#41. Perfume Genius
(Put Your Back N 2 It)
No sucessor de Learning (2010), Michael Hadreas (a.k.a. Perfume Genius) retoma suas tristezas e das pessoas que o cercam – como em “Dark Parts” que revela temas delicados da vida de sua mãe – em melodias singelas e de grande carga emotiva (“Take Me Home”) levadas pelo piano lo-fi e vocal fragilizado. Diante de contos e desilusões (“Hood”), Handreas carrega consigo honestidade e esperança (“Put Your Back N 2 It”) em suas composições.
#42. Flying Lotus
(Until Quiet Comes)
Steven Ellison (a.k.a. Flying Lotus) proporciona uma viagem a ambientes sombrios e imaginários em seus mixers e batidas eletrônicas influenciadas pelo acid jazz, hip hop e eletrônica experimental. Na companhia de nomes relevantes como Thom Yorke (“Electric Candyman”), Erykah Badu (“See Thru to U”) e Niki Randa (“Hunger”), Until Quiet Comes é o trabalho mais “acessível” do músico.
Dica de download: “See Thru to U” ()
#43. Norah Jones
(Little Broken Hearts)
A produção de Brian Burton (a.k.a. Danger Mouse) é um novo respiro na carreira de Norah Jones em Little Broken Hearts. A artista conhecida por suas baladas românticas, revela uma identidade obscura ao explorar as amarguras de uma relação amorosa sem final feliz (“Miriam”). Sem perder sua identidade pop (“Happy Pills”), Jones só tem o objetivo de virar a página em busca de uma nova fase (“All a Dream”).
#44. Lianne La Havas
(Is Your Love Big Enough?)
Com a união do folk, rock e soul em suas composições, Lianne La Havas tem uma estreia digna para abordar suas desilusões (“Gone”), vinganças e relacionamentos sossegados (“Age”) revelando-se uma Corinne Bailey Rae mais interessante a ser descoberta. A produção de Matt Hales (a.k.a. Aqualung) garante o tempero pop (“Forget”) essencial ao disco.
#45. The xx
(Coexist)
Em Coexist, o The xx nos leva mais uma vez a um universo próprio com seu pop enigmático, sedutor e minimalista. O trio garante forças para hipnotizar com revelações de amores perdidos, na elegância das guitarras (“Angels”) e nos diálogos (“Chained”) musicados ao longo do trabalho por Romy Madley Croft e Oliver Sim.
Dica de download: “Reunion” ()
#46. iamamiwhoami
(kin)
O primeiro disco da figura misteriosa iamamiwhoami, projeto multimídia da sueca Jonna Lee e com seus trejeitos neo hype Kate Bush, proporciona um synth pop sombrio (“sever”) e denso (“idle talk”) numa relação extravagante entre criador e criatura. Apesar da figura da cantora ter nascido numa série de virais na Internet, o trabalho é capaz de se sustentar sem o material audiovisual.
#47. The Presets
(Pacifica)
Quatro anos depois do lançamento do álbum Apocalypso, o duo synthpop australiano The Presets revela uma nova identidade em Pacifica. O grupo foge da sombra do The Human League e do Daft Punk, declarando um lado dançante mais tranquilo (“Fall”) e reluzente (“Promises”). “Fail Epic”, balada que fecha o disco e com mínimos acompanhamentos, deixa-nos curioso para o próximo rumo da dupla.
#48. Garbage
(Not Your Kind of People)
Sete anos depois de Bleed Like Me, o Garbage entoa seu rock digital aos quatro cantos do mundo e mostra que não perdeu o seu espaço, estilo e atitude no cenário musical. Not Your Kind of People equilibra momentos de agressividade (“Battle in Me” / “Control”), cinismo (“I Hate Love”) e voluptuosidade (“Sugar”), como espera-se de um disco da turma de Shirley Manson.
Dica de download: “Battle In Me” ()
#49. Aimee Mann
(Charmer)
Sem mudanças sonoras bruscas em sua currículo, Aimee Mann continua encantando com suas composições que são pequenas novelas entoadas por crises existenciais. Em “Crazytown” conta sobre um amigo que não consegue sair de uma relação e no dueto/diálogo com James Mercer (do The Shins) em “Living a Lie” discute um romance de ganâncias. O assunto é conhecido, mas Mann acerta nos refrões e melodias que carregam uma receita pop pronta para os ouvidos.
Dica de download: “Soon Enough” ()
#50. No Doubt
(Push and Shove)
Passada uma década e dois álbuns em carreira solo de Gwen Stefani, o No Doubt retorna às atividades com o seu sexto disco de inéditas. O ska levado pela onda reggaeira que marca Rock Steady (2001), renova-se com a produção do Major Lazer na faixa título e com seu pop imaculado (“Looking Hot” e “Heaven”) para comprovar que o grupo – literalmente – não perdeu a forma ao longo dos anos.