Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Magdalena Bay, BADBADNOTGOOD, James Blake, Sam Fender, Porches, Oh Wonder, Kit Sebastian e Madonna.
• Magdalena Bay – Mercurial World
(Luminelle Recordings)
O disco de estreia do duo indie eletropop Magdalena Bay chega depois deles tornarem-se conhecidos em plataformas como Tik Tok e Twitch. Mercurial World concilia pop psicodélico, funk (“Hysterial Us”), groove, sintetizadores pulsantes, batidas dançantes (“Chaeri”, “Secrets (Your Fire)”), samples distorcidos de videogame (“You Lose!”), riffs fartos de guitarra (“Domino”) e referências do universo de Grimes, CHVRCHES e Charli XCX. São canções charmosas e sedutoras sobre ansiedades, paranoias e crises existenciais acompanhadas do vocal inocente de Mica Tenenbaum e apropriadamente destinadas para a atual geração ativa nas redes sociais.
• BADBADNOTGOOD – Talk Memory
(XL Recordings)
Em Talk Memory, os canadenses do BADBADNOTGOOD retornam aos primórdios instrumentais e prestam homenagem aos músicos, compositores, inovadores e influências num regresso às raízes dos seus trabalhos. Como resultado, o registro transparece uma odisseia jazz aural sobre equilíbrio e harmonia coletiva, com todo o sentido de narrativa psicodélica (“Signal From the Noise”) que isso provoca. Com convidados que incluem o icônico produtor e músico brasileiro Arthur Verocai ao lado de Laraaji, Terrace Martin, o baterista / produtor Karriem Riggins (“Beside April”), da harpista Brandee Younger, além do lendário Russell Elevado (D’Angelo, JAY-Z) na direção da mixagem, o grupo estabelece uma expressão sincera de alegria para a música e a comunidade que eles sentem que têm sorte de habitar como uma banda de jazz do século XXI.
• James Blake – Friends That Break Your Heart
(A Republic Records / Polydor Records)
Passados mais de dois anos desde o lançamento do aclamado Assume Form, o cantor e músico eletrônico James Blake retorna com o quinto álbum de estúdio Friends That Break Your Heart. O trabalho conceitual aborda o difícil terreno emocional quando as amizades terminam (“Life Is Not the Same”, “Friends That Break Your Heart“), o limite delas com o amor (“Famous Last Words”), relacionamentos falhos em todas as esferas (“Say You Will”, “Foot Forward”) e inseguranças (“Funeral”) deslocando-se pela produção melancólica precisa do artista e novas explorações sônicas – como quando flerta com o ambiente da PC Music na vertiginosa “I’m So Blessed You’re Mine” e o rap em “Frozen” – ao lado de colaboradores como SZA (“Coming Back”), JID, SwaVay e Monica Martin (“Show Me”).
• Sam Fender – Seventeen Going Under
(Universal Music)
Como no álbum de estreia, Hypersonic Missiles, a cidade natal de Fender, North Shields, é o pano de fundo das histórias de Seventeen Going Under. No entanto, desta vez é o músico assume a figura central em um ato autobiográfico para refletir o passado (“Seventeen Going Under”) e o presente. As canções, sombrias e com doses de otimismo moldadas num rock de guitarras e pianos que evocam clássicos de Bruce Springsteen e Tom Petty, giram em torno de crises existenciais, hesitações (“Get You Down”), erros cometidos e entendidos (“Aye”, “Mantra”), relações pessoais e familiares (“Spit Of You”) e “eventos que Sam não consegue ignorar” como revela em comunicado.
• Porches – All Day Gentle Hold !
(Domino)
Em seu quinto disco de estúdio, o sucessor de Ricky Music, Aaron Maine (a.k.a. Porches) associa saúde mental com vida amorosa e tempos pandêmicos. Gravado no quarto do artista, entre outubro de 2019 e abril de 2021, a obra reflete o período de isolamento com uma injeção de afeto ao produzir algo que vislumbra amor, urgência e desejo pela humanidade quanto com essência. A atmosfera caótica e sombria nas guitarras sonhadoras, percussão expressiva, sintetizadores módicos e ruidosos salientam o estado intelectivo (“Okay”), sentimental (“Lately”, “I Miss That”) e visionário (“Back3School”) de Maine durante o período.
• Oh Wonder – 22 Break
(Universal Music)
O duo alt pop Oh Wonder, de Anthony West e Josephine Vander, analisa um lado não tão venturoso na relação do casal. 22 Break é fruto da imaginação e uma jornada sentimental dos músicos numa obra sobre término (“22 Break”) e isolamento. Conhecidos por suas canções amorosas e enternecedoras, a dupla sinaliza fragilidades e questionamentos em composições honestas e pessoais baseadas nas próprias experiências durante o período da pandemia (“Don’t Let The Neighbourhood Hear” que soa como um produção de Bon Iver) e como o companheirismo sobreviveu à ela.
• Kit Sebastian – Melodi
(Mr Bongo)
Melodi é o segundo álbum do cativante duo franco-turco Kit Sebastian, de Kit Martin e Merve Erdem, que confunde um retro pop cinematográfico com as fronteiras da world music, jazz e psicodelia (“Agitate”). Para não se contentar em replicar a estreia, o registro transmite uma sensação de amadurecimento. É mais diversificado e oferece vislumbres de diferentes mundos, da Riviera Italiana às montanhas do Cáucaso, das praias da Bahia às ruas das cidades de Istambul e Paris. Esta animosa fusão de paisagens sonoras ilustra um planeta sem fronteiras com a música como uma linguagem internacional, pertencente a todos os lugares e a lugar nenhum.
• Madonna – Madame X Music From the Theater Experience
(Warner Records)
Madonna lança Madame X Music From the Theater Experience junto com o lançamento do filme do concerto na Paramount Plus. Gravado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a apresentação reúne um repertório político em que a artista seleciona clássicos e novas canções em um roteiro que se centra em uma célebre frase do escritor norte-americano James Baldwin: “artistas tem a função de perturbar a paz”. No repertório, aparecem canções como “God Control”, “Batuka”, “American Life”, “Frozen”, “Like a Prayer”, entre outras.