Os 10 melhores EPs de 2019

10. Rey Pila
(Lucky No.7)

Os mexicanos do Rey Pila definem-se como um grupo synth-dance-rock. Já foram produzidos por ninguém menos que Julian Casablancas e em Lucky No.7 tomam as coordenadas do seu som. Revelam uma estética retro futurista digna de ser trilha sonora de um filme sci-fi através de riffs dedicados (“Anxious”) e sintetizadores colossais (“Come Over” e “Disciples IV”) cercados por uma atmosfera do final dos anos 1970.

Dica de download: “Come Over”

09. MorMor
(Some Place Else)

No segundo EP da carreira, o cantor, produtor e multi-instrumentista canadense Seth Nyquist (a.k.a. MorMor) lida com sentimentos melancólicos de forma direta e natural em composições dinâmicas que soam como cerimônias (“Make Believe”) levadas pelo seu synthpop soul caloroso (“Some Place Else”) e vocal angelical (“Days Like This”).

Dica de download: “Outside”

08. Love Supreme
(Love Supreme)

O duo francês do Love Supreme nos leva à uma jornada sentimental, sedutora e interplanetária em seu EP de estreia. Seu soul jazz contemporâneo e robótico (“Beauty”), abraçado pelo vocal grave e cavernoso de Joseph Morice, soa como uma versão do futuro de nomes como Tom Waits e Serge Gainsbourg.

Dica de download: “Lonely Feelings”

07. NOIA
(Crisàlida)

Como uma mistura atraente da eletrônica sensitiva de FKA twigs com a versatilidade de ROSALÍA, as composições de NOIA tornam-se peças acolhedoras em seu vocal suave junto a melodias místicas de sintetizadores cristalinos e batidas minuciosas. Como na sentimental “Ausencias”, guiada por uma eletrônica hipnótica acompanhada de uma voz que bebe da tradição do flamenco, a etérea envolvente de “Ciudad del Humo” e no bolero moderno de “Capricho de Seda”.

Dica de download: “Ciudad del Humo”

06. Lucy Dacus
(2019)

Lucy Dacus passou este ano lançando uma coleção festiva de músicas originais e covers ligadas a vários feriados e datas especiais, como: dia dos namorados, das mães, da independência, o aniversário de Bruce Springsteen, Natal, entre outros. Seja no refrão comovente de “My Mother and I”, na versão animada de “Dancing In The Dark”, nas letras políticas de “Forever Half Mast” ou na atmosfera assustadora de “In The Air Tonight”, 2019 é um trabalho cativante que ressalta a versatilidade de Lucy como artista de covers à preeminente jovem compositora.

Dica de download: “La Vie En Rose”

05. Millie Turner
(Hide+Seek)

Em sua sonoridade brilhante, alimentada pelo pop e R&B moderno que soa como um happy hour de Lorde com Robyn, a jovem Millie Turner compartilha euforia (“Landline”) e serenidade em suas composições. Aborda temas sobre descobertas juvenis (“Swimming Pool”), aceitação (“January”) e otimismo em períodos turbulentos (“Ride This Train”) em sua produção eletrônica de harmonias cordiais e vocais afetuosos.

Dica de download: “Swimming Pool”

04. Nasty Cherry
(Season 1)

O Nasty Cherry é a banda de rock protegida de Charli XCX no selo Vroom Vroom. Com seu pop punk de atitude (“Win” e “Music With Your Dad”), suas letras despretensiosas são reavidas em guitarras engajadas, percussão firme, sintetizadores amistosos e beats rodeados por uma atmosfera oitentista (“Live Forever”). E, claro, pelo espírito musical possante de nomes como Kim Gordon e Joan Jett.

Dica de download: “Win”

03. Arlo Parks
(Sophie)

Sophie , com suas influências musicais de MF Doom e Sufjan Stevens, é o segundo compacto da jovem cantora, produtora e poeta inglesa Arlo Parks. Com uma combinação lo-fi e clima trip hop (“Paperbacks”), vocal delicado e solos expressivos de guitarra, suas composições são marcadas por histórias de relacionamentos conturbados sem um pingo de esperança (“Angel’s Song” e versos diretos como “foda-se, eu te amo”) e inseguranças com a própria arte (“Sophie”).

Dica de download: “Sophie”

02. Kilo Kish
(Redux)

Redux vem como um novo respiro na carreira de Kilo Kish após trocar de gravadora. A artista permite-se a explorar novos caminhos para o seu R&B e aplicar diversas influências musicais, incluindo eletrônica (“Spark”), sintetizadores (“Both Sides” e “Nice Out”), hip hop e dance-punk (“Bite Me”) que resulta em um trabalho libertador.

Dica de download: “Spark”

01. COBRAH
(ICON)

Influenciada pela voltagem hipnótica da PC Music e experimentalismos eletrônicos – vindo de nomes atuais como SOPHIE, Death Grips, Grimes e Arca -, a artista queer COBRAH joga com elementos tribais e temperinho de funk carioca (em “ICON”), house (em “U KNOW ME”), eletro (na vogue moderna “WET”) e cyberpunk (no banger “IDFKA”) em suas produções alucinógenas e contagiantes a serem descobertas.

Dica de download: “Glue”