7 discos para ouvir hoje: Adele, Ladyhawke, Peakes, Smile, Deap Vally e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Adele, Ladyhawke, Peakes, Smile, Deap Vally, Robert Plant & Alison Krauss e Alexandra Alden.

Adele30
(Columbia)

Em 30, o disco de divórcio de Adele como muitos o chamam, a britânica fala abertamente sobre relacionamentos tóxicos, culpa, solidão e amor próprio de forma apropriada (como na conversa com filho em “My Little Love” e que procura palavras para explicar a separação) com a capacidade de ferir o coração mais gelado (“To Be Loved”). O foco é encontrar a identidade fora de um relacionamento romântico e a busca por apaixonar-se por si mesma – solteira ou acompanhada – novamente. No registro, a cantora volta com seu pop clássico com piano (“Easy On Me”), mas ao mesmo tempo evita permanecer na zona de conforto ao incorporar elementos da Motown (“Love Is A Game”), reggae (“Cry Your Heart Out”), folk pop (“Can I Get It”), afrobeat e batidas dançantes (“Oh My God”) na produção.

LadyhawkeTime Flies
(BMG)

Time Flies é uma coleção formidável que funde temas íntimos e uma sonoridade animada por guitarras com elementos eletrônicos cativantes. Na meia década desde o aclamado álbum Wild Things, a neozelandesa Ladyhawke passou por uma transformação pessoal. Lutou abertamente com saúde mental, ansiedade, depressão pós-parto e um grave câncer de pele que teve uma recuperação completa. Essa é a sensação de liberdade e alívio que o trabalho transmite ao ajustar o synthpop da artista em números groove (“Mixed Feelings”), rock (“Guilty Love”) e indie pop funky (Think About You). São composições sobre traumas, homofobia, maternidade (“Take It Easy Mama”), relações e renascimento que o tornam em uma carta de amor à vida.

PeakesPeripheral Figures
(Practise Music)

O disco de estreia do trio Peakes é uma viagem pop astral sentimental. Com uma série de influências e gêneros dos anos 80, Peripheral Figures é uma combinação perfeita de sintetizadores cósmicos, batidas eletrônicas eufóricas e o vocal envolvente de Molly Puckering – que se concentra no renascimento eletrônico liderado por mulheres dos anos 90/00, com Portishead, Goldfrapp e Moloko – em uma série de composições sobre relacionamentos (“Day And Age”), isolamento (“Nameless Machines”) e escapismos idealizados durante a pandemia (“Clouds”). Usando as lentes da nostalgia como uma espécie de refúgio, suas paisagens oníricas conduzidas por sintetizadores desafiam qualquer senso de tempo e lugar: seu som é ao mesmo tempo atual, mas transportável como uma memória.

SmilePhantom Island
(Chimp Limbs/INGRID)

Após 9 anos do álbum de estreia, A Flash In The Night, o Smile – projeto dos produtores e compositores suecos Joakim Åhlund (do Teddybears e do Caesars) e Björn Yttling (do Peter Bjorn and John) – retorna com Phantom Island. Com uma produção cinematográfica e cativante, o registro recebe ondas de krautrock, eletro, disco e pop com sensações de nostalgia (“Dressed for Success”), frenesi (“Kylie”, “Kattens Pyjamas”) e introspecção (“Different Kind of Fog”, “Phantom Island”). Destaque para as parcerias com Robyn (“Call My Name”) e Freja The Dragon (“EON”) emprestando os vocais para um dos poucos números cantados do disco.

Deap VallyMarriage
(Cooking Vinyl)

Estar em uma banda é como estar em um casamento: às vezes é mágico, às vezes é insuportavelmente desafiador. Para revigorar essa união, as roqueiras do Deap Vally fazem de seu terceiro álbum um experimento de flexão de gênero com novos colaboradores e instrumentação que empurram os limites do que anteriormente definiu a dupla. O álbum vê Lindsey Troy e Julie Edwards libertarem-se das rígidas restrições criativas dentro das quais existiam (duas integrantes, dois instrumentos, duas vozes) e convidam colaboradores como KT Tunstall e Peaches (“High Horse”) Jennie Vee (“I Like Crime”) e jennylee (“Look Away”) para enriquecer o projeto.

Robert Plant & Alison KraussRaise The Roof
(Warner Music)

O tão esperado reencontro do lendário roqueiro Robert Plant (ex-vocalista do Led Zeppelin) e a cantora americana de bluegrass e country Alison Krauss começa de onde o álbum Raising Sand terminou há cerca de 14 anos. Raise The Roof apresenta predominantemente covers de músicas de lendas do folk, blues, country e soul – incluindo The Everly Brothers (“The Price of Love”), Allen Toussaint (“Trouble with My Lover”), Geeshie Wiley (“Last Kind Word Blues”), Bert Jansch (“If Don’t Bother Me”), Hank Williams (“My Heart Would Know”), Lucinda Williams (“You Can’t Rule Me”) -, além da faixa original “High and Lonesome”, numa mistura deslumbrante de dois mundos aparentemente distintos em canções delicadas e arranjos predominantemente acústicos. Mais uma vez juntando-se ao produtor T-Bone Burnett, a dupla atesta que a química permanece intacta.

Alexandra AldenLeads to Love
(AIE! Records)

Leads to Love, o segundo álbum da cantora e compositora maltesa Alexandra Alden, conta uma coleção de canções sentimentais que meditam sobre um passado terno e um futuro desconhecido (“Helium”). É um reflexo interior entre os mundos sobre os quais a artista equilibra sua vida e tira as próprias conclusões (“Leads to Love”) musicadas por um clima indie pop folk acústico modesto, instrumentações caprichadas e vocais encantadores.