#31. Postiljonen
(Skyer)
O dream pop do Postiljonen, formado por dois suecos e uma norueguesa, molda de forma genuína suas composições celestiais com a fórmula do Air France e do M83. Numa combinação harmônica e melódica, seus sintetizadores mansos sustentam delicadeza etérea numa atmosfera lúdica (“On the Run”) e de solenidade (“We Raise Our Hearts”) com influências do pop – e dos saxofones – dos anos 80 (“Atlantis”).
Dica de download: “Supreme” ()
#32. Charli XCX
(True Romance)
O caráter pop gótico intoxicante e atraente de Charli XCX em True Romance coloca em encontro universos populares e alternativos da música. Dos elementos industriais (“Nuclear Season”), comerciais (“Set Me Free”) ou no rebuscado sample de “You” do Panda Bear – na esquizofrênica “You (Ha Ha Ha)” -, o registro demonstra caráter autêntico nas sonoridades hipnóticas (“Take My Hand”) e baladas sombrias abastecidas de ironia (“Stay Away”).
Dica de download: “You’re the One” ()
#33. London Grammar
(If You Wait)
O trio inglês London Grammar, em seu corpo pop eletrônico minimalista e abraçado pela grandiosidade vocal de Hannah Reid (“Stay Awake” e “Strong”), domina a fragilidade de If You Wait construindo belas composições na riqueza de seus instrumentos com uma força sobrenatural como se houvesse um casamento entre o Florence and the Machine e o The xx.
Dica de download: “Wasting My Young Years” ()
#34. Young Galaxy
(Ultramarine)
O synthpop pulsante de loops brilhantes dos canadense do Young Galaxy proporciona uma viagem astral emocionante e eufórica em Ultramarine. Na companhia do vocal dramático de Catherine McCandless, o grupo procura instituir uma sonoridade dançante e acessível (“Pretty Boy” e “Fever”) que percorre pelo tempo (na grooveada “Out the Gate Backwards”) sem perder a virtude sonhadora e particular do material.
Dica de download: “Pretty Boy” ()
#35. Phosphorescent
(Muchacho)
O indie country de leves inserções eletrônicas de Matthew Houck, responsável pelo Phosphorescent, renova-se em seu sexto registro de estúdio. Com simplicidade em seu loops orgânicos, Muchacho reflete um relacionamento doloroso (“Song for Zula”) como se o Fleet Foxes estivesse embriagado e desembocasse numa aventura psicodélica sem volta.
Dica de download: “Ride On / Right On” ()
#36. Juana Molina
(Wed 21)
A argentina Juana Molina assume todos os papéis e responsabilidades em Wed 21. Produz, compõe e executa todos os instrumentos no registro que colore a sua ‘folktrônica’ universal que rompe as barreiras da linguagem e leva seu ouvinte a universos mágicos criados sonicamente de maneiras complexas.
#37. Justin Timberlake
(The 20/20 Experience)
De boyband no ‘N Sync ao pop R&B classudo no caprichoso The 20/20 Experience, Justin Timberlake tornou-se um sujeito a levar-se a sério aos poucos. Dos arranjos refinados de “Suit & Tie” a levada latina de “Let The Groove Get In” – e até com uma brasilidade de Sérgio Mendes (“Strawberry Bubblegum”) -, o rapaz vai em busca de uma identidade sem renegar suas origens de metáforas sexuais (“Tunnel Vision” com Timbaland) ao escapar de sua zona de conforto.
Dica de download: “Don’t Hold The Wall” ()
#38. Nine Inch Nails
(Hesitation Marks)
O Nine Inch Nails regressa à boa forma em Hesitation Marks quebrando um silêncio de quase cinco anos. Sem perder a sua identidade (“Copy of A”) e ainda soar mais pop (“Everything” e “Satellite”), o registro traz a essência do melhor que a turma de Trent Reznor realizou ao longo de vinte anos de forma revigorante e sintetizada.
Dica de download: “Satellite” ()
#39. Deptford Goth
(Life After Defo)
O pop experimental e sensível de Daniel Woolhouse (a.k.a. Deptford Goth) flerta com o eletro, R&B, dubstep e house remetendo a identidade de nomes como James Blake, The xx e How to Dress Well. Sua coleção de composições são um “meio termo entre o real e o sintético”, como define, num passeio complexo com sua melancolia à flor da pele (“Guts No Glory”) em busca de salvação.
Dica de download: “Feel Real” ()
#40. NO CEREMONY///
(NO CEREMONY///)
A eletrônica futurista e claustrofóbica do trio NO CEREMONY/// explora elementos da música experimental, dance (“HOLDONME”), rock (“HEARTBREAKER” com a participação do guitarrista do The Pixies) e do folk (“HEAVYHOUR”) nesta eclética estreia. Na companhia de sintetizadores denodados (“PARTOFME”), acordes eficazes no piano (“AWAYFROMHERE”) e o vocal sedutor de Victoria Hamblett, as canções transformam-se em verdadeiros rituais sentimentais (“DELIVERUS”).