Depois de uma primeira temporada curtíssima de seis episódios, The Office (baseado numa série inglesa de mesmo nome) tomou um fôlego incrível com muita comédia nos vinte e um episódios desta segunda fase.
O cotidiano de um escritório é abordado através dos comentários e ponto de vista de seus funcionários. A fábrica de papel, a Dunder Miffin, na Pensilvânia teria tudo para funcionar como uma filial comum, se não fosse pela excentricidade de seus empregados. Temos o gerente regional Michael Scott (o genial Steve Carell), a doce recepcionista Pam Beesly (Jenna Fischer), o representante de vendas Jim Halpert (John Krasinski), o puxa-saco do chefe Dwight Schrute (Rainn Wilson), a amável Phyllis, a coração-mole Kelly (Mindy Kaling), o estagiário Ryan Howard (B.J. Novak), o misterioso Oscar (Oscar Nuñez) e por aí continua. Cada personagem com suas qualidades.
O segredo de The Office, além do humor esperto sem aviso prévio, está no estilo documentário que propõe o andamento dos episódios. Os depoimentos carregam um ar irônico, sem serem essencialmente escrachados, mas que sem perceber você perde umas três piadas quando está rindo de uma – pela agilidade que o roteiro apresenta.
No segundo ano da série, vale destacar a premiação interna com os Dundies, o episódio em que Michael queima o pé em seu George Foreman Grill (vídeo), Dwight Schrute sendo o funcionário do mês e citando Mussolini na premiação, o romance ingênuo de Jim e Pam, as datas comemorativas de Halloween e Dia dos Namorados, o pequeno acidente com fogo no escritório, as “olimpíadas internas” e o interrogatório (estilo policial) devido a um baseado encontrado no estacionamento da empresa.
É pelas atuações eficientes e roteiro bem escrito que The Office conquista seu espaço, entre público e crítica, sendo uma das melhores séries de humor da televisão norte-americana.