#31. Emily Wells
(Mama)
A multi-instrumentista Emily Wells reúne música clássica com hip hop para reinventar o seu folk experimental de arranjos graciosos (“Passenger”), percussões dançantes (“Dirty Sneakers and Underwear”) e elementos R&B. Em Mama, Wells é um protótipo do imaginário das irmãs CocoRosie com a sensualidade de Lana Del Rey (“Johnny Cash’s Mama’s House”).
Dica de download: “Passenger” ()
#32. Chromatics
(Kill for Love)
Existe perfeição na simplicidade de Kill for Love. Rotulados pelo seu synthpop, post-punk e dream pop mutável, o quarto álbum do Chromatics oferece uma coleção de sonoridades lo-fi caóticas sustentadas por seus ruídos lúgubres. O vocal doce e aflito de Ruth Radelet na companhia dos sintetizadores vintages do trabalho revelam faixas épicas em suas confissões (“The River”) amorosas e sexuais.
#33. Twin Shadow
(Confess)
No sucessor de Forget, George Lewis Jr. (a.k.a. Twin Shadow) encarna um personagem musicalmente influenciado pela presença pop de Prince (“You Call Me On” / “Be Mine Tonight”) e as tentações de Morrissey (“When the Movie’s Over” / “The One”) para ilustrar sua jornada. Esta combinação oitentista garante credibilidade ao álbum e o fundamental para suas composições transbordarem romancismo em riffs de guitarras, melodias cativantes e letras sentimentais.
Dica de download: “Five Seconds” ()
#34. Milo Greene
(Milo Greene)
Em seu disco de estreia, as harmonias delicadas e precisas do quinteto indie do Milo Greene soam como um casamento da poesia do Bon Iver com o vigor do Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, como o hino folk a ser descoberto “1957” com refrão simples e infeccioso (“I’ll go, I’ll go, I’ll go/ I”). O resultado revela composições cinematográficas (“Son My Son”), em suas cordas e banjos com toque caseiro, em breves interlúdios e momentos exclusivamente acústicos (“Take a Step”).
#35. Niki & the Dove
(Instinct)
A Suécia sempre nos presenteia com suas novidades no cenário pop e o Niki & the Dove cumpre o papel com a sua estreia contagiate e dinâmica. Instinct é uma força da natureza (“Tomorrow” / “Mother Protect”) numa cerimônia influenciada por Björk (“The Fox”) ou The Knife (“DJ, Ease My Mind “) ministrada pelo vocal puro de Malin Dahlström e texturas eletrônicas entorpecedoras.
Dica de download: “Tomorrow” ()
#36. Hot Chip
(In Our Heads)
Em In Our Heads, o Hot Chip chega a um nível em que tem conhecimento da sua importância no cenário da música eletrônica e sente-se à vontade de criar um trabalho despretensioso e competente. Nas ocasiões mais agitadas e de sintetizadores crescentes (“Flutes” / “Night and Day”) aos mais serenos (“Always Been Your Love” / “Look at Where We Are”), o grupo indica segurança em seu pop impulsivo.
#37. Bobby Womack
(The Bravest Man In The Universe)
Depois de uma parceria com o Gorillaz no álbum Plastic Beach (2010), Damon Albarn assume a moderna produção no retorno do soul enigmático de Bobby Womack em seu primeiro material inédito desde Resurrection (1994). Contrabalanceando traços clássicos com um toque hodierno do trip hop, Womack declara uma trajetória sofrida e confessional em peças que justificam o título de sua bravura.
Dica de download: “Please Forgive My Heart” ()
#38. Purity Ring
(Shrines)
O projeto dream pop de Corin Roddick e Megan James indica sofisticação em suas melodias lúdicas. Planejam sua eletrônica moderna e orgânica com fórmulas do hip hop e R&B (“Grandloves”), sem perder o charme e a impecabilidade no vocal tentador de James.
Dica de download: “Lofticries” ()
#39. Animal Collective
(Centipede Hz)
O pop radiofônico psicodélico do Animal Collective em Centipede Hz tem a difícil tarefa de realizar um álbum à altura do elogiado Merriweather Post Pavilion (2009). Com vocais crus e o retorno de Deakin (Josh Dibb) às guitarras, o grupo surpreende com suas inovações e pirações constantes, além de estarem mais acessíveis como é o exemplo do single tribalista “Today’s Supernatural” com seu refrão “le-le-le-le-le-le-le-le-GO” criado para grudar na língua. Pode não superar o trabalho anterior, mas o resultado é inovador e estimulante.
Dica de download: “Applesauce” ()
#40. Crystal Castles
(III)
Se os clubes noturnos fossem palcos para rituais de magia negra, o Crystal Castles seria a trilha sonora adequada para tais eventos. Com sua sonoridade claustrofóbica de sintetizadores distorcidos e dissonantes (“Insulin”), Ethan Kath e Alice Glass produzem fúria (“Transgender”) e excelência (“Mercenary”) em seu trabalho mais consistente até o momento.