Em sua terceira temporada, Weeds trilha um caminho sem voltas a Nancy Botwin (a sensacional Mary-Louise Parker em um dos melhores papéis femininos da televisão). Viúva e mãe de dois filhos, ela passa a vender maconha (MILF weed) para manter o padrão da família em um pequeno subúrbio.
Se antes os problemas com a polícia e a máfia tiravam as noites de sono da pobre dona de casa, agora algo inédito acontece: a protagonista mantêm o controle das situações com sua versão feminina de Tony Soprano.
Weeds é uma das poucas séries que abusa (ironicamente) de drogas, religião, sexo e família sem tropeços. Seu elenco equilibra naturalidade com exagero – vide o caso da coadjuvante Elizabeth Perkins, um dos grandes destaques desta temporada com uma cena de nudez corajosa. Já as participações especiais de Mary-Kate Olsen, Carrie Fischer e Matthew Modine desenham imoralidade de poder em cada aparição.
Weeds tinha tudo para dar errado. É policamente incorreta com seus anti-heróis, mas seus pequenos atos ilícitos de sobrevivência transformam o show em um excelente e relaxante momento de vinte minutos.