Review: WALL·E

WALL·E

Nos últimos anos, os desenhos da Pixar atingiram um patamar invejável na indústria cinematográfica. Seus roteiros são tão humanos que abstraem toda a tecnologia utilizada em suas produções. WALL·E, do diretor Andrew Stanton (de Procurando Nemo), não é exceção.

O filme toma partida em 2815 e centra-se inicialmente nas atividades do robô WALL·E. Ele é a única coisa que sobrou depois que todos os humanos abandonaram o planeta. Além de trabalhar organizando o lixo deixado na Terra, passa o tempo colecionando objetos ordinários, assiste diariamente um trecho de seu musical favorito (Alô, Dolly!) e interage com sua barata de estimação.

Wall-E é uma espécie de R2-D2 com mecanismo de Charlie Chaplin e Buster Keaton em seu sistema. A solidão do pequeno robô desaparece quando Eve, uma máquina programada com missão de encontrar vida na Terra, aparece para lhe fazer companhia.

A ausência de diálogos é auxiliada pela vibrante trilha sonora de Thomas Newman – responsável pelas composições de Beleza Americana e o tema da série A Sete Palmos – que se aproveita de elementos de clássicos como 2001 – Uma Odisséia no Espaço e “Danúbio Azul” nesta produção da Pixar.

WALL·E, além de entretenimento para todas as idades, é um plug-in sem programação nas mais profundas emoções humanas.

WALL·E (EUA, 2008)
Direção: Andrew Stanton
Vozes de: Ben Burtt, Elissa Knight, Kathy Najimy, Sigourney Weaver. 103 min.