#11. Sheryl Crow
(Detours)
Detours é trilhado por acontecimentos relevantes à Crow. Com seu pop folk de FM, dá voz para canções de protesto (“God Bless This Mess” / “Gasoline”) e crises pessoais, como o fim de um relacionamento em “Diamond Ring” e a luta contra o câncer na dolorosa “Make It Go Away”. Com produção de Bill Bottrell, responsável pelo sucesso de Tuesday Night Music Club, o disco recupera a boa forma da artista.
Dica de download: “Out of Our Heads” (vídeo)
#12. MGMT
(Oracular Spectacular)
O pop psicodélico de Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser, uma dupla de Nova Iorque com seus vinte e poucos anos, é uma releitura dos tiozinhos do Flaming Lips. Do eletro funk alucinógeno de “Electric Feel” ao encontro de referências do Air e David Bowie em “Youth”, o duo obtém hits melodicamente intensos e distintos nesta estréia.
Dica de download: “Kids”
#13. Juliana Hatfield
(How to Walk Away)
Movido por promessas (“Such a Beautiful Girl”), tristezas e relacionamentos que esfriam e chegam ao fim (My Baby…), o pop melódico de How to Walk Away é um testemunho no vocal polido de Hatfield. O trabalho avalia a solidão e as memórias que ficam com o término de um romance – como canta no pequeno duelo entre piano e guitarra de “Remember November”. Juliana é como canta: uma menina bonita, vivendo num mundo sujo.
Dica de download: “My Baby…”
#14. Coldplay
(Viva La Vida)
Os arranjos grandiosos e composições bem resolvidas de Viva La Vida colocam o Coldplay no topo do mundo. Os temas de amor, guerra e paz das canções recebem vida nas orquestrações mescladas ao rock saturado (como a pintura que ilustra a arte do álbum) e na produção do lendário Brian Eno. Viva La Vida cumpre o objetivo de tirar Chris Martin e companhia de um mundo em preto e branco chamado X&Y.
Dica de download: “Lovers in Japan”
#15. Portishead
(Third)
Após uma década, um dos nomes mais simbólicos do trip-hop retorna à cena musical. Third, o terceiro álbum de estúdio de Beth Gibbons e seus amigos, não é exclusivamente um disco do gênero. Aventura-se por momentos eletrônicos (na bombante “Machine Gun”), folk (no violão dedilhado de “The Rip”) e até uma certa brasilidade no “mantra” que abre o trabalho.
Dica de download: “We Carry On” (vídeo)
#16. Amanda Palmer
(Who Killed Amanda Palmer?)
A cara-metade do punk cabaret do Dresden Dolls lança seu primeiro trabalho como solista. Who Killed Amanda Palmer? é coeso na produção de Ben Folds que busca fugir das melodias assinadas pelo grupo. Temas delicados como estupro / aborto (“Oasis”), famílias desequilibradas (“Runs in the Family”) e fim de relacionamento (“Astronaut”) buscam fuga em canções que soam como se estivessem sendo extraídas à força de uma peça musical.
Dica de download: “Leeds United”
#17. Emiliana Torrini
(Me and Armani)
Se no início da carreira a islandesa Emiliana Torrini era tachada e comparada à sua conterrânea (Björk), seu terceiro trabalho continua desfazendo os atributos que a crítica lhe bordou. Com o reggae meloso da faixa título, o rock extasiado (“Jungle Drum”) e um pop folk sensível (“Birds”), a artista assume identidade própria com suas miscelâneas sonoras.
Dica de download: “Big Jumps” (vídeo)
#18. She & Him
(Volume One)
A parceria entre a atriz Zooey Deschanel e o músico M. Ward resulta num trabalho de fórmula simples. Volume One é uma homenagem ao pop dos anos 60 (“I Was Made for You”) e a música country (“Change Is Hard”) em acordes de piano e violão que predominam o clima nostálgico e agridoce do trabalho.
Dica de download: “Why Do You Let Me Stay Here?” (vídeo)
#19. The Dodos
(Visitor)
A produção sem grandes artifícios de Visiter contribui para a naturalidade e experimentalismo do trabalho. Com um violão bipolar e bateria marcada, o neo folk deste duo californiano encontra unidade na suavidade vocal e urgência dos instrumentos em composições questionam a existência de Deus e desenterram o passado de seus integrantes.
Dica de download: “Fools” (vídeo)
#20. Fleet Foxes
(Fleet Foxes)
Este quinteto de Seattle, a terra do grunge, é um Arcade Fire fazendo escola com o Beach Boys. Brincam com harmonias vocais, como fica registrado na faixas “Sun It Rises” – que abre o álbum – e “Heard Them Stirring”. O “pop harmônico barroco”, como se definem, cria uma atmosfera aconchegante e de beleza natural nas melodias fundadas no folk / country / rock. Um exemplo é o violão cancioneiro dedilhado de “Tiger Mountain Peasant Song”.
Dica de download: “White Winter Hymnal”