Volta é recheado de experimentalismo entre momentos de sussurros e berros. O novo álbum – o sexto de músicas inéditas desde a carreira solo iniciada em 1992 – apresenta um som tribal em algumas composições, como é o exemplo da faixa que abre o disco (“Earth Intruders”) e “Hope”, com batidas que ganham formas do grupo Konono N.° 1.
A islandensa conta com a participação do produtor Timbaland – responsável pelos recentes sucessos de Justin Timberlake e Nelly Furtado.
Grandes passagens do álbum ficam por conta do vocal melancólico de Antony Hegarty (em “The Dull Flame of Desire” e “My Juvenile”) e no batidão com loops a la Timbaland de “Innocence”. O engajamento político de Volta aparece em “Declare Independence”, sobre homens-bomba e declarações de independência, sendo uma das faixas de maior intensidade.
Volta é o disco mais acessível de Björk. Na busca de ser pop e experimental, perde o foco quando a cantora busca referências em trabalhos anteriores. Mas nem por isso, perde a qualidade de ser exótico.
Dica de download: “Innocence” (), “Declare Independence” () e “Vertebrae by Vertebrae” ().