Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Dolores Forever, Haich Ber Na, Rahim C Redcar, Lady Gaga, Kimbra, Mustafa, Hayden Thorpe, TSHA, Liam Benzvi, MICHELLE, Kate Bollinger, SOPHIE, Montell Fish e Maxïmo Park.
• Dolores Forever – It’s Nothing
(Sweat Entertainment)
O duo Dolores Forever, formado pelas amigas Hannah Wilson e Julia Fabrin, apresenta seu enérgico e poderoso álbum de estreia It’s Nothing. O trabalho, definido como um “disco indie pop impactante sobre feminismo, amizade e como enfrentar um mundo caótico”, reflete esse espírito em faixas impulsionadas por sintetizadores vibrantes, guitarras intensas e pelo canto empoderado e genuíno das artistas. O pop luminoso de “Go Fast Go Slow” explora a raiva feminina e a frustração por serem objetificadas, limitadas e definidas pelo gênero, enquanto “Rotten Peaches” revela uma narrativa de ansiedade e a busca por confiança. “Not Now Kids” satiriza políticos paternalistas que se consideram superiores e critica a falta de conexão entre os líderes e a população. Em “Concrete”, elas cantam com um tom feroz sobre a manipulação que as faz duvidar de suas próprias realidades, mandando um elegante “foda-se” ao gaslighting. Já “Split Lip” é uma balada honesta que homenageia seus instintos protetores como amigas. Por fim, “Why Are You Not Scared Yet?” é um hino urgente que oferece uma visão sombria da vida e da sociedade, trazendo temas como traição, falta de comunicação, morte, superficialidade e o descaso com o futuro. Com letras impactantes, repletas de ironia, e uma sonoridade pop fascinante, It’s Nothing é um grito de liberdade para um universo de garotas determinadas a aproveitar a vida agora, sem se preocupar com as regras impostas (“Stop Making It Worse”) ou com o amanhã (“Someday Best”).
• Haich Ber Na – The Everyday
(Haich Ber Na)
Após uma coleção de EPs elogiados, como When We Knew Less e From Then ‘Til Now, o artista, produtor e compositor Haich Ber Na lança o aguardado disco de estreia, The Everyday. Misturando com expertise influências da música eletrônica, soul, funk, future pop e psicodelia, sua sonoridade é o pano de fundo perfeito para suas letras introspectivas, que exploram as complexidades da experiência humana. “Sandringham”, com sua produção pop fantasiosa e que soa como uma combinação de N.E.R.D e Arcade Fire, é uma ode à disparidade de classes e à luta constante. “PE3” detalha uma despedida temporária em busca de seus sonhos, onde os caminhos se separam mas confiante que a conexão com o antigo permanecerá, com a esperança de um reencontro futuro. “Running Circles” explora temas introspectivos e românticos, mantendo uma produção de pop eletrônico com guitarras suaves. “This Could Be Forever” revela-se uma declaração apaixonada de amor eterno e desejo. “Lately” trata as ansiedades e frustrações de alguém que tenta se conectar com uma pessoa por quem está interessado, enquanto “Wits End” revela-se uma balada que caberia no repertório de Frank Ocean e explora a superficialidade do amor e das relações. “Hallelujah!” traz uma sonoridade de rock alternativo do final dos anos 80, com fragmentos que evocam “Where Is My Mind?” dos Pixies, com guitarras estouradas, vocais roucos e rimas agressivas do Paris Texas, em versos sobre alguém que se considera uma nova figura poderosa e intimidadora. The Everyday reflete tentativas frustradas de prosperar na vida profissional e sentimental, valoriza o presente e não se apega ao passado (“Leavers”), e destaca a importância de manter os sonhos, mas também a difícil tarefa de encarar a realidade.
