Bells Larsen reflete sobre identidade e incertezas na faixa-título do álbum ‘Blurring Time’

Bells Larsen / Lawrence Fafard

Em seu segundo álbum, Blurring Time, o artista canadense Bells Larsen promete trazer algo verdadeiramente único, destacando intencionalmente aspectos tanto do passado quanto do presente de sua jornada como homem trans. Alternando entre o indie lo-fi dos anos 90 e baladas folk emocionantes, o projeto inclui vocais que ecoam como memórias congeladas no tempo. Alinhado à sua transição, ele gravou sua voz anterior, mais aguda, e instrumentações em 2022, esperou que sua voz mudasse com a testosterona e, então, convidou a colaboradora Georgia Harmer para criar arranjos vocais para sua nova voz “grave”.

No single “Blurring Time”, que sucede “514-415”, Larsen apresenta uma declaração de missão intensa e emocionante sobre identidade, incertezas e a luta para se definir além das construções sociais. A faixa-título do álbum é uma exploração delicada do eu e da busca pelo significado de “ser”. Com vocais gravados antes e depois de sua transição, a música se torna um exemplo perfeito de seu estilo único de indie folk.

“Sou fascinado pelo conceito de tempo queer, que insinua que pessoas queer e trans vivenciam o tempo de forma diferente em virtude de (frequentemente) descobrirem quem somos mais tarde do que pessoas cis. Como resultado, nossas linhas do tempo são (frequentemente) não lineares e (às vezes) não tradicionais. Quando eu estava escrevendo “Blurring Time” pela primeira vez — um período durante o qual eu ainda não tinha certeza se e como eu faria a transição física — eu não poderia ter imaginado o grau em que minha própria linha do tempo seria queer por eu tê-la borrado”, explica Larsen.

Blurring Time tem lançamento agendado para 25 de abril via Royal Mountain Records.