Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Jeff Rosenstock, Slowdive, Puma Blue, Royal Blood, The Natvral e Icona Pop.
• Jeff Rosenstock – HELLMODE
(Polyvinyl Record)
HELLMODE marca o quinto álbum de estúdio lançado nos últimos dez anos pelo prolífico Jeff Rosenstock sob seu próprio nome, após a dissolução dos projetos Bomb the Music Industry! e The Arrogant Sons of Bitches. Neste registro, o pioneiro espontâneo do DIY retorna com o álbum mais confiante e coeso de sua carreira, retratando o caos de estar vivo no mundo moderno com angústias, ansiedades e incertezas, a ponto de transformar sentimentos perturbadores em algo estimulante através de melodias épicas e refrões cativantes. O trabalho apresenta uma fusão de gêneros, com grandes pérolas de power pop como “FUTURE IS DUMB” e o coro catártico de “LIKED U BETTER”, raiva punk com vocais frenéticos em “HEAD” e “I WANNA BE WRONG”, inclinações para o emo em “DOUBT”, bem como músicas mais suaves e contidas como na folk “HEALMODE”, revelando um som íntimo e imediato. HELLMODE é mais um vislumbre caótico da música poderosa e emocionalmente ressonante de Rosenstock, tornando-o um dos compositores mais fascinantes e vertiginosos da última década.
• Slowdive – everything is alive
(Dead Oceans)
O Slowdive, ícone do shoegaze britânico dos anos 90, continua sua jornada musical com o álbum everything is alive. O título reflete uma exploração da natureza brilhante da vida, do luto – tanto a vocalista Rachel Goswell quanto o baterista Simon Scott perderam os pais em 2020 -, de romances condenados, da melancolia e de uma sensação de cura e reflexão. Enquanto algumas partes do álbum lembram a atmosfera de Pygmalion de 1995, mantendo-se fiel ao seu som etéreo e melancólico característico de guitarras distorcidas e vocalizações reverberadas sem se apegar à nostalgia. O título reflete uma exploração da natureza brilhante da vida, luto – tanto a vocalista Rachel Goswell quanto o baterista Simon Scott perderam os pais em 2020 -, romances condenados, melancolia e uma sensação de cura e reflexão. Enquanto algumas partes do álbum lembram a atmosfera de Pygmalion de 1995, mantendo-se fiel ao seu som etéreo e melancólico característico de guitarras distorcidas e vocalizações reverberadas, o grupo não se apega à nostalgia, quebrando limites anteriores ao abranger paisagens sonoras sombrias (“skin in the game”), adicionando elementos eletrônicos, sintetizadores modulares (“shanty”, “chained to a cloud”) e jornadas dramáticas inspiradas por John Cale (“andalucia plays”). O álbum é contemporâneo, capturando o espírito de 2023 e além. Apesar de ser um gênero muitas vezes divisivo que leva à introspecção, o grupo demonstra habilidade ao expandir os limites, resultando em um álbum emocional, catártico e vital.
• Puma Blue – Holy Waters
(Blue Flowers)
Holy Waters de Puma Blue é uma jornada intimista que explora temas de vida, amor, morte e renascimento de uma maneira esperançosa, apesar de sua escuridão subjacente. Jacob Allen, o artista por trás do projeto com influências de jazz, trip-hop e lo-fi, mostra um grande salto em sua arte, lidando com uma ampla gama de emoções e expandindo seu som com arranjos mais ambiciosos e dinâmicos. Ao mesmo tempo, ele mantém a estética etérea que caracterizou sua estreia em In Praise of Shadows. O álbum foi gravado com sua banda ao vivo, apresentando técnicas de estúdio mais analógicas e experimentais, resultando em uma sonoridade mais rica. Allen se inspirou em diversos artistas, desde Jeff Buckley até Portishead, e embora haja lembranças de trabalhos de Radiohead e Elliott Smith, ele incorpora essas influências em seu próprio estilo único. Holy Waters é considerado o trabalho mais sombrio de Puma Blue até agora, mas encontra o artista em um lugar melhor, celebrando os momentos bonitos que permanecem após a tristeza e a dor terem passado.
• Royal Blood – Black To The Water Below
(Warner Records)
O quarto álbum da dupla britânica de rock Royal Blood Royal Blood, intitulado Black To The Water Below, representa uma notável evolução em sua música. A banda, composta por Mike Kerr e Ben Thatcher, produziu o material de forma independente em seu próprio estúdio, buscando confiar em seus instintos naturais ao adotar uma abordagem mais livre e diversificada. O disco é descrito como uma exploração de um lugar mentalmente angustiante, focando nos desafios de Mike em permanecer afastado de substâncias narcóticas desde que se tornou sóbrio em 2019. A lista de faixas segue os passos dessa jornada. O registro explora uma variedade de estilos musicais, incluindo melodias mais suaves, teclados e influências das décadas de 60 e 70. A abordagem é mais sobre seguir as ideias onde elas os levam e menos sobre se prender a um gênero específico, com músicas que variam de riffs poderosos em “Mountains At Midnight” a melodias mais suaves em “Pull Me Through” e “There Goes My Cool”, bem como experimentações. A química única entre os amigos ainda é a essência do som do Royal Blood. É um álbum que reflete a liberdade criativa da banda e sua disposição para explorar novos territórios musicais.
• The Natvral – Summer Of No Light
(Dirty Bingo Records)
Kip Berman, o ex-vocalista da banda The Pains of Being Pure at Heart, retorna com seu segundo álbum solo do projeto folk rock The Natvral. Summer of No Light traz uma coleção vibrante e minuciosamente observada de músicas que refletem sobre o passado e enfrentam um presente inevitável. No início do bloqueio em 2020, Berman começou a compor músicas que contemplavam um mundo que parecia ter mudado, ao mesmo tempo que lidava com as necessidades de sua jovem família, buscando conforto no familiar. O álbum nasceu de um momento específico, mas incorpora elementos anacrônicos através dos suaves vocais de Berman e da combinação de pianos e lap steel que evoca nomes como Bob Dylan (“A Glass of Laughter”) e Bruce Springsteen (“Lucifer’s Glory”). Ao desdobrar o tempo para trazer algum sentido a isso, Berman se sente artisticamente revitalizado, recorrendo a histórias grandes e pequenas para dar nova vida e perspectiva à sua própria caminhada.
• Icona Pop – Club Romantech
(Ultra Records/Iconic Sound Recordings/Ten Music Group)
Uma década após alcançar sucesso internacional com o hino “I Love It”, o duo sueco Icona Pop retorna com seu aguardado segundo álbum de estúdio. Club Romantech, o sucessor de THIS IS… ICONA POP, traz uma coleção de 15 faixas prontas para as pistas de dança, com um olhar pop mais maduro, com influências de dance (“Where Do We Go From Here”), house (“Loving You Ain’t Easy”) e ibiza (“Feels In My Body”). Caroline Hjelt e Aino Jawo também contam com parcerias de peso, incluindo Joel Corry e Rain Radio (“Desire”), os compatriotas do Galantis (“I Want You”), o duo de dance pop SOFI TUKKER (“Spa”), o grupo de música eletrônica VIZE (“Off Of My Mind”) e a cantora norte-americana de house Ultra Naté (em “You’re Free”, uma versão repaginada da clássica “Free”).