Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Yves Tumor, Empress Of, Purity Ring, Thundercat, TOPS, M. Ward e Everything Is Recorded.
• Yves Tumor – Heaven to a Tortured Mind
(Warp Records)
O Yves Tumor chega ao quarto registro de estúdio, expandindo sua trajetória e atravessando os limites de gênero musical, na companhia do produtor Justin Raisen (Sky Ferreira, Kim Gordon). Se em sua estreia traçava por um caminho experimental para posteriormente extrapolar os limites do pop, em Safe In The Hands Of Love, neste Heaven to a Tortured Mind revela-se um Deus do rock psicodélico (“Medicine Burn”) dos anos 1970. Assessorado por elementos do lo-fi R&B (“Super Stars”), glam e noise, manifesta-se confortável num mundo próprio para evidenciar seu repertório sombrio, melancólico (“Romanticist”) e sensual (“Kerosene!” com Diana Gordon) junto à mensagem de que sempre encontra-se paz em meio ao caos.
• Empress Of – I’m Your Empress Of
(Terrible Records)
O Empress Of, projeto musical de Lorely Rodriguez, lança o terceiro registro de estúdio – “um pequeno milagre que aconteceu no caos e no meio de um monte de merda” como conta – confrontado o universo eletrônico R&B sonhador de suas produções com a cena dos clubes noturnos (“What’s the Point”). Suas temáticas românticas esquivam-se na euforia house (“Give Me Another Chance”) e melodias festivas (“Love Is a Drug”), em números confiantes e ilesos por um pop dinâmico, mas que se resguardam também para momentos mais introspectivos (“Hold Me Like Water”).
• Purity Ring – WOMB
(4AD)
Após cinco anos do lançamento do álbum Another Eternity, o duo eletrônico canadense Purity Ring volta com WOMB, produzido e gravado por Megan James e Corin Roddick. Através de seus sintetizadores meditativos, batidas fragmentadas e vocais carregados de eco, a dupla expõe sua magia sonora e atmosférica (“Peacefall” e “I Like the Devil”) numa busca por aconchego e um lugar de descanso num mundo que não está em nosso controle (“Stardew”).
• Thundercat – It Is What It Is
(Brainfeeder)
O músico, produtor, cantor e compositor Thundercat, com sua fusão honrada de jazz, lança It Is What It Is na companhia de Steven Ellison (a.k.a. Flying Lotus). Do funky virtuoso “Black Qualls”, na companhia do lendário Steve Arrington, Steve Lacy e Childish Gambino, ao disco groove de “Dragonball Durag” para o emotivo tributo a Mac Miller em “Fair Chance”, o artista enuncia-se uma estrela genuína de reputação consolidada e voz única que transcende o gênero.
• TOPS – I Feel Alive
(House Arrest)
O grupo indie pop canadense TOPS ilumina o álbum I Feel Alive com melodias pop crescentes e doces, nostalgia dos anos 1970 (“I Feel Alive” e “Colder & Closer”), acordes de guitarras e sintetizadores cativantes ao colocar relacionamentos, antigos e novos, em primeiro plano. É como uma versão reimaginada e romântica de ABBA e Fleetwood Mac entrelaçada num soft rock apropriado para o vocal caloroso de Jane Penney.
• M. Ward – Migration Stories
(Anti-)
O décimo álbum solo de M. Ward, a cara metade do She & Him, ostensivamente faz o que diz no título da obra (“Histórias de Migração”). São dez músicas sobre o tema da migração humana (“Migration of Souls” e “Unreal City”), inspiradas em relatos reais recolhidos pela mídia, amigos e familiares do músico que é neto de imigrantes mexicanos. O disco, norteado por uma aura country blues, conta com contribuições dos integrantes do Arcade Fire, Tim Kingsbury e Richard Reed Parry, e produção aconchegante de Craig Silvey (Arctic Monkeys, Arcade Fire).
• Everything Is Records – FRIDAY FOREVER
(XL Recordings)
O Everything Is Recorded, projeto do produtor Richard Russell, lança o segundo disco de estúdio, o sucessor da estreia Everything Is Recorded by Richard Russell. FRIDAY FOREVER assume uma perspectiva de uma noite clássica, seguida de perto pelas reflexões preocupantes – cada título de faixa é atribuído a um horário diferente – da manhã seguinte. O álbum apresenta uma série de novos colaboradores (de uma maneira coerente e harmoniosa) – nos rappers britânicos Aitch, FLOHIO e Berwyn (“10: 51PM / THE NIGHT”), os compositores irlandeses Maria Somerville e Kean Kavanagh, as vozes inigualáveis de A.K. Paul, James Massiah e Infinite Coles – assim como nomes consagrados como Ghostface Killah (“03:15AM/CAVIAR”) e Penny Rimbaud.
