#31. Róisín Murphy
(Hairless Toys)
Da canção de abertura “Gone Fishing”, inspirada no documentário ‘Paris Is Burning’ (1990) sobre o nascimento da dança vogue, até o desfecho com “Unputdownable”, o audacioso Hairless Toys é contemplado pela disco groove (“Evil Eyes”), country (“Exile”), house, sofisticação do jazz e elegância do funk (“Uninvited Guest”) com uma aura dançante requintada que só mesmo Murphy para administrar tantas referências de maneira ordenada e prazerosa.
Dica de download: “Exploitation” ()
#32. CHVRCHES
(Every Open Eye)
Every Open Eye mantém a fórmula certeira da estreia do CHVRCHES com uma evolução natural em momentos exaltantes (“Bury It”), sentimentais e apoteóticos (“Make Them Gold”) no seu pop oitentista com influência de Depeche Mode (“Clearest Blue” nos passos de “Just Can’t Get Enough”), New Order e movimentado pela cena eletrônica atual (“Keep You On My Side”). Destaque para “High Enough To Carry You Over” com o integrante Martin Doherty assumindo o posto de Lauren Mayberry.
Dica de download: “Clearest Blue” ()
#33. Blur
(The Magic Whip)
O Blur volta com sua formação original em The Magic Whip e retoma a boa fase pop engenhosa em faixas animadas de arranjos certeiros (“Ong Ong” e “Lonesome Street”), obscuras de beats cronometrados (“There Are Too Many Of Us”) e melancólicas como é de se esperar de Damon Albarn e seus amigos. O trabalho traz um amadurecimento inovador sem necessariamente ficar preso aos anos 90 e com a essência de cada integrante – e seus trabalhos paralelos adaptados ao novo cenário do rock – no resultado final da obra.
Dica de download: “Lonesome Street” ()
#34. Ghostpoet
(Shedding Skin)
Um dos méritos de Shedding Skin, o terceiro disco de estúdio de Obaro Ejimiwe (a.k.a. Ghostpoet), é deixar os samples em segundo plano e dar vida às suas composições através de uma banda de apoio. Como uma injeção de ânimo para o tirar da zona de conforto (“Better Not Butter”) e dos projetos solitários, seus contos urbanos sobre relacionamentos violentos (“Yes I Helped You Pack”) e abandono (“Off Peak Dreams”) ganham uma nova força vital na carga de acordes providenciados.
Dica de download: “Be Right Back, Moving House” ()
#35. Purity Ring
(Another Eternity)
Em seu segundo disco de estúdio, o duo dream pop Purity Ring traz na bagagem um apelo mais popular e confiante em suas produções celestiais e futuristas que permeiam por universos iluminados e escuros sem perder o esplendor sentimental – “I cried till my body ached” em “Bodyache” – no vocal emotivo de Megan James que duela contra as envolventes e complexas melodias sombrias de Corin Roddick.
Dica de download: “Begin Again” ()
#36. Panda Bear
(Panda Bear Meets The Grim Reaper)
O produtor/multi-instrumentista Noah Lennox (a.k.a. Panda Bear) providencia uma série de texturas eletrônicas calculadas e estranhezas sonoras combinando eletropop (“Mr. Noah”), dub groove (“Come To Your Senses”), hip hop e world music para trilhar sua aventura artística de colagens sonoras, loops lisérgicos repetitivos e camadas vocais hipnóticas para refletir passagem do tempo de maneira visceral e transcendental.
Dica de download: “Crosswords” ()
#37. Laura Marling
(Short Movie)
Em Short Movie, Laura Marling depara-se em uma jornada pessoal para refletir a precoce carreira, relações amorosas instáveis (“I Feel Your Love”) e experiências de turnê – como a temporada em Nova Iorque durante a passagem do Furacão Sandy em 2012 (“False Hope”) – com uma fúria controlada que se manifesta nas guitarras elétricas que permeiam seu folk tradicional.
Dica de download: “Don’t Let Me Bring You Down” ()
#38. Lana Del Rey
(Honeymoon)
Em Honeymoon, Lana Del Rey volta com seu pop noir sedutor e classudo sobre amores impossíveis (“Salvatore”), drogas, mitos e referências a David Bowie (nos versos da jazzy “Terrence Loves You”) em baladas cinematográficas de instrumentações delicadas, sintetizadores atmosféricos e elementos exóticos (como as flautas em “Music To Watch Boys To) sem perder o apelo popular (“High By The Beach”) de suas produções.
Dica de download: “Terrence Loves You” ()
#39. Ibeyi
(Ibeyi)
As irmãs Díaz (a.k.a. Ibeyi) servem pequenos rituais místicos e espirituais em seu soul experimental montado em acordes de piano, palmas e percussão sincopada para criar seus cânticos sobre amores (“Ghosts”), relações familiares conturbadas (“Mama Says”) e experiências de perda. O álbum funciona como uma religião fundada por uma tribo de Björk e Nina Simone numa floresta assombrada.
#40. Carly Rae Jepsen
(E·MO·TION)
Se “Call Me Maybe” era para ser o ‘one hit wonder’ na carreira de Carly Rae Jepsen, um time de ‘magos da música’ – como Ariel Rechtshaid, Rostam Batmanglij, Sia, Greg Kurstin e Dev Hynes – dão um novo fôlego ao repertório da garota com ingredientes do pop oitentista para anunciar o seu renascimento e amadurecimento natural em E·MO·TION.
Dica de download: “Run Away With Me” ()