BaianaSystem lança álbum com participações de Gilberto Gil, Emicida, Seu Jorge, Anitta, Pitty e mais convidados

BaianaSystem / Bob Wolfenson

O Mundo Dá Voltas, quinto álbum do BaianaSystem, marca o início de 2025 como um novo ciclo criativo, resultado de um processo amadurecido ao longo de anos. É um novo capítulo que dá continuidade à história iniciada com O Futuro Não Demora (2019), que projetava um futuro otimista, mas foi interrompida pela pandemia – registrada em OXEAXEEXU (2021) – e por fatores políticos, ambientais e sociais.

A faixa “Batukerê” abre o disco, em seu primeiro ato, com um convite ao sonho, um chamado para que pessoas de todas as crenças celebrem a vida por meio desse toque. O desejo de batucar. O canto ancestral que traz à tona a força e a esperança em tempos de guerra. Em seguida, somos guiados a um despertar, a contemplar o céu azul e as estrelas, com “A Laje” (com Emicida, Melly e Kandace Lindsey) e suas guerras, suas contradições. Na descida para o asfalto, mergulhamos na “Praia do Futuro” (com Seu Jorge e Antônio Carlos & Jocafi). Na comunidade, encontramos o “Porta-Retrato da Família Brasileira”. Na corrida pelo dinheiro, surge “Magnata”, seguida pela percepção de ser uma “Agulha” no “Palheiro”.

“Pote D’Água” (com Gilberto Gil e Lourimbau) surge para mostrar que, na família, sempre haverá abrigo. Em “Cobra Criada/Bicho Solto” (com Pitty e VANDAL), encontramos o equilíbrio e a necessidade de marcar posição: é preciso saber jogar o jogo, mas sem nunca deixar de ser um bicho solto. Nossa jornada vai se aproximando do fim — ou talvez retornando ao começo — quando “Balacobaco” (com Anitta e Alice Carvalho) anuncia o Carnaval. A certeza de que “O Mundo Dá Voltas” nos conduz a “Ogun Nilê”, onde encontramos a paz. O passado que o futuro ainda não alcançou.

Um álbum que retrata a força das pessoas em sua passagem pelo mundo e o que as move por tantos caminhos e batalhas. As voltas que levam a um acerto de contas, as voltas para o mesmo lugar ou para um outro completamente novo, revelando a capacidade de girar — como a própria essência do sentido do mundo.