• Rahim Redcar – HOPECORE
(Because Music)
A reinvenção na trajetória do cantor Rahim Redcar, anteriormente conhecido como Christine and The Queens, em seu álbum HOPECORE, é eminente. Neste trabalho, ele se ocupou de todos os aspectos da produção, mesclando dance, ambient e soul de maneira cativante e desprendida, com letras em inglês e francês. O álbum começa com “FORGIVE 8888888” com suas batidas pulsantes enviada para os clubes traz o artista refletindo sobre perdão, ressaltando a importância da reconciliação e da força emocional. Em “DEEP HOLES”, Redcar canta sobre uma jornada de autodescoberta, explorando sua identidade e a profundidade emocional, enfatizando a conexão íntima e o desejo sexual. Na épica “OPERA – I UNDERSTAND”, com seus vinte minutos de duração, a voz do artista se entrelaça com as batidas e sintetizadores expansivos, criando uma experiência vigorosa ao trazer sentimentos como medo, arrependimento, confusão e tristeza. O álbum também aborda questões de marginalização da vida queer, como atestado na faixa “RED BIRDMAN EMERGENCY”, numa mistura de desejo romântico, sexual e espiritual. Apesar das mudanças constantes em sua identidade, o percurso artístico transformador de Rahim continua a fascinar.
• Lady Gaga – Harlequin
(Interscope Records)
Lady Gaga revela que foi intensamente influenciada e motivada por Harley Quinn, personagem que ela vive no filme Coringa: Delírio a Dois. Como resultado, decidiu produzir um álbum que capturasse as nuances de sua figura fictícia, optando por lançá-lo em suas próprias condições. Harlequin apresenta covers de composições clássicas, como “The Joker”, “That’s Life” e “Smile”, em sua maioria influenciadas pelo jazz e pelo soul, lembrando os trabalhos ao lado de Tony Bennett, adaptando-as para o universo caótico do filme. Canções como “Good Morning” e “Get Happy” são reimaginadas com letras adicionais que destacam o espírito rebelde da personagem de Gaga, enquanto “Oh, When The Saints”, com guitarras estridentes e órgãos de igreja, e “World On A String” adquirem novos sentimentos através de arranjos excêntricos. Além das reinterpretações, Harlequin conta com duas canções originais: a valsa “Folie à Deux” e a balada “Happy Mistake” – com uma guitarra elétrica que evoca “Shallow” – no repertório. O projeto combina a paixão de Gaga pela música e a capacidade de criar novas narrativas com a intensidade e complexidade da sua personagem.
• Kimbra – Idols & Vices (Vol. 1)
(KIMBRA)
A artista neozelandesa Kimbra lança o álbum Idols & Vices (Vol. 1) com participações especiais de artistas como BANKS (“Stuff I Don’t Need”), Dawn Richard (“The Moment”), DRAM, Skrillex, Fatboi Sharif (“Tethers”), Sahtyre (“Force Field”), entre outros. O projeto, que explora colaboração e reinvenção, oferece um som mais misterioso e psicodélico em comparação ao seu álbum anterior, A Reckoning. Produzido pela artista e Taylor Graves, Idols & Vices (Vol. 1) combina influências de R&B dos anos 90 com pop contemporâneo, soul e hip hop. As faixas, como “Keen” com DRAM, abordam a desilusão online, enquanto “Catch Ya in the Lie” com Le’Asha é inspirada na cultura da criação de perfis falsos. A canção “Honeycomb” incorpora sons do jogo Candy Crush Saga, refletindo sua abordagem criativa lúdica. Kimbra também colaborou com o animador neozelandês Greg Sharp para criar visuais inspirados em animes dos anos 90, que seguem 10 personagens em busca de momentos de despertar.
