10 Dicas de filmes para assistir no IN-EDIT BRASIL – Festival Internacional do Documentário Musical

O IN-EDIT BRASIL – Festival Internacional do Documentário Musical, que acontece de forma online, de 16 a 27 de junho, com mais de 50 filmes nacionais e internacionais inéditos no circuito comercial, anuncia a programação de 2021.

Pelo segundo ano consecutivo, devido à Covid-19, o festival acontece de forma online, alcançando todo território nacional. Toda a programação estará disponível na plataforma do festival, in-edit-brasil.com. Parte da programação estará disponível também na plataforma do Sesc Digital, sescsp.org.br/cinemaemcasa, com acesso gratuito e, a partir de 28 de junho até 28 de setembro, na Spcine Play, spcineplay.com.br, também com acesso gratuito.

Todos os filmes do Panorama Brasileiro, todos os debates e todos os shows desta edição terão acesso gratuito através da plataforma, do site e das redes sociais do festival. Apenas os filmes do Panorama Mundial terão acesso pago, ao custo simbólico de 3 reais. Como em 2020, toda a receita arrecadada pelo festival este ano será revertida em prol de projetos sociais dedicados e pessoas especialmente afetadas pela pandemia.

O TECO APPLE selecionou 10 filmes para ficar de olho durante o evento:

01) Moby Doc
(Rob Gordon Bralver, EUA, 2021, 92 min.)

Moby é um cara conhecido no mundo inteiro e já passou por diversas fases. Da infância solitária nos subúrbios de Nova York aos maiores palcos do mundo, ele rodou um bocado. E não necessariamente para frente. Seus devaneios, vícios e a vida de popstar, assim como seus acertos e convicções são aqui retratados por ele e à sua maneira: Moby sendo Moby.

02) Dont Look Back
(D.A. Pennebaker, Estados Unidos, 1967, 90 min.)

‘Dont Look Back’ é considerado um dos documentários musicais mais revolucionários de todos os tempos. Aqui, o diretor D. A. Pennebaker acompanha Bob Dylan durante sua turnê pela Inglaterra em 1965 e capta momentos da intimidade do artista que nunca mais voltaríamos a ver. Entre camarins, hotéis, entrevistas e deslocamentos, a câmera registra momentos espontâneos e retrata situações inusitadas que viraram uma referência no mundo do cinema. Com apenas 23 anos na época das filmagens, Dylan já tinha desenvolvido seu estilo próprio de lidar com a imprensa e com o público, o que rende muito pano pra manga.

03) Jair Rodrigues – Deixem que Digam
(Rubens Rewald, Brasil, 2020, 100 min.)

O sorriso, a irreverência e a versatilidade transformaram Jair Rodrigues em um dos cantores mais importantes do Brasil. Jairzão – como era conhecido – deu vida a canções que ficaram marcadas no inconsciente popular e encheu de alegria a casa de milhões de brasileiros por décadas com suas aparições televisivas. Neste filme, dirigido por Rubens Rewald, conhecemos sua história de vida, seus sucessos, sua generosidade e os anos em que foi ignorado mas que seguiu produzindo com os filhos.

04) Don’t Go Gentle – a film about the IDLES
(Mark Archer, Reino Unido, 2020, 75 min.)

A banda inglesa IDLES é um fenômeno recente e alcançou o sucesso com seu primeiro disco, em 2017, depois de anos e anos “soando terrivelmente mal” nos porões de suas casas, como admitem os membros da formação. Hoje, vivem na estrada, de palco em palco, de hotel em hotel, de viagem em viagem. Entre tantas novidades e correrias, é fácil que as coisas saiam do lugar. ‘Don’t Go Gentle’ é um filme sobre como encontrar força na vulnerabilidade.

05) Secos & Molhados
(Otávio Juliano, Brasil, 2021, 90 min.)

