Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Calvin Harris, Jennifer Vanilla, Art Moore, Doechii e Super Hit.
• Calvin Harris – Funk Wav Bounces Vol. 2
(Sony Music)
Cinco anos depois de Funk Wav Bounces Vol. 1, o produtor escocês Calvin Harris retorna com o segundo volume do projeto influenciado pela nu-disco, funk, boogie e soul acompanhado de um elenco de primeira linha, como: Dua Lipa (“Potion”), Justin Timberlake, Halsey (“Stay With Me”), 21 Savage (“New Money”), Chlöe (“Woman Of The Years”), Tinashe, Normani (“New To You”), Jorja Smith (“Somebody Else”) e muito mais. Com uma produção cintilante e sossegada de instrumentações inebriantes, guitarras sedutoras, linhas de baixo pegajosas, percussão leve e sintetizadores dissonantes com um sabor nostálgico dos anos 1970/80, o artista entrega uma sequência satisfatória de melodias ensolaradas e escapistas num convite para um passeio pela praia ou um dia de folga à beira da piscina.
• Jennifer Vanilla – Castle In The Sky
(Sinderlyn)
O álbum de estreia de Becca Kauffman (a.k.a. Jennifer Vanilla), escrito e produzido com Brian Abelson, é uma jornada que percorre a dance music dos anos 90, no wave, pós-punk, art pop, new age e R&B experimental impulsionada pela entrega vocal ágil e virtuosa da artista. Variadamente teatral, sensual e autoritário, Kauffman evoca a precisão cintilante de Ann Steel de Roberto Caccoapaglia, a tenacidade rosnante de Laurie Anderson e a ternura de Shelley Duvall. Suas performances são exercícios de transformação da realidade através da imaginação, testando seus limites, enquanto as canções de Castle in the Sky são um artefato desse laboratório para testar desejos, curiosidade e refletir a fantasia.
• Art Moore – Art Moore
(Anti)
Cada música do álbum de estreia autointitulado da banda recém-formada é seu próprio universo individual de sentimento agridoce: um breve instantâneo de um momento no tempo que captura a fragilidade e a impossibilidade ocasional da conexão humana. As faixas são estudos de personagens hábeis, concentrando-se em iniciantes tímidos, amigos abandonados e ex-namorados, narrando momentos minuciosos – viagens, encontros casuais, jogos de verdade ou desafio – com detalhes ricos e inteligência sutil. Um conjunto de músicas que esboçam a luta e a beleza de lidar com a vida cotidiana. São músicas sobre sentimentos minúsculos e não ditos em grande escala, momentos que muitas vezes são deixados de lado, dado o peso que deveriam ter. Ao longo dessas dez histórias, o trio é implacável em seu foco, mas notavelmente generosos em sua arte fina e preciosa.
• Doechii – she / her / black bitch
(Top Dawg Entertainment / Capitol Records)
A rapper e cantora recentemente contratada pelo selo Top Dawg Entertainment lança o provocante e sedutor EP she / her / black bitch – coleção que precede o álbum de estreia na casa nova – e traz no repertório colaborações com a rapper pop punk Rico Nasty, o novato Jst Ray e a talentosa SZA (no house solto “Persuasive”). Alternando entre vocais suaves (“Bitches Be”, “This Bitch Matters”) e agressivos em fluxos ágeis (“Swamp Bitches”) para abraçar sua negritude, estranheza e todas as interseções de si mesma. Doechii é um dos novos talentos mais desenfreados e versáteis que pintam na área. “Muitas vezes fui chamada de ‘vadia’ como uma forma de me tirar de certos espaços. Então eu decidi me apropriar da ‘vadia preta’ e recuperar esse poder filho da puta” disse a artista sobre o título que o compacto leva.
• Super Hit – Move Closer To Your World
(Cudighi Records)
O Super Hit, projeto psych chamber pop do norte-americano Hayden Waggener, molda um universo mágico inspirado em nomes como Peter Gabriel, Jens Lekman e Arthur Russell no terceiro disco da carreira. Com uma produção encantadora e sutil que flutua por pianos, sintetizadores, guitarras e bateria, a música do artista é elevada através das performances do violoncelista Jude Tedaldi (“Move Closer To Your World”, “Sunrise”), cuja execução traz uma doçura e acolhimento aos arranjos, percorrendo a gama de emoções transmitidas com poucas palavras e permitindo que os sons relatem a história em sua própria linguagem.