Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: NZCA LINES, 100 gecs, Rufus Wainwright, Julianna Barwick, My Morning Jacket, The Streets, LADAMA e Dinner Party.
• NZCA LINES – Pure Luxury
(Memphis Industries)
O NZCA LINES, projeto do multi-instrumentista Michael Lovett (integrante do Metronomy), manifesta uma série de composições românticas e sarcásticas (“Pure Luxury”) em seu disco funky pitoresco. Pure Luxury é uma coleção de números synthpop vibrantes e groovy sedutores que combinam com os vocais suaves do artista nas canções sobre amores reais e virtuais, traições e ganância num mundo sem futuro. São lamentações e situações inusitadas convertidas em entusiasmo pop nostálgico e glamour para as pistas de dança.
• 100 gecs – 1000 gecs and The Tree Of Clues
(Big Beat Records / Dog Show Records)
O pop experimental e fervoroso do 100 gecs, de Laura Les e Dylan Brady, reinventa (ainda mais) o álbum de estreia 1000 gecs. Para a nova e alucinante balbúrdia, no surpreendente 1000 gecs and The Tree Of Clues, o duo conta com participações e remixes de amigos como Fall Out Boy, Charli XCX (“ringtone”), Rico Nasty, Kero Kero Bonito, Tommy Cash, Dorian Electra (“gec 2 Ü”), A. G. Cook e outros.
• Rufus Wainwright – Unfollow The Rules
(BMG)
Unfollow The Rules é o primeiro registro de composições originais de Rufus Wainwright em oito anos e o nono da carreira. O músico, na casa dos quarenta anos de idade, reflete a vida em canções pessoais, os altos e baixos da vida amorosa ao lado do companheiro (“Peaceful Afternoon”, “Alone Time”) e fama (“You Ain’t Big”) nas melodias majestosas, teatrais (“Devils & Angels (Hatred)”) e influenciadas por lendas da música de Laurel Canyon (“Damsel In Distress”).
• Julianna Barwick – Healing Is A Miracle
(Ninja Tune)
Julianna Barwick faz composições profundas e reflexivas com a voz humana. Healing Is A Miracle marca mais uma meditação exímia sobre som, reverb e voz. Construído a partir da mesma abordagem instintiva e improvisada que o precedeu, ela ergue um clímax em mantras etéreos, sons ambientes, elementos eletrônicos e vocais em camadas. São exercícios que transportam o ouvinte em direção à outras paisagens, para dar início a um processo de cura e arredar fantasmas do passado, com colaborações de Jónsi (“In Light”), do produtor Nosaj Thing e a harpista Mary Lattimore ao longo da jornada.
• My Morning Jacket – The Waterfall II
(ATO)
Em 2014, quando o quinteto My Morning Jacket abandonou as sessões realizadas no Panoramic House em Stinson Beach, arquivou parte do material que deu origem ao álbum The Waterfall no ano seguinte. Cinco anos depois, Jim James retira do armário a parte faltante e apresenta The Waterfall II. No registro, canaliza a mesma tranquilidade e qualidade do antecessor em melodias alt-country sonhadoras e psicodélicas.
• The Streets – None of Us Are Getting Out of This Life Alive
(Island)
A mixtape, o primeiro lançamento do The Streets em nove anos, é despretensiosa nas colagens de rap, grime, hip hop, uk funky, neo soul e dubstep própria do artista. Os temas das faixas limitam-se a namoradas, amores amargos, ligações telefônicas e algumas pinceladas políticas (“Conspiracy Theory Freestyle”). Os créditos ficam com as ecléticas parcerias de Kevin Parker do Tame Impala (“Call My Phone Thinking I’m Doing Nothing Better”), Joe Talbolt do IDLES (na faixa-título), Donae’o e Greentea Peng (“I Wish You Loved You As Much As You Loved Him”)
• LADAMA – Oye Mujer
(Six Degrees Records)
O coletivo LADAMA, sediado na América do Sul e nos Estados Unidos, ostenta um chamado urgente para mulheres em todo o mundo com o eletrizante Oye Mujer. O grupo canaliza o empoderamento feminino (“Mistério”) diante de crises globais (“Nobreza”), destruição ambiental sem precedentes e políticas de imigração injustas na fusão de sons – de afro-latinos, soul, R&B e rock – e versos poliglotas munidos de esperança.
• Dinner Party – Dinner Party
(Sounds of Crenshaw/EMPIRE)
O supergrupo Dinner Party é o encontro de quatro veteranos do soul, jazz, funk, R&B e rap: Kamasi Washington, Terrace Martin, Robert Glasper e 9th Wonder. É um material adorável que revela o entrosamento entre um grupo de amigos talentosos em números extrovertidos, sedutores e, também, sociopolíticos (“Freeze Tag”).