Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Hayley Williams, Buscabulla, RAC, I Break Horses, Kehlani, Blake Mills, Milton Nascimento e Criolo.
• Hayley Williams – Petals For Armor
(Atlantic Records)
Hayley Williams, mais conhecida pelos feitos no Paramore ao longo de quinze anos, apresenta o primeiro trabalho solo da carreira. Ao revelar uma nova identidade musical no primeiro single (“Simmer”), com intimidade e maturidade emocional expressiva, a artista veste sua armadura de pétalas (do título) e aparece disposta a oferecer sua essência mais pura e, consequentemente, vulnerável ao trabalho. Os relacionamentos abusivos (“Creepin’”), uma separação dolorosa (“Dead Horse), perdas (“Leave It Alone”), inseguranças (“Roses/Lotus/Violet/Iris” com o boygenius), lealdade (“My Friend”) e conflitos emocionais tomam proporções honestas numa atmosfera pop em busca de resistência (“Over Yet”).
• Buscabulla – Regresa
(Ribbon Music)
O Buscabulla (gíria em espanhol para “encrenqueiro”) é o projeto indie pop dos porto-riquenhos (e residentes em Nova Iorque) Raquel Berrios e Luis Alfredo Del Valle. Regresa, o disco de estreia e gravado no estúdio dos músicos em Porto Rico, é uma montanha-russa emotiva na qual eles encaram e ponderam os problemas que os afetam e à sociedade porto-riquenha em geral: a frustração pela falta de oportunidades para os locais enquanto incentivos fiscais atraem investidores ricos, instabilidade social e política (“NTE”), além de ansiedade e insegurança (“Nydia”). Para os toques finais, o duo trabalhou com Patrick Wimberly (Chairlift, MGMT) que contribui com a produção adicional e mixou o registro.
• RAC – BOY
(Counter Records)
O DJ/produtor português André Allen Anjos (a.k.a. RAC), conhecido por parcerias que vão de Rostam a Rivers Cuomo (do Weezer), volta com o terceiro disco de estúdio e pronto para brilhar com seu indie pop eletrônico de vigor poético. A riqueza de talentos na lista de convidados é uma prova do magnetismo criativo e versatilidade do músico. Entre as escolhas estão: o pop de Gothic Tropic (“Solo”), o soul britânico de Jamie Lidell (“Change the Story”), a eletrônica de Phil Good (“Stuck On You”), o synthpop do St. Lucia (“Better Days”), o produtor LeyeT (“Carefree”), entre outros.
• I Break Horses – Warnings
(Bella Union)
Após seis anos, os suecos do I Break Horses estão de volta com o terceiro disco de estúdio: Warnings. Com sua sonoridade synthpop noir e harmonias celestiais, a dupla retrata universos suntuosos musicalmente criados em melotrons, loops assombrosos, sintetizadores analógicos e letras com uma tensão dramática imersiva (“Death Engine”) em inúmeros níveis em suas composições.
• Kehlani – It Was Good Until It Wasn’t
(Atlantic Records)
Em It Was Good Until It Wasn’t, a artista R&B Kehlani afrenta frustrações (“F&MU”, “Toxic” – focadas na separação do rapper YG), suplícios e especulações amoras (“Everybody Business”) particulares com uma mediação sensual em questões de compromisso e insegurança emocional. O álbum conta com colaborações especiais de nomes como: Tory Lanez (“Can I”), Jhené Aiko (“Change Your Life”), Masego (“Hate the Club”), Lucky Daye (“Can You Blame Me”) e James Blake (“Grieving”).
• Blake Mills – Mutable Set
(New Deal/Verve Records)
O produtor, músico e compositor Blake Mills lança o quarto disco de estúdio e o descreve como “uma trilha sonora da dissonância emocional da vida moderna”. Sua sonoridade cordial e melancólica (“Vanishing Twin”), ao tratar questões que atormentam o nosso mundo, é roteirizada em progressões dedilhadas no violão, pianos suaves (“Summer All Over”), sintetizadores nostálgicos, cordas crescentes e seu vocal sussurrado à la Elliott Smith que saem em busca de conforto.
• Milton Nascimento & Criolo – Existe Amor
(Oloko Records)
O cantor e compositor mineiro Milton Nascimento e o rapper paulistano Criolo encontram-se no EP colaborativo Existe Amor e suas quatro gravações com produção de Daniel Ganjaman. Além de duas músicas gravadas com o pianista pernambucano Amaro Freitas (“Cais” e “Não Existe Amor em SP”), o trabalho traz duas gravações com regência de Arthur Verocai. O projeto arrecada doações através da plataforma de crowdfunding administrada pela Benfeitoria. O fundo é gerenciado pela SITAWI, que repassará os recursos para organizações como É de Lei, SP Invisível, Arsenal da Esperança, entre outras.