Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Jack White, JPEGMAFIA, Me’Shell Ndegéocello, Navy Blue, The Smashing Pumpkins, Moses Sumney e Casino Hearts.
• Jack White – No Name
(Third Man Records)
Após uma série de experimentações em seus trabalhos solos anteriores, em seu sexto disco de estúdio, No Name, o cantor, produtor e guitarrista Jack White resgata o estilo explosivo e direto do White Stripes com um rock de garagem incendiário e áspero com influência de blues se pretensões artísticas sofisticadas em sua finalização. “Archbishop Harold Holmes” é um rap rock de versos cínicos, onde o músico interpreta um pregador prometendo uma bênção financeira especial à sua congregação, “Bombing Out” revela-se um country punk em que cita a letra de “A Change Is Gonna Come”, hino do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, “Underground” é um country rock expressa o desejo de compreender e se conectar com o que está oculto ou fora do alcance da compreensão comum, “Number One With A Bullet” é um rock pesado sobre busca de conhecimento e informação para superar medos e limitações, enquanto a soul rock “It’s Rough on Rats (If You’re Asking)”, com influências de Jimmy Page, reflete sobre as dificuldades e injustiças do mundo. Com este retorno às suas origens, Jack White traz a bagagem de todas as suas bandas — do The White Stripes ao The Raconteurs — provando que ainda mantém sua essência artística espontânea intacta.
• JPEGMAFIA – I LAY DOWN MY LIFE FOR YOU
(PEGGY)
O rapper e produtor JPEGMAFIA lança o álbum I LAY DOWN MY LIFE FOR YOU, seu primeiro projeto solo desde 2021. O disco chega após o aclamado SCARING THE HOES, uma colaboração com Danny Brown, e sua produção em VULTURES 1, com Kanye West e Ty Dolla $ign. O registro mantém o caos imprevisível dos lançamentos anteriores do artista, elevando-o a novos níveis, e conta com a produção e mixagem de Peggy. Inclui faixas com Denzel Curry (“JPEGULTRA!”), Vince Staples (“New Black History”) e Buzzy Lee (“Don’t Put Anything On the Bible”), e reflete sobre o estado do mundo com críticas ao capitalismo e outras questões sociais. Com uma produção meticulosa e inovadora, I LAY DOWN MY LIFE FOR YOU é um marco na técnica do artista, misturando elementos de reggae, metal, funk (em “it’s dark and hell is hot”, produzido com o brasileiro DJ RaMeMes) e outros estilos para criar uma obra de arte crítica e ousada.
• Me’Shell Ndegéocello – No More Water: The Gospel Of James Baldwin
(Blue Note Records)
O segundo álbum de Me’Shell Ndegéocello para o selo Blue Note, No More Water: The Gospel of James Baldwin, é uma homenagem marcante ao escritor e ativista James Baldwin, lançado em seu centenário. O registro mistura gêneros musicais, do gospel ao soul, pop e funk, e se apresenta como uma experiência musical, um serviço religioso, uma celebração, um testemunho e um chamado à ação. Coproduzido por Ndegéocello e pelo guitarrista Chris Bruce, o trabalho conta com colaboradores frequentes e apresenta performances de spoken word poderosas do ativista Staceyann Chin e do ganhador do Prêmio Pulitzer Hilton Als.
• Navy Blue – Memoirs In Armour
(Freedom Sounds)
O norte-americano Sage Elsesser (a.k.a. Navy Blue) apresenta o álbum Memoirs In Amour, sucessor Ways of Knowing, marcando seu retorno ao cenário como artista independente por meio de sua própria gravadora, Freedom Sounds, após sua estreia no selo Def Jam. O trabalho traz o rapper explorando rimas densas e poéticas com letras confessionais sinceras sobre laços familiares (“Running Sand”), espiritualidade (“Low Threshold”, “Slow”), traumas (“Boulder”) e cura (“La Noche”), combinando uma produção soul nebulosa, jazz etéreo e samples luxuosos. Em apenas 27 minutos, Memoirs In Armour apresenta canções introspectivas sobre batidas lo-fi, permitindo que Sage continue a impressionar com sua autorreflexão emocionante.
• The Smashing Pumpkins – Aghori Mhori Mei
(Thirty Tigers)
Aghori Mhori Mei, o décimo terceiro álbum do The Smashing Pumpkins, é um retorno notável às suas raízes dos anos 90. Gravado logo após o álbum conceitual ATUM – sequência de Mellon Collie And The Infinite Sadness (1995) e Machina/The Machines Of God (2000) –, o registro recupera o som característico da banda com os membros originais Jimmy Chamberlin, James Iha e Billy Corgan. As faixas são marcadas por guitarras proeminentes e vocais impressionantes, como em “Edin”. “Pentagrams” destaca os riffs de guitarra e os vocais intensos de Corgan, refletindo sobre o amor eterno, enquanto “Sighommi’ combina acordes maiores e vocais de Katie Cole. “Pentecost” é notável por sua construção lírica, ao explorar a dor e o desamparo em um relacionamento, e elementos de Oceania. Em Aghori Mhori Mei, a banda encontra uma maneira de olhar para trás com sentimentalismo, mas também como um caminho para seguir em frente, transformando sua antiga forma de fazer música em algo inspirador e revelador.
• Moses Sumney – Sophcore
(TUNTUM Records)
O cantor e compositor Moses Sumney, também conhecido por suas atuações em séries como ‘The Idol’ e no filme ‘MaXXXine’, lança o EP Sophcore, pelo seu próprio selo, TUNTUM Records. O trabalho mistura vocais emotivos, sintetizadores atmosféricos com influências de vaporwave, guitarras suaves e batidas sedutoras. Com seis faixas no repertório, o compacto passeia pelo R&B, soul, música eletrônica e funk. Nas composições, Sumney aborda temas como amor (“Vintage”), prazer (“Gold Coast”, “Hey Girl”) e superação (“I’m Better (I’m Bad)”) com refrões marcantes e produção aprimorada, resultando em um trabalho que combina sensibilidade pop com seu R&B introspectivo.
• Casino Hearts – Lose Your Halo
(Casino Hearts)
A banda norte-americana Casino Hearts, composta por Forest Holter, Nick Minor e Jacob Rubeck, lança seu aguardado EP de estreia, Lose Your Halo. Influenciados por artistas icônicos como My Bloody Valentine, Broadcast, Björk e Cocteau Twins, o trio apresenta um som único, que é ao mesmo tempo nostálgico e inovador, misturando dream pop, guitarras distorcidas e batidas trance, com os vocais etéreos de Holter em canções que exploram temas de amor (“In & out of Time”), perda e autodescoberta.