• Mustafa – Dunya
(Jagjaguwar)
Em seu álbum de estreia, Dunya, o cantor e compositor sudanês-canadense Mustafa – conhecido por composições para artistas como Camila Cabello e The Weeknd – expande a sonoridade folk que apresentou em seu EP When Smoke Rises, contando com colaborações de grandes nomes como ROSALÍA, Clairo, Aaron Dessner (do The National), JID e Nicolas Jaar. A voz de Mustafa, profunda e suave, é o elemento central, alternando entre cantos e sussurros, criando uma tensão entre imagens de violência e beleza. Suas poesias tratam de crises de saúde mental e sistemas de justiça criminal racializados, resultando em uma reflexão sobre fé, raiva, desespero e luto, tanto em questões individuais (“Nouri”, com vocais de apoio de ROSALÍA) quanto coletivas (“Gaza is Calling”). No entanto, Mustafa também expressa sua ambivalência em relação à sua crescente reputação como poeta da angústia, refletindo sobre sua própria fadiga ao cantar sobre como o envelhecimento cria distâncias entre amigos em “What Happened, Mohamed?” e fazendo uma reflexão poética sobre experiências de vida e relacionamentos em “SNL”. Um dos momentos mais marcantes acontece perto do final, em “Beauty, end”, onde canta apenas sobre uma instrumentação acústica e narra um passado de obediência e transgressão, paz e violência, até chegar a uma conclusão que o assombra. Com sua melodia rica e ganchos sutis, Dunya é um atestado da sensibilidade pop de Mustafa.
• Hayden Thorpe – Ness
(Domino)
Com seu terceiro álbum, Ness, uma adaptação do livro homônimo do autor Robert Macfarlane, Hayden Thorpe – ex-vocalista da banda Wild Beasts – cria seu projeto mais mágico e ambicioso. Inspirado por Orford Ness, em Suffolk, um antigo local de testes nucleares e experimentos com armas químicas durante as guerras, Thorpe cria uma ode a este lugar de paradoxo, mistério e constante evolução, agora sob os cuidados do National Trust desde 1993. Desde a sensual e livre “She”, passando pelo violão dedilhado, instrumentos de sopro e eletrônica borbulhante de “They”, até o inquietante réquiem de “Merman”, os contrastes da paisagem de Ness são ouvidos na música, que transita do folk à orquestra experimental e ao pop. Elementos de Ness também foram incorporados ao disco, como sementes colocadas no bumbo durante a gravação e cardos esfregados para criar o som de chocalhos. Assim como o livro de Macfarlane, que mistura novela, prosa e poesia, Hayden também cria uma obra que desfoca as fronteiras entre música, audiolivro, spoken-word e composição clássica. É uma experiência auditiva única, que transporta o ouvinte a um lugar de temor histórico e maravilha natural, tão relevante para o mundo atual.
• TSHA – Sad Girl
(Ninja Tune)
A DJ e produtora britânica TSHA retorna com Sad Girl, o sucessor da estreia Capricorn Sun, seu trabalho mais dançante até agora. A música “Sweet Devotion”, em parceria com Caroline Byrne, é um exemplo de como ela combina grooves de house e techno, “Girls” é um verdadeiro hino para festas, com produção eletrônica e um refrão cativante cantado por Rose Gray. Neste trabalho, TSHA inicia uma nova fase, onde coloca sua própria voz nas faixas e explora os gêneros que sempre desejou, sem buscar aprovação. A canção “Green” apresenta TSHA cantando pela primeira vez, enquanto “In The Night” combina sua voz com uma melodia de guitarra melancólica. Sad Girl expressa a ideia de que é normal estar triste e até celebrar esses sentimentos, pois não há altos sem baixos. O álbum também aborda sentimentos difíceis, como a solidão, refletindo sua infância isolada e experiências pessoais, incluindo a luta contra a positividade tóxica. A faixa-título, “Sad Girl”, tem uma introdução em versos falados que fala sobre solidão, mas mostra TSHA superando esses desafios. O registro mistura gêneros, incorporando influências de R&B dos anos 2000, techno, dance e pop, fazendo com que os sentimentos de tristeza e solidão, sejam revelados de maneira despercebida e a inspire a buscar por novos começos (“Drive”, um UK garage com os encantadores vocais da sueca Ingrid Witt e que remetem aos de Robyn).