O grupo musical Secos & Molhados foi um dos principais nomes na década de 70 e vem encantando e influenciando gerações desde então. Durante os anos de chumbo da ditadura, ser pop e ser andrógino, sexual e político era coisa para pouquíssimos, e os Secos foram tudo isso. Neste documentário de Otávio Juliano, temos João Ricardo, o criador da banda, fazendo algo que nunca fez: contar sua história. Com o Teatro Municipal de São Paulo vazio a seus pés, ele conta sua infância, a iniciação musical, a criação dos Secos & Molhados, a estreia, o sucesso e as brigas.

06) Você Não Sabe Quem Eu Sou
(Alexandre Petillo, Rodrigo Cardoso e Rogério Corrêa, Brasil, 2018, 120 min)

Nasi sempre foi um cara controverso. Desde seus tempos de Ira! no início dos anos 1980, seu nome figura entre os mais talentosos e também mais encrenqueiros da cena brasileira. Os diretores acompanharam o artista durante quatro anos para tentar entender o personagem. Dentro desse período de tempo, podemos ver o fim da sua fase mais “agressiva”, o início da era “paz e amor” e o duro processo que o levou a fazer as pazes com seu parceiro Edgard Scandurra.

07) The Go-go’s
(Alison Ellwood, Estados Unidos, 2020, 97 min.)

Para quem se lembra que a banda The Go-go’s se apresentou no Rock In Rio de 1985 e nada mais, temos uma ótima notícia: o grupo é muito interessante e sua história está cheia de detalhes pitorescos. Elas começaram no exato momento em que o punk se misturava com a new wave e destilaram o melhor dos dois mundos: canções simples e pegajosas, cores vivas e atitude irreverente. Em pouco tempo, estavam dividindo palco com grandes nomes da cena californiana. Mas dos bares de Sunset Strip até o palco da Cidade do Rock, onde estavam quase separadas, apenas cumprindo contrato, muita coisa aconteceu. Muita mesmo!

08) Poly Styrene: I Am a Cliché
(Celeste Bell e Paul Sng, Reino Unido, 2021, 89 min.)

“Algumas pessoas acham que as garotinhas existem para serem vistas, e não escutadas. Eu digo: Nada de amarras!”. É com esse grito que Poly Styrene abre o emblemático disco da banda X-Ray Spex e que se converteu num símbolo de sua geração. Neste filme, sua filha nos apresenta uma caixa com as memórias de Poly e nos revela aspectos poucos conhecidos de sua vida. Um filme delicado em sua abordagem e que contrasta com a atitude punk e contestadora de sua protagonista, falecida em 2011.

09) The Rise of the Synths
(Iván Castell, 2019, Espanha, 90 min.)

Esta é a história do synthwave, uma corrente eletrônica underground inspirada em certas trilhas sonoras do cinema americano (como ‘Halloween’, ‘O Exterminador do Futuro’, ‘Rocky’) e o imaginário dos anos 80. Um gênero que graças ao filme ‘Drive’ e à série ‘Stranger Things’ tem alcançado um grande público. Nesta cena, jovens músicos sentem saudades de tempos que não viveram, mas se aventuram em uma reapropriação única e criativa, sem líderes ou protagonistas. O filme acompanha um grupo de compositores de diversos países que no século XXI, e com a ajuda do MySpace e de outras redes sociais, criaram todo um cenário de música alternativa.

10) 7 Years of Lukas Graham
(René Sascha Johannsen, Dinamarca, 2021, 77 min.)

Com o hit “7 Years”, a banda dinamarquesa Lukas Graham alcança o sucesso mundial e seu vocalista e letrista, Lukas Forchhammer, conquista tudo o que queria: um contrato com uma grande gravadora, a parceria de grandes compositores, como Morten Ristorp e Don Stefano, ouvir sua música tocando nos cinco continentes e, por fim, se apresentar nos palcos mais celebrados do planeta. Em meio a tudo isso, Lukas se torna pai pela primeira vez. Para quem olha de fora, tudo parece um sonho. Mas, vista de dentro, a coisa muda de figura.