8 discos para ouvir hoje: Halsey, Big Red Machine, CHVRCHES, Indigo De Souza, ALIAS e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Halsey, Big Red Machine, CHVRCHES, Kat Von D., Indigo De Souza, Sebastianismos, ALIAS e Turnstile.

HalseyIf I Can’t Have Love, I Want Power
(Capitol Records)

O quarto álbum de estúdio de Halsey é uma obra conceitual sobre as alegrias e horrores da gravidez e do parto como a artista define. If I Can’t Have Love, I Want Power é uma jornada ousada, eclética e fascinante pavimentada pela produção talante de Trent Reznor e Atticus Ross, ganhadores do Oscar e integrantes do Nine Inch Nails. Com uma abordagem melódica tétrica (“The Tradition”) que atravessa o punk rock industrial (“Easier than Lying”, “The Lighthouse”), drum and bass (“Girl is a Gun”), folk (“Darling”) e sintetizadores cativantes (“I am not a woman, I’m a god”), o registro ostenta encanto e ferocidade em temas como dúvida, autossabotagem, saúde mental e misoginia. Destaque para a participação de Dave Grohl, na bateria em “Honey”, e Lindsey Buckingham, nas guitarras em “Darling”.

Big Red MachineHow Long Do You Think It’s Gonna Last?
(Jagjaguwar/37d03d)

O Big Red Machine, projeto de Aaron Dessner (do The National) e Justin Vernon (do Bon Iver), vem acompanhado de um time de estrelas em How Long Do You Think It’s Gonna Last?, como: Robin Pecknold do Fleet Foxes, Sharon Van Etten, Lisa Hannigan, My Brightest Diamond, Taylor Swift, Anaïs Mitchell, entre outros. O álbum reflete uma série de emoções humanas como vida, romances (“Renegade”), solidão (“The Ghost of Cincinnati”), conexão (“Mimi”), nostalgia (“Latter Days”) e morte – “Hutch” é um tributo a Scott Hutchison do Frightened Rabbit – numa jornada indie folk pop de harmonias radiantes e cordiais.

CHVRCHESScreen Violence
(Glassnote)

O CHVRCHES incorpora a experiência digital em um álbum sobre a distopia na era dos celulares e aplicativos (“Lullabies”). Finalizado com seus integrantes separados por continentes, o registro restabelece o tom lírico – com as melhores composições da banda até então e que vão de estado mental a feminismo (“He Said She Said”, “Good Girls”, “Final Girl”) -, a vibrante produção synthpop cinematográfica focada em filmes de horror dos anos 80, o vocal dinâmico de Lauren Mayberry e aventuras por novos territórios (“How Not to Drown”) na companhia de Robert Smith (do The Cure). Em Screen Violence, o trio volta aos trilhos numa amálgama de sentimentos e refrões gloriosos.

Kat Von D.Love Made Me Do It
(Kat Von D.)

Conhecida até então por uma das marcas de beleza veganas mais conhecidas do globo (a Kat Von D Beauty) antes de retirar-se da empresa e apresentadora do reality show ‘Miami Ink’, Kat Von D. lança o disco de estreia Love Made Me Do It. No trabalho, explora um universo desalumiado de sintetizadores analógicos, paisagens pós-punk, tons góticos melancólicos, ricos arranjos orquestrados e magnetismo pop com uma atmosfera das produções de Kate Bush e Kim Wilde. São canções que carregam desilusões amorosas (“Vanish”), relacionamentos tóxicos (“Enough”), medo de se apaixonar (“Fear You”) e perdas (“I Am Nothing”) na companhia de um grande time de colaboradores como Dave Grohl, Linda Perry, Dave Sitek (do TV On The Radio), Peter Murphy (do Bauhaus), Ladyhawke e outros.

Indigo de SouzaAny Shape You Take
(Saddle Creek)

Any Shape You Take, coproduzido com Brad Cook (Bon Iver, The War on Drugs e Waxahatchee), é uma exploração lírica da mudança e do papel melancólico que a artista desempenha na experiência humana. O registro batalha com separações (“17”, “Kill Me”), tentativas frustradas de se apaixonar (“Hold U”), depressão, luxúria com porções de fúria (“Real Pain” é pura catarse nos gritos finais) e vulnerabilidade no repertório indie grunge pop de Souza que comanda o próprio caos existencial com prontidão.

SebastianismosTóxico
(Olga Music)

A necessidade de extravasar os sentimentos em meio ao caos se desdobrou em Tóxico, segundo álbum – o sucessor de Sebastianimos – na discografia solo do integrante da banda Francisco, el Hombre, com um material que nasce em um universo que reflete o título da obra. Com dez faixas e participações como a da banda Fresno, do cantor Badauí (da CPM22) e do beatmaker Faustino, o registro empacota as canções em uma estética “tropikal punk” e proclama a volta de influências do pop punk e da música emo à cena nacional.

ALIASIt’s Not Funny So Stop Smilin’
(Melville Music / Simone Records)

O cantor, compositor e multi-instrumenta ALIAS – conhecido por trabalhar com o arranjador Jean-Phi Gonclaves em trilhas sonoras de séries como ‘Big Little Lies’ e ‘Sharp Objects’ adentra o rock psicodélico, glam e blues de maneira sedutora e afável no EP de estreia. O compacto é uma viagem hipnótica em guitarras difusas, vocais sonhadores, teclados alucinógenos e sintetizadores arpejados que manifestam composições introspectivas cercadas de temática sombrias, histórias fantasiosas, contos de rejeição (“Why Don’t You Wanna Dance?”) e devaneios (“Kyra Collins” com Beyries) que soam legítimos.

TurnstileGLOW ON
(Roadrunner Records)

Gravado com o produtor Mike Elizondo (Fiona Apple, Eminem) e coproduzido por Brendan Yates, GLOW ON expande as influências punk, grunge, pós-punk e hardcore da banda para avançar a novos terrenos explorados em Time & Space. São riffs alvoroçados (“BLACKOUT”), grooves pontuados (“NEW HEART DESIGN”), ganchos pop (“UNDERWATER BOI”) e uma colaboração inesperada e mansa com Blood Orange (“ALIEN LOVE CALL”) que favorecem redescobertas com uma visão (ainda) agressiva e exorbitante que permitem uma série de gêneros co-existirem pacificamente.