#11. Nellie McKay
(Pretty Little Head)
Após divergências em sua gravadora, Nellie Mckay tomou coragem, botou seu disco na mochila e despediu-se dos executivos da Columbia Records. Lança Pretty Little Head por um selo menor, mas de sua maneira. O tom jazzístico e satírico da cantora está presente aqui. O contraste de suavidade e agressão nas melodias sustentam suas letras “inspiradas”. Vale destacar as participações de K.D. Lang (“We Had It Right”) e, em especial, Cyndi Lauper (“Bee Charmer”).
Dica de download: “There You Are in Me” (MP3)
#12. The Fiery Furnaces
(Bitter Tea)
Bitter Tea é um dos melhores discos confusos do ano. Os irmãos Matthew e Eleanor Friedberger passeiam e variam loucamente dentro de suas canções. As faixas transitam dentro de si, como se fossem composições diferentes. Com vocais arrastados de trás para frente (“Black-Hearted Boy”), sintetizadores aos prantos e pianos sufocantes, o clima obtido aqui é de puro pop psicodélico.
Dica de download: “Teach me Sweetheart” ()
#13. Jolie Holland
(Springtime Can Kill You)
Soando como uma diva dos anos 40/50, a ambientação deste Springtime Can Kill You é a de mais pura elegância num bar sujo. Com um timbre vocal de Billie Holiday, o folk-jazz de Holland é poético junto aos arranjos cuidadosos de suas composições.
Dica de download: “Mexican Blue” ()
#14. Cerys Matthews
(Never Said Goodbye)
Seguindo carreira solo, Cerys Matthews (ex-Catatonia) volta com este Never Said Goodbye. Com o fim do grupo, a cantora mudou-se para os Estados Unidos – mais especificamente Nashville, onde encontrou referências da verdadeira música folk para adicionar ao seu estilo e adequá-lo em suas canções. A voz inconfundível de Matthews encontrou-se musicalmente em letras que retratam o cotidiano e pessoas comuns.
Dica de download: “Morning Sunshine”
#15. Jenny Lewis with The Watson Twins
(Rabbit Fur Coat)
Jenny Lewis, longe do Rilo Kiley, aventurou-se em um disco eclético. Na companhia das gêmeas Chandra e Leigh Watson, elas excursionam pelo country (“Big Guns”), o folk (“Rise Up With Fists”) e o pop intimista de “Melt Your Heart” e “Handle With Care”.
Dica de download: “Melt Your Heart” ()
#16. The Flaming Lips
(At War With the Mystics)
Há quem chame as melodias do Flaming Lips de freak-pop (“The W.A.N.D.). No entanto, a mente do líder do grupo, Wayne Coyne, funciona de diversas maneiras. Seja em suas viagens sonoras ou composições que misturam Devendra Banhardt e homens-bomba (“Free Radicals”) ou mensagens para Britney Spears e Gwen Stefani na sugestiva “The Sound of Failure / It’s Dark… Is It Always This Dark?”.
Dica de download: “The W.A.N.D.” ()
#17. Carina Round
(Slow Motion Addict)
Ela conquistou um grande público com sua explosão sonora a la PJ Harvey. Agora a jovem conta com a rigorosa produção de Glen Ballard neste Slow Motion Addict. Os riffs flertam com o vocal de Round extraindo a essência necessária para o disco suceder, como acontece nas faixas “Stolen Car” e “How Many Times”. As melodias mais serenas (“Gravity Lies”) surpreendem nos momentos de intensidade sem aviso prévio dos instrumentos, na voz e gritos singulares da cantora.
Dica de download: “Take the Money” ()
#18. Thom Yorke
(The Eraser)
Thom Yorke desafia os fãs em seu primeiro lançamento solo fora do Radiohead. Além de ser a cabeça pensante do grupo, chamou a pessoa certa para produzir seu trabalho: Nigel Godrich – responsável por OK Computer. Nessa jornada eletrônica constrói momentos instigantes – no hipnótico riff em loop de “The Clock, e eletronicamente sutis – a junção dos acordes de piano aos samples da faixa título. Sem o uso de guitarras marcadas, Yorke encontra refúgio antes de voltar a gravar com os seus parceiros de banda.
Dica de download: “Analyse”
#19. Gnarls Barkley
(St. Elsewhere)
O DJ Danger Mouse, conhecido por misturar o White Album dos Beatles com o Black Album de Jay-Z, após produzir o último do Gorillaz, uniu-se ao rapper Cee-Lo formando um dos grupos mais tocados do ano: o Gnarls Barkley. Apresentando uma mistura de hip hop com linhas de baixo funkeadas, soul psicodélico e samples preciosos, o resultado deste encontro não poderia ser outro.
Dica de download: “Smiley Faces” ()
#20. Arctic Monkeys
(Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not)
O Arctic Monkeys parece aquele grupo que saiu da Internet rotulado a fazer sucesso – o que não é mentira. O rock eficiente aliado à rebeldia juvenil são as respostas para o sucesso dessa macacada. Os riffs pesados, a bateria marcada, as quebras de melodias (como na minha favorita “When the Sun Goes Down”) e voz desleixada de Alex Turner são características da autenticidade destes garotos.