Após o sucesso do single “labour”, que denuncia a desigualdade no trabalho nas relações heteronormativas, a cantora e compositora britânica Paris Paloma lança “my mind (now)”, mais uma prévia do seu aguardado disco de estreia.
A faixa, produzida por Justin Glasco, começa com uma abertura a capella meditativa que se desdobra em harmonias vocais encantadoras, acompanhada por um arranjo minimalista de piano, guitarra e batida sutil. A transição dos versos suaves e delicados para o refrão explosivo e dramático reflete o tumulto emocional da artista, que canta sobre trauma, TOC e ansiedade.
“my mind (now)” é sobre o antes e o depois do trauma, e o que ele fez com meu estado mental, a sensação de que um evento foi tão cataclísmico que reorganizou a composição química da minha mente. A música é um reflexo da minha luta contra o TOC e a ansiedade como uma resposta a eventos traumáticos, e a tempestade elétrica de emoções que existe dentro da minha cabeça, enchendo-a com ruído que nunca parece ir embora, enquanto procuro alguns segundos de descanso e silêncio dela. É também sobre o poder que outras pessoas têm de colocar esse trauma em movimento, e tanto a fragilidade quanto a força da mente humana. “my mind (now)” é uma personificação do ato de criação na forma de arte e escrita como um mecanismo de enfrentamento que surge do ruído e caos avassaladores da mente”, conta a artista.
O videoclipe, dirigido por Matthew Grass, canaliza o poder catártico da música quase congelando no meio do inverno no País de Gales.
“Estávamos filmando no País de Gales em temperaturas de menos 1 grau, e isso realmente impulsionou a performance. É incrivelmente sujo e escuro, e eu fiquei suja o dia todo. O vídeo pretende ser uma correlação com o caos que existe dentro da música. É aquele sentimento de perda e sofrimento e estar nu e com medo e não saber se você vai sobreviver”, revela Paloma.