7 discos para ouvir hoje: Lady Gaga & Tony Bennett, Tirzah, Ducks Ltd., Princess Century e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Tony Bennett & Lady Gaga, Tirzah, Pond, Brandi Carlile, Andy Shauf e Princess Century.

Tony Bennett & Lady GagaLove For Sale
(Columbia Records)

Comemorando 10 anos desde que gravaram juntos pela primeira vez – a faixa “Lady is a Tramp” -, os mundos de Tony Bennett e Lady Gaga encontram-se para outra colaboração e apresentam o melhor do catálogo de Cole Porter em um álbum tributo ao grande compositor norte-americano. Love For Sale capta a química criativa e pessoal dos dois astros mundialmente famosos acompanhados de uma big band jazz de arranjos tradicionais convenientes para revisitar clássicos como “I Get A Kick Out Of You”, “Let’s Do It”, “Night And Day” e “I’ve Got You Under My Skin”.

TirzahColourgrade
(Domino Records)

Após três anos do álbum de estreia, Devotion, a cantora e compositora de art pop eletrônica Tirzah, em parceria com os colaboradores de longa data Mica Levi e Coby Sey, vai além com seu R&B artisticamente desmantelado com uma sonoridade mais ofensiva, alienada e estranhamente familiar. As canções cristalinas e mínimas da artista têm uma capacidade fantástica de evocar um universo misterioso enfatizando a voz sobre beats e sintetizadores hipnóticos. Sõ números que demonstram confiança e vulnerabilidade em temas como amor (“Sink In”), maternidade (“Tectonic”), relações pessoais (“Hive Mind”) e novos começos (“Send Me”) através de sonâncias e texturas extravagantes sobrecarregadas de interpretação.

Pond9
(Spinning Top Records)

Em seu nono disco de estúdio, os australianos do Pond substituem o pop psicodélico polido por um ambiente de experimentações e sons improvisados numa aventura musical destemida. Flertando com arranjos desvairados que cursam o new wave, disco funk (“America’s Cup”, “Pink Lunettes”), dance punk, jazz (“Take Me Avalon I’m Young”), krautrock – inspirado em Can -, motorik (“Czech Locomotive”) e pop (“Rambo”), a banda condensa um senso anárquico de incerteza com uma sonoridade policromática. 9 é uma sensação de abandono criativo e pura distração (“Human Touch”).

Ducks Ltd.Mordern Fiction
(Carpark Records)

O duo canadense do Ducks Ltd. (ex-Ducks Unlimited), de Tom McGreevy e Evan Lewis, desenvolve um som nostálgico, ensolarado e cinematográfico com a fórmula jangle pop de guitarras arpejadas e belas orquestrações em seu trabalho de estreia. Mordern Fiction traz uma coleção de composições cativantes (“18 Cigarettes”), como um harmonioso encontro do Belle and Sebastian com o The Drums, ao sondar a sociedade contemporânea em declínio e desastres humanos em grande escala por meio de turbulência pessoal (“How Lonely Are You?”, “Under The Rolling Moon”).

Brandi CarlileIn The Silent Days
(Elektra)

Inspirada pela exploração da própria história enquanto escrevia o livro de memórias, ‘Broken Horses’, In These Silent Days foi concebido em meio ao estranho momento de quietude, incerteza e solidão da quarentena. As dez canções refletem temas de aceitação, fé, perda e amor em canções country rock (“Broken Horses”) e americana (“This Time Tomorrow”) com influências de nomes como David Bowie, Freddie Mercury, Elton John e Joni Mitchell (com um tributo em “You and Me on the Rock” com o Lucius).

Andy ShaufWilds
(Anti-)

O cantor e compositor canadense Andy Shauf apresenta Wilds, trabalho com nove faixas descartadas das sessões do álbum The Neon Skyline e que foca numa personagem chamada Judy (recorrente no trabalho do artista) para motivar uma história com começo (“Judy”) e fim (“Jeremy’s Wedding”). Com seu folk rock acústico embriagado de delicadeza, o músico compartilha a habilidade de transverter situações mundanas (como um dia de férias num hotel de luxo em “Spanish On The Beach”) em episódios astrosos (“Jaywalker”).

Princess Centurys u r r e n d e r
(Paper Bag Records)

Maya Postepski não produziu muito como artista solo, mas é uma musicista que se mantém bastante ocupada. Demorou seis anos para lançar s u r r e n d e r, seu segundo álbum de estúdio como Princess Century. Anteriormente, ela colaborou como baterista do Austra e na produção de trabalhos do TR / ST – dois atos que transparecem na sonoridade melódica e gótica do registro – antes de resgatar o projeto. O disco reflete uma ideia de encontrar alegria e prazer ao lado de fases de dor e solidão por meio de beats cruciais, sintetizadores cintilantes e palavras cuidadosamente cantadas num ritual de cura através da dança e do som.