• Liam Benzvi – …And His Splash Band
(Fat Possum Records)
O músico norte-americano Liam Benzvi, conhecido por suas colaborações com artistas como Porches e Hatchie, além de ter sido membro da banda Strange Names, lança seu segundo álbum, …And His Splash Band. Este projeto, que reflete sua paixão pela estética do glam rock europeu dos anos 70, é um trabalho solo que revisita a ideia de banda ao longo do disco com suas colaborações especiais. Embora o álbum faça parte da narrativa fictícia da banda – a tal Splash Band mencionada no título -, ele também expressa as ansiedades reais do artista. Repleto de energia, o registro apresenta faixas vibrantes de synthpop, como “Take Care of Me” e “Dust”, passando pelo groove de “Other Guys”, com a colaboração de Dev Hynes (a.k.a. Blood Orange), discute a superficialidade e as expectativas em novos relacionamentos, enquanto “PTLSD”, com SSION, explora uma luta interna e emocional. Já a balada “2N4”, com uma atmosfera dos anos 80, retrata o momento em que finalmente parece haver acertos em um relacionamento após altos e baixos. Com vocais suaves e composições criativas e cativantes, …And His Splash Band ressalta o talento de Benzvi na cena pop.
• MICHELLE – Songs About You Specifically
(Transgressive)
No terceiro álbum Songs About You Specifically, sucessor de AFTER DINNER WE TALK DREAMS, o coletivo indie pop MICHELLE adota uma abordagem mais celebrativa da honestidade, explorando desejos complexos, arrependimentos e momentos de egoísmo, para ilustrar sua combinação de R&B, traços de funk e elementos de dance com uma sensibilidade pop singular. Diferente dos trabalhos anteriores, que capturavam a agitação da cidade, este álbum é mais introspectivo. Faixas como “Oontz” trazem um synthpop suave com riffs de funk refinados e percussão que remete “Shut Up and Let Me Go” do The Ting Tings, narrando um relacionamento conturbado e repleto de desconfiança. Já “Akira” se destaca com seu baixo cativante e refrão memorável, enquanto o groove indie pop de “Cathy” aborda a solidão pós-término. Por sua vez, a balada pop e melancólica “Mentos and Coke” compara uma relação intensa e instável à explosão de Mentos com Coca-Cola. O grupo revela sua vulnerabilidade em letras sinceras e despretensiosas, abraçando seus erros e arrependimentos, com uma sonoridade cativante e genuína (“Noah”).
• Kate Bollinger – Songs From A Thousand Frames Of Mind
(Ghostly International)
No álbum de estreia Songs From A Thousand Frames Of Mind, a cantora e compositora Kate Bollinger combina influências variadas, como folk psicodélico e pop clássico dos anos 1960, criando uma obra detalhada e envolvente. Cada canção, com tons suaves de guitarra e vocais introspectivos, parece uma trilha sonora para um filme imaginário. “What’s This About (La La La La)” traz a artista cantando sobre a sensação de pressa constante e sobrecarga mental, tentando abandonar informações perturbadoras. “Any Day Now” é um jangle pop em que Bollinger canta sobre uma mulher que está sempre viajando, com suas coisas guardadas em malas, expressando a expectativa de que, em breve, ela conseguirá se organizar mentalmente e se estabilizar. “To Your Own Devices” é uma balada doce e sonhadora, inspirada no pop folk dos anos 1960, em que a artista canta de forma delicada sobre as consequências de buscar a independência e a necessidade de aceitação e desapego. Já “Sweet Devil” é uma peça delicada com um toque de jazz, onde ela aborda o fim de um relacionamento doloroso, decidindo se libertar emocionalmente, mesmo sabendo que pode ser odiada. Por fim, “Lonely” é um número íntimo ao piano, na qual explora a solidão como uma experiência transformadora. Songs From A Thousand Frames Of Mind captura a jornada pessoal de Bollinger e suas conexões musicais de uma maneira íntima e inovadora.
