Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Childish Gambino, Los Campesinos!, Lava La Rue, GUM & Ambrose Kenny-Smith e Dr. Dog.
• Childish Gambino – Bando Stone and The New World
(RCA Records)
O cantor, compositor, ator e diretor Donald Glover despede-se do seu alter ego Childish Gambino com o lançamento do sexto álbum, Bando Stone and The New World. O registro de 17 faixas – que serve de trilha sonora para o filme de mesmo nome – apresenta uma ampla gama de estilos e influências musicais. Traz elementos de eletrônica industrial em “H3@RT$ W3RE M3NT TO F7¥” – com ecos de Yeezus de Kanye West – para cantar versos sobre riqueza e atitudes provocadoras; afrobeats em “In the Night”, com Jorja Smith e Amaarae, sobre sentir-se atraído por uma mulher que ele sonha à noite; rock em “Lithonia” ao retratar um sentimento de desilusão e resignação; indie pop numa declaração de amor sincero em “Real Love”; emo ao descrever uma sensação de libertação e despreocupação em “Running Around” com Fousheé; reggae ao cantar sobre aproveitar a vida e dançar em “Happy Survival” com o grupo Khruangbin; techno ao retratar um estilo de vida hedonista e uma sensação de descontrole em “Got To Be” – com samples de “I Wanna Rock” de Luke e “Breathe” do Prodigy; rap ao abordar desafios e reflexões sobre a vida e a carreira em “Yoshinoya”; neo soul com uma atmosfera de Sade ao aceitar o término inevitável de um relacionamento em “No Excuses”; e dance com toque de gospel em “A Place Where Love Goes” – que soa como um encontro de The Weeknd e Daft Punk – sobre a busca de felicidade e amor. Com sua rica variedade de sons e temas, Bando Stone and The New World é mais do que um álbum. É a comprovação de que Glover pode ser e fazer o que quiser, com maestria.
• Los Campesinos! – All Hell
(Heart Swells)
Conhecidos por suas apresentações animadas, a banda Los Campesinos! finalmente encontra sua identidade com All Hell, seu sétimo álbum e primeiro lançamento em sete anos. Com este trabalho, o grupo alcança um novo nível de coesão e maturidade, distantes das experimentações anteriores e focando em canções impactantes, acompanhadas de suas narrativas apocalípticas, críticas à sociedade e aceitação melancólica da realidade, como em “Adult Acne Stigmata”, com suas influências de indie rock, pop punk e emo. Faixas como “kms” destacam a voz de Kim Paisey e sua frustração com a vida cotidiana, enquanto “0898 HEARTACHE” combina uma introdução suave com um clímax intenso e guitarras distorcidas para ilustrar tédio existencial e autorreflexão. O álbum mergulha em temas de amor, perda e autodescoberta, com letras que são tanto introspectivas quanto espirituosas. Los Campesinos! infundem sua música com um senso de urgência e paixão, criando uma experiência auditiva imersiva e mostrando uma banda confortável em sua identidade.
• Lava La Rue – STARFACE
(Dirty Hit)
O aguardado álbum de estreia de Lava La Rue, STARFACE, é uma épica aventura inspirada em ficção científica sobre um alienígena que chega à Terra com a missão de salvar a humanidade de si mesma, mas se apaixona por uma humana e precisa decidir entre cumprir sua missão ou permanecer em uma felicidade cósmica. Inspirado na ideia de criar uma versão lésbica de Ziggy Stardust, o trabalho conceitual é repleto de colaborações internacionais e mistura elementos de funk groove (“Better”, com Cuco), pop e hip hop (“Push N Shuv”), psicodelia (“FLUORESCENT / Beyond Space”, com NINE8 e Feux, evocando as produções do Tame Impala), drum ’n’ bass (“STARFACE’s Descent”, com tendai), soul (“Celestial Destiny”, com bb sway) e rock alternativo (“Shell Of You”), ilustrando a ambiciosa aventura queer espacial expansiva de La Rue.
• GUM & Ambrose Kenny-Smith – Ill Times
((P)Doom)
Jay Watson, cofundador da banda Pond e membro de turnê do Tame Impala, também faz música sob o nome de GUM. Em parceria com Ambrose Kenny-Smith, conhecido por seu trabalho com King Gizzard & The Lizard Wizard e The Murlocs, Watson lança o álbum Ill Times. Este trabalho colaborativo de 10 faixas explora funk, psicodelia, rock alternativo e mais, sendo descrito como profundamente hipnótico. A colaboração surgiu após a morte do pai de Kenny-Smith, o que trouxe uma carga emocional ao trabalho, especialmente na faixa “Dud”. Além disso, o álbum aborda temas de resiliência (“Marionette”), introspecção (“Old Transistor Radio”, que expressa o desejo de escapar da realidade e encontrar liberdade na dança e na música) e a dificuldade de superar tempos ruins (“Ill Times”), conferindo ao material uma camada de sinceridade e identificação.
• Dr. Dog – Dr. Dog
(We Buy Gold Records)
Por mais de duas décadas, a banda Dr. Dog tem se dedicado à alquimia indomável da música. Para criar seu décimo primeiro álbum de estúdio, a banda da Filadélfia adotou um novo método colaborativo, buscando uma sinergia mais profunda entre seus membros. Após uma sessão inicial em uma cabana na Pensilvânia, eles evoluíram para o psicodelismo alegre de Dr. Dog, o álbum autointitulado. Produzido por Scott McMicken — o fundador do grupo —, pela primeira vez no comando, o álbum apresenta 11 faixas que variam de soul a surf-rock e pop sinfônico, refletindo uma energia criativa restaurada. McMicken destaca que o álbum não segue um conceito unificado, mas é sobre estar juntos, trabalhando e sendo verdadeiros consigo mesmos. Dr. Dog é um testemunho do crescimento e da evolução da banda, que continua a criar músicas que iluminam a mente e expandem a alma.