O My Gold Mask, duo de Chicago para ficar de olho, é formado por Gretta Rochelle (voz / percussão) e Jack Armondo (guitarra). Com alguns canções circulando pela Internet e dois EPs lançados, produzem um rock de arte com traços sombrios e influenciado pela cena alternativa dos anos 90.
Essa semana, o clipe de “Violet Eyes” (assista) estreia na programação da MTV Brasil, no MTV Lab teco apple, e os músicos tiraram um tempo para falar com o blog:
O que vocês andam fazendo?
Gretta Rochelle: Estamos num processo de escrever novas músicas para o nosso set. Em julho, ficaremos 3 dias no Canadá e vamos tocar no Sled Island Music.
Jack Armondo: Antes disso, temos algumas apresentações em Nova Iorque. Vamos abrir os shows do The New Pornographers.
Como vocês se conhecerem e começaram a fazer música juntos?
Gretta Rochelle: Há aproximadamente uns oito anos, Jack e eu fazemos música juntos. Nos conhecemos numa festa, no terraço de um prédio, e imediatamente começamos a conversar sobre o assunto.
Jack Armondo: Nós tocávamos em bandas antes, mas aquela havia sido a primeira vez que decidimos apenas nós dois trabalhar em algo.
Quem fica responsável pelas melodias e letras?
Gretta Rochelle: Ambos.
Jack Armondo: É um processo 50/50 quando escrevemos. Ambos contribuem com todos os aspectos das canções.
Lembram quando foi a primeira vez que tiveram contato com o palco?
Gretta Rochelle: Eu estava na quarta série. Era um recital de violino e eu estava emocionada. Quando fomos para o palco, tive um ataque e as notas da minha partitura ficaram todas embaralhadas. Não sabia se poderia fazer aquilo de novo, mas assim que começamos a tocar juntos, as coisas fizeram mais sentido. Foi dessa maneira, que me tornei uma viciada em estar em frente ao público.
Penso nos meus antigos recitais e hoje. São sensações bem parecidas. Sempre fico nervosa antes de começar a tocar, mas logo passa e me sinto confortável. É uma sensação maravilhosa.
Jack Armondo: Em um show do David Copperfield durante uma viagem para Las Vegas com minha família. Ele estava fazendo uma mágica comigo no palco e começou a fazer piadas. Eu não estava nervoso, apenas animado. No dia seguinte, uma mulher na piscina disse: “Vejam! É o menino do show de mágica da noite passada”. Isso é muito excitante quando você está na quinta série.
E atualmente? Como foi a experiência de tocar, esse ano, num festival tão importante como o SXSW?
Jack Armondo: Foi incrível. Aquilo é uma grande bola de energia. Muitos shows em apenas um lugar, nunca vi algo desse tipo. Definitivamente, um bom lugar para conhecer pessoas novas também.
Gretta Rochelle: SXSW foi uma experiência maravilhosa. Agora, sabemos o que temos que fazer diferente e o que manter em nossos próximos shows lá. Sei que parece loucura, mas eu não estava preparada para a intensidade do lugar. Era como uma turnê, mas 100 vezes mais intensa.
E a sensação de saber que o vídeo de “Violet Eyes” vai estrear no programa MTV Lab teco apple da MTV Brasil?
Jack Armondo: Muito emocionante!
Gretta Rochelle: É uma sensação incrível. Fico feliz de que o Brasil aceita o nosso trabalho.
Por sinal, a música tem um clima extremamente sombrio em sua melodia e letra. De onde ela veio?
Gretta Rochelle: Eu tenho uma lado negro. Amo criar ambientes e escrever sobre esses lugares nas minhas canções. Estou feliz que tenha sido o caso de “Violet Eyes”.
Jack Armondo: Para mim, a canção é quase como uma antiga amante que te deixa louco, mas você ainda tem uma parte sua que pertece à ela.
Já começaram a pensar num disco de estreia?
Jack Armondo: Estamos escrevendo e tocando no momento. Sem muito tempo para pensar num trabalho completo. Nossa filosofia é trilhar o nosso caminho. É bem provável que vamos lançar pequenos trabalhos com mais frequência.
Gretta Rochelle: Sem planos ainda. Apenas queremos cair na estrada.
Quem são os músicos que inspiram o trabalho e as músicas de vocês?
Gretta Rochelle: Somos influenciados por várias artes diferentes, não apenas música. Amo cinema indiano e animação. Aprecio culturas diferentes. Respeito muito a sabedoria musical de Klaus Nomi por sua coragem e espectáculos teatrais.
Jack Armondo: Escuto muita música diferente que seria difícil especificar certos artistas. Gosto de vários estilos, como hip hop, rock, dance ou qualquer coisa. Meu estilo de tocar guitarra foi muito influenciado por Joey Santiago e Dick Dale. E recentemente, tenho escutado muita música árabe. Mas é engraçado, tento não pensar em música quando escrevo as nossas canções.
Conhecem alguma coisa de música brasileira?
Gretta Rochelle: Eu amo Bossa Nova.
Jack Armondo: Preciso aprender mais, mas aprecio o trabalho dos Mutantes, CSS e, realmente gosto, de As Mercenárias.
E se surgisse o convite para tocar no Brasil?
Gretta Rochelle: Adoraria! Se tiverem planos de nos levar para aí, vamos amar nos apresentar para vocês!
Jack Armondo: Isso. Se alguém quiser nos chamar para uma viagem ao Brasil, estaremos no primeiro avião.
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