Review: Shrek Terceiro

Shrek Terceiro

Depois das trilogias Homem-Aranha e Piratas do Caribe, chega a vez de Shrek marcar território nos cinemas. Nessa continuação, o ogro resmungão se tornará soberano do reino de Tão Tão Distante, devido à morte do Rei (sapo) Harold. No entanto, ele e Fiona não servem para o cargo, o que seria um desastre caso isso viesse a acontecer – como é apresentado no início do longa.

Com a ajuda do Burro e do Gato de Botas, Shrek parte em busca de Arthur, primo de Fiona, para assumir o posto. Artie, como é chamado, é um cavaleiro “perdedor” que não se encanta com a idéia de ser rei. Até que um encontro inevitável entre ele e um velho professor beirando à loucura (Merlin) dão novas perspectivas ao jovem.

Se os filmes anteriores tinham cenas memoráveis, essas estão reduzidas a um trabalho preguiçoso com roteiro básico. A fórmula de brincar com os personagens das estórias de “Era uma vez…” funcionaram no primeiro filme, assim como as tramas familiares no segundo; desta vez tornam-se meros clichês de sua própria poção.

Shrek Terceiro

O filme é sem foco e não explora os personagens como deveria, proporcionando a eles piadas irregulares – como a cena em que o Gato de Botas troca de corpo com o Burro e o máximo que se tira da situação é a dificuldade de caminhar. Um dos melhores momentos fica por conta das princesas – ou devo dizer, o Esquadrão das Princesas? Branca de Neve, Bela Adormecida, Cinderela, Rapunzel e Fiona são uma espécie de As Panteras fazendo revolução – com direito à queima de sutiã – numa sequência rápida que encontra sintonia no grito de “Immigrant Song” (do Led Zeppelin) dado por Branca de Neve (vídeo).

Shrek Terceiro é o filme mais fraco da série. Decepciona pelos raros momentos que escapa do convencional e na falta de originalidade do humor oferecido.

Shrek Terceiro (Shrek the Third, EUA, 2007)
Direção: Chris Miller
Vozes de: Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, Antonio Banderas, Julie Andrews, John Cleese, Rupert Everett e Justin Timberlake. 93 min.