TOP 10: os melhores EPs de 2017

10. Danny L Harle
(1 UL EP)

O compositor e produtor Danny L Harle, integrante do selo PC Music, combina vocais distorcidos, batidas grudentas, sintetizadores eufóricos e letras melancólicas num pop fluído. Através de bangers explosivos direcionados aos clubes noturnos (como a faixa-título), produções climáticas calcadas pelo R&B sintetizado (“Heavy Eyelids”), sonoridade borbulhante com vocais robóticos (“Me4U”) e eletrônica colorida contagiante (“Happy All The Time”, co-escrita com Carly Rae Jepsen), o artista fantasia uma festa hipnótica no futuro.

• Coloque para tocar: “Happy All The Time”


09. Samantha Urbani
(Policies of Power)

Samantha Urbani, ex-Friends e colaboradora frequente de Blood Orange, encontra nas décadas de oitenta e noventa a sonoridade para ambientar o EP de estreia Policies of Power. Com nuances de pop urbano (“U Know I Know” e “1 2 3 4”) e R&B nas guitarras marcantes, sintetizadores e batidas viciantes (“Go Deeper”), a artista evoca a nostalgia de uma Madonna underground para compartilhar contos de relacionamentos conturbados (“Hits & Implications”).

• Coloque para tocar: “1 2 3 4”


08. RALPH
(RALPH)

Em seu compacto de estreia, a canadense Raffa Weyman (a.k.a. RALPH) flerta com um pop vintage abraçado pela sensibilidade synthpop de artistas como Shura (“Crocodile Tears”). Suas melodias acolhedoras poderiam caber no repertório das HAIM (“Cold to the Touch”) com sua inspiração vinda da cena dos anos 80 ao entoar nomes como Stevie Nicks (“Tease”) e Donna Summer para tratar com leveza decepções amorosas.

• Coloque para tocar: “Cold to the Touch”


07. Amber Mark
(3:33am)

A norte-americana Amber Mark contrasta soul e pop com nobreza em letras intimistas que abordam os estágios do luto e criadas após a morte de sua mãe em 2013. Do pop tropical à la Rihanna e old school soul de Amy Winehouse em “Lose My Cool”, eletrônica intimista em “Way Back” e no tributo à matriarca em “Monsoon”, Mark nos conduz à uma viagem de ritmos mundanos (“S P A C E”) para cicatrizar feridas e lidar com a perda de entes queridos num diário pessoal em 3:33am.

• Coloque para tocar: “Monsoon”


06. Billie Eilish
(Don’t Smile at Me)

Com apenas 15 anos, Billie Eilish já desponta como uma promissora estrela da indústria pop com Don’t Smile at Me. Apesar da pouca idade, discute temas dos millennials com destreza (“idontwannabeyouanymore”) em sua eletrônica luxuosa e sombria (“Copycat” e “Watch”) ao tratar relações tóxicas (na jazz pop noventista “My Boy”) com uma visão ambiciosa do futuro ou a perspectiva de um psicopata arrependido (“Bellyache”). Don’t Smile at Me carrega uma resistência em sua totalidade como uma antítese da mangorra de Melodrama de Lorde.

• Coloque para tocar: “Copycat”


05. ANOHNI
(Paradise)

A cantora ANOHNI mostra uma série de composições descartadas do álbum Hopelessness, produzidas pelos companheiros Hudson Mohawke e Oneohtrix Point Never, em Paradise. Assim como no álbum, o vocal imponente da artista revela sua veia dramática e política (“Jesus Will Kill You”) em batidas majestosas, instrumentações cinematográficas e vocal singular que resulta em produções ainda mais brutais através de beats que projetam uma guerra (“Paradise”) de sentimentos humanos.

• Coloque para tocar: “In My Dreams”


04. Yaeji
(EP 2)

Com seu deep house com doses de hip hop, trap e R&B, a produtora e cantora Kathy Yaeji Lee (a.k.a. Yaeji) cria composições dançantes com peso emocional (“After That”) para os clubes noturnos (“Raingurl”). Aventura-se em sonoridades, desconstrói outras e explora como pode algumas alternativas (como é o caso do cover de “Passionfruit” de Drake) com sua eletrônica robótica e vocal arqueável em temas como identidade, introspecção e saúde mental.

• Coloque para tocar: “Raingurl”


03. Alice Merton
(No Roots)

A promissora Alice Merton é um talento para ficar de olho e pronta para despontar como um dos grandes nomes de 2018. A artista, de cidadania inglesa e canadense, estudou música pop na Alemanha e evidencia este universo de mudanças e bagagens culturais na faixa título, um pop radiofônico com uma pegada firme na percussão e baixo intenso, movida pelo vocal grandioso e dramático de Merton que soa como uma aspirante a Florence and the Machine da fase Lungs como nota-se em “Hit The Ground Running”.

• Coloque para tocar: “Hit The Ground Running”


02. MAI LAN
(Vampire)

A francesa MAI LAN, lembrada por seus trabalhos ao lado do produtor Anthony Gonzalez (a.k.a. M83), navega pelo pop eletrônico descontrolado (“Technique” e “Nail Polish”), eclético (“Vampire”) e caminhos mais sutis (“Haze” e “Pas D’amour”) junto à produção inquieta e eficiente de Nick Sylvester, responsável pelo álbum Ratchet de Shamir, em Vampire que serve como cartão de visita do futuro álbum Autopilote.

• Coloque para tocar: “Nail Polish”


01. Rina Sawayama
(RINA)

A cantora, compositora e modelo Rina Sawayama junta-se ao eclético produtor Clarence Clarity para apresentar um trabalho vibrante, colorido e contagiante em seu compacto de estreia. Sua voz e sonoridade remete artistas dos anos 80, 90 e 2000 – pense em Britney Spears na empoderada “Take Me as I Am”, Mariah Carey em “Cyber Stockholm Syndrome” ou Beyoncé em “Tunnel Vision” com Shamir – num material que exala urgência rock em riffs de guitarra e brilho pop nas melodias sintetizadas.

• Coloque para tocar: “Alterlife”