Review: Extermínio 2

Extermínio (2002) arrecadou mundialmente quase dez vezes o seu custo. O sucesso do misto de ficção com terror ganha um continuação melhor que a encomenda. O novo filme, dirigido por Juan Carlos Fresnadillo, não fica devendo nada ao anterior.

A ação se passa 28 semanas após (do título original) a devastação causada por um vírus. Acredita-se que a epidemia chegou ao seu fim, após a ocupação do exército norte-americano, e a Grã-Bretanha está pronta para colocar “ordem na casa” trazendo seus sobreviventes. Assim que a primeira leva chega, descobre-se que um deles carrega uma variação do vírus. Aí, é prender o fôlego e ser surpreendido por muito sangue, matança, fugas e histeria.

É cinema pipoca que funciona mais do que deveria. Um dos pontos que o filme ganha é não cair gratuitamente no cômico, como geralmente acontece nas fitas do gênero. Extermínio 2 é ágil e tenso sem dar muita pausa para o seu espectador relaxar os músculos. Os movimentos nervosos de câmera causam calafrios, lembrando o trauma psicológico de A Bruxa de Blair, e seus zumbis (não no estilo mortos-vivos) estão mais sangüinários, impiedosos e assustadores. Se após 28 semanas fomos expostos à uma experiência dessas, já dá vontade de especular como seriam 28 meses depois.

Extermínio 2 (28 Weeks Later, Londres / Reino Unido, 2007)
Direção: Juan Carlos Fresnadillo
Com: Jeremy Renner, Harold Perrineau Jr, Robert Carlyle, Rose Byrne, Catherine McCormack. 91 min.