#41. Astro
(Chicos De La Luz)
Em seu segundo trabalho de estúdio, os chilenos do Astro nos levam em uma viagem tropical e mística através de sua eletrônica rock experimental inspirada em games 8-bit para contar suas histórias fantasiosas (“Druida”) e de meditação. Chicos De La Luz seria como colocar parte do repertório de Enya num caleidoscópio sonoro colorido de excessivos sintetizadores hipnóticos, guitarras funkeadas e clima caloroso dos trópicos.
Dica de download: “Caribbean” ()
#42. Zhala
(Zhala)
A sueca Zhala, protegida e contratada pelo selo Konichiwa Records de Robyn, providencia uma rave cósmica e sensual numa avalanche de ritmos, instrumentos e percussão tribal com espírito e brilhantismo pop banhada no ácido. Suas composições de caráter festivo e pessoal são envolvidas pela sonoridade de suas raízes curdas com trance, industrial, disco, synthpop e bollywood num ambicioso trabalho de estreia.
Dica de download: “Aerobic Lambada” ()
#43. Marina and the Diamonds
(FROOT)
Marina Diamandis encontra o equilíbrio na despretensão do álbum The Family Jewels (2010) com o exagero pop de Electra Heart (2012) em FROOT através de guitarras swingadas (“Froot” e “Forget”), baixos dançantes para acompanhar com palmas (“Can’t Pin Me Down”) – com um pé nos anos setenta na divertidíssima melancólica disco twang “Blue” e no indie pop rock em “Better Than That” -, sintetizadores etéreos (“Solitarie”) e baladas marcantes (“Happy”) sem perder a mão sentimental equilibrada nas composições.
Dica de download: “I’m A Ruin” ()
#44. Kate Boy
(One)
“Everything we touch it turns to gold…”. O eletropop extasiante e carismático do Kate Boy soa como um encontro mágico de Zeigeist com ecos de The Knife e Kate Bush para representar sua eletrônica de caráter selvagem, sombrio e compassivo envolvido de tórridas camadas de sintetizadores oscilantes e o vocal dramático de Kate Akhurst.
Dica de download: “Nothern Lights” ()
#45. V V Brown
(Glitch)
“Se Björk e Grace Jones tivessem uma experiência lésbica e resultasse num bebê, eu queria ser essa criança”. Assim V V Brown vende o seu independente Glitch. Vocais fantasmagóricos, sonoridade que remete uma neo-Jones eletropop dark e composições particulares – em versos como “they said I would fail, they said I would crash” – auxiliam Brown na fuga dos holofotes e hits que a marcaram no início da carreira e ficam cada vez mais distante em sua evolução musical.
Dica de download: “Instincts” ()
#46. FFS
(FFS)
O encontro dos escoceses do Franz Ferdinand com o Sparks neste FFS funciona como um casamento suntuoso indie rock teatral com veia pop eletrônica (“Call Girl”). Como um grande musical trilhado pelas marchinhas da turma de Kapranos com a essência glam rock e sintetizadores espaciais dos Mael, com reviravoltas melódicas e letras irônicas (“Collaborations Don’t Work”), todos saem ganhando com esta união estável.
Dica de download: “Police Encounters” ()
#47. Baio
(The Names)
Chris Baio, o baixista do Vampire Weekend, apresenta em seu disco de estreia um emaranhado de informações sonoras da música eletrônica, na dançante “Brainwash yyrr Face” e na colorida “Needs” que caminha nos passos de uma produção do Hot Chip, e grandiosidade pop oitentista (“Endless Rhythm”) com sensibilidade única (como na instrumental “Scarlett”) ao sair da sombra de sua banda nesta obra eclética sobre encontrar sua identidade e lugar no mundo.
Dica de download: “Sister of Pearl” ()
#48. Peaches
(Rub)
Com seu pop obscuro e excêntrico, Peaches mantém o espírito animado em canções sobre sexualidade, feminismo e relacionamentos (como em “Dumb Fuck” que remete “Dancing On My Own” de Robyn) com muita baixaria e boca suja nas letras, além de chamar a versátil Feist para o refrão hipnótico de “I Mean Something” para dar uma elevada na auto-estima e dissertar sua relevância na cultura pop.
Dica de download: “Dumb Fuck” ()
#49. Tulipa Ruiz
(Dancê)
A cantora/compositora Tulipa Ruiz revela sua aura pop com muito groove e soul em composições extremamente alegres e inteligentes (“Proporcional”) para desenhar sua MPB dinâmica. Ruiz vem cheia de balanço para conquistar as pistas de dança, brinca com “Funkytown” – clássico do Lipps Inc. – em “Prumo” e faz homenagem à “Physical” – clássico de Olivia Newton John – em “Físico” com brasilidade. Com o DNA de Rita Lee e Tim Maia auxiliado de muita ginga (“Elixir”), Dancê é seu material mais pop e maduro para ouvir com o corpo inteiro.
#50. The Weeknd
(Beauty Behind The Madness)
Em Beauty Behind The Madness, o canadense Abel Tsefaye (a.k.a. The Weeknd) carrega a estética sexy e nebulosa de suas mixtapes e álbum anterior (Kissland) com uma produção apurada para revelar seus jogos amorosos, personagens amaldiçoados (“In The Night”) e drogas (“Can’t Feel My Face”) ao grande público com a excelência pop de um Michael Jackson. Vale destacar a participação de nomes como Kanye West (na co-produção de “Tell Your Friends), Ed Sheeran (em “Dark Times”) e Lana Del Rey (em “Prisoner”) no registro.
Dica de download: “Tell Your Friends” ()