a própria Princess Nokia no single “Practice” alega ter “trazido punk para o hip hop”, combinando rap e poesia. Abre o álbum com títulos como “Harley Quinn”, “Crazy House” e “Welcome to the Circus”, hinos autoconfiantes (“Balenciaga”), que injetam força ao material.
Os dois álbuns, lançados no mesmo dia, apresentam sons e humores completamente diferentes que refletem a artista em todas as suas facetas. Everything Is Beautiful é “a representação do lado sensível e feminino de Princess Nokia”, enquanto Everything Sucks é descrito em nota à imprensa como um trabalho “escrito principalmente durante uma semana catártica em Nova York”.