• SOPHIE – SOPHIE
(Transgressive)
O álbum póstumo e definitivo de SOPHIE, inclui colaborações com amigos próximos da produtora falecida, como Kim Petras, Doss, Hannah Diamond, Cecile Believe e Bibi Bourelly. Antes do lançamento completo, foram divulgados os singles “Reason Why” (com Kim Petras e BC Kingdom), “Berlin Nightmare” (com Evita Manji), “One More Time” (com Popstar), “Exhilarate” (com Bibi Bourelly) e “My Forever” (com Cecile Believe). Criado ao lado do irmão e produtor Benny Long, o álbum leva os ouvintes a uma jornada pela pura imaginação de SOPHIE. Os fãs reconhecerão instantaneamente suas texturas e marcas registradas. Dividido em quatro seções, o álbum começa com uma ambientação inquietante (“Intro (The Full Horror)”), evolui para faixas doces de clube (“Live in My Truth” com BC Kingdom e LIZ), passa por techno futurista (“Berlin Nightmare” com Evita Manji) e conclui com pop eufórico (“Love Me Off Earth” com Doss). O lançamento póstumo confere um significado profundo e muitas vezes agridoce a várias faixas, como descrito por Hannah Diamond ao relembrar a gravação de “Always and Forever” durante os lockdowns de 2020. Contudo, o álbum é uma prova de que o espírito e o som de SOPHIE continuam vivos, ressoando em um cenário pop moldado por sua influência.
• Montell Fish – CHARLOTTE
(JCM)
CHARLOTTE, o segundo álbum da trilogia de Montell Fish, sucede JAMIE e representa um marco na carreira do multi-instrumentista e compositor de alt-R&B que pode trazer à memória nomes como Prince e Frank Ocean. Com letras que exploram temas universais como amor, poder, falhas e sucesso, o artista reflete sobre experiências pessoais, incluindo sua luta para se desvincular de sua fé e aprender a lidar com perdas e seguir em frente. O trabalho carrega uma fusão de R&B, lo-fi pop e experimentações eletrônicas, melodias etéreas (“You Changed On Me”), riffs de guitarra inspirados nos anos 80 (“Is it A Crime?”, “Star”), além de vocais soul expressivos no falsete do artista e letras sinceras. A faixa de abertura, “Amor”, inspirada por música clássica e latina, funciona como um prelúdio para a jornada inesperada e experimental que se segue. O álbum aborda a energia vibrante das boates parisienses em “Who Did You Touch?”, ao questionar a fidelidade da parceira, reflete sobre o crescimento que pode surgir após o término de um relacionamento em “Do You Remember”, e explora, de forma intensa, o custo da ambição em “It’s Gonna Cost You” e busca pela fama e reconhecimento em “What’s It Take To Be A Star?”. Produzido em parceria com Jacob Portrait, conhecido por seu trabalho como baixista da Unknown Mortal Orchestra, o registro também conta com colaborações especiais de Clams Casino, Alex G e Daniel Caesar. CHARLOTTE se destaca como o trabalho mais completo de Montell até agora, evidenciando um talento da nova geração assumindo seu poder.
• Maxïmo Park – Stream Of Life
(Lower Third/PIAS)
A banda britânica de indie rock Maxïmo Park apresenta seu oitavo álbum de estúdio, Stream Of Life, retomando a parceria com o produtor Ben Allen, conhecido por seu trabalho em Nature Always Wins. O disco apresenta canções que exploram questões profundas, testemunhando uma crise de meia-idade que surge com determinação a partir da dúvida e da hesitação. Inspirado pela obra de Clarice Lispector, o álbum investiga a busca por significado e a resiliência humana, mostrando que a maturidade da banda combina bem com os temas abordados, utilizando músicas de power pop rock urgentes e hinos que evocam nomes como R.E.M., The B-52’s e The Cars. “Your Own Worst Enemy” apresenta uma energia poderosa e letras que refletem sobre o tempo, “Favourite Songs” trata o poder curativo da música e da amizade, enquanto “The End Can Be As Good As The Start” explora a complexidade das relações.