O SAULT apresenta o terceiro registro de estúdio, o sucessor dos incríveis 5 e 7, para ser um discurso extra e trilha sonora dos protestos espalhados pelo mundo em apoio ao movimento Black Lives Matter.
Há uma intensidade e comoção na coleção de números sólidos de Untitled (Black Is). É um testemunho de poder (“Us”) em cantos de protesto, militância (“Hard Life”) e mantras (“Black Is”) destinados a marcar um período da história que repreende a sociedade, questiona a brutalidade da polícia contra negros como política de Estado (“Wildfires”) e racismo sistemático.
Em nota, o grupo escreve:
“Apresentamos nosso primeiro álbum ‘sem título’ para marcar um momento em que nós, como negros, e de origem negra lutamos por nossas vidas. Descanse em paz George Floyd e todos aqueles que sofreram brutalidade policial e racismo sistemático. A mudança está acontecendo … estamos focados”.
O disco brilha na produção de Inflo, nos vocais de Cleo Sol, nas parcerias com o cantor/compositor Michael Kiwanuka (“Bow”) e com a poeta Laurette Josiah (“This Generation”) junto à deslumbrante gama de funk, hip hop, soul inspirado na Motown (“Miracles”), ritmos africanos e gospel (na instrumental “Only Synth in Church”) explorada com elegância e vigor pelo grupo.
Untitled (Black Is) surge como uma ampliação necessária à uma mensagem de resistência.