Review: O Casamento de Rachel

O Casamento de Rachel

Em O Casamento de Rachel, a atriz Anne Hathaway tem a oportunidade de se livrar de personagens ordinários e entregar uma das melhores performances do ano como a problemática Kym. Na história, a garota sai da reabilitação para participar dos preparativos do casamento de sua irmã Rachel (interpretada apropriadamente por Rosemarie DeWitt) e reviver um passado que a condena.

O filme é uma panela de pressão aquecida por emoções familiares, um contraste de alegrias comuns e tristezas silenciadas, prestes a explodir a qualquer minuto de projeção. A maneira que seus personagens se machucam verbalmente é de uma crueldade tão intensa que impossibilita o seu espectador a escolher o que e quem está certo ou errado em seus discursos.

O filme apresenta pequenos deslizes, como o foco desnecessário em tomadas arrastadas da festa, mas que não atrapalham o seu desempenho como um todo. São as atuações e o roteiro revelador do longa que transformam O Casamento de Rachel numa peça familiar tão comum e complexa diante de nossos olhos.

Curiosidade: o personagem Sidney é interpretado por Tunde Adebimpe, vocalista da banda TV on the Radio.

O Casamento de Rachel (Rachel Getting Married, EUA, 2007)
Direção: Jonathan Demme
Com: Anne Hathaway, Rosemarie DeWitt, Mather Zickel, Bill Irwin, Debra Winger, Tunde Adebimpe. 112 min.