8 discos para ouvir hoje: The Weeknd, Zebra Katz, Låpsley, Morrissey, ÀIYÉ e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre as novidades estão os trabalhos de: The Weeknd, Zebra Katz, Morrissey, Låpsley, James Righton, Moaning, Clarice Falcão e ÀIYÉ.

The WeekndAfter Hours
(Republic Records)

O canadense Abel Tesfaye (a.k.a. The Weeknd) lança o seu quarto disco de estúdio, o sucessor de Starboy e do EP My Dear Melancholy, persuadido por uma sonoridade pop dos anos 80 (“Blinding Lights”) em seu diário sentimental. Seu R&B atmosférico é acobertado por batidas sufocantes e sintetizadores nebulosos junto à letras sobre festas, sexo, drogas (“Heartless”) e relacionamentos fracassados com expectativa de reconciliação (“After Hours” e “Scared To Live” com o sample de “Your Song” de Elton John).

Zebra KatzLESS IS MORR
(ZFK Records)

Oito anos após estourar com o single “Ima Read” e tornar-se um fenômeno hip hop queer, ao lado de nomes como Mykki Blanco e Le1f, o rapper Zebra Katz apresenta o trabalho de estreia LESS IS MOOR. Combinando sonoridades industriais com drum & bass e letras que analisam sensualidade e experiências da cultura negra, o disco é um corpo de trabalho dramático, poderoso e político (“ISH”) que transparece o melhor do artista.

MorrisseyI Am Not A Dog On A Chain
(BMG Brasil)

Morrissey chega ao seu 13° disco solo de estúdio, produzido por Joe Chiccarelli (The Strokers, The Killers), com composições afiadas que circulam entre a ironia e o melodrama – como sugere o título do trabalho (Eu não sou um cachorro em uma coleira) – desde o tempo do The Smiths. Buscando sair de sua zona de conforto, o trabalho é contemplado por orquestrações fabulosas contrastadas com a eletrônica pop e rock dos anos 80 (“Knockabout World” e “Bobby, Don’t You Think They Know” com os vocais de Thelma Houston) que operam como pano de fundo teatral para a voz e a personalidade única do músico.

LåpsleyThrough Water
(XL Recordings.)

Through Water foi escrito e gravado durante a transição de Låpsley para a idade adulta. O resultado é um coleção de composições que refletem sua recém-descoberta de confiança (“Womxn”), clareza e autoconsciência como artista. Documentando uma riqueza de experiências pessoais (“Ligne 3” e “Speaking of the End”) e histórias de amadurecimento (“My Love Was Like the Rain”), as faixas são escoltadas por uma apurada e etérea eletrônica ao lado do vocal puro e otimista da garota.

James RightonThe Performer
(DEEWEE / PIAS)

Depois de adquirir notoriedade como líder do Klaxons e abandonar o projeto Shock Machine, o inglês James Righton lança o primeiro disco solo, The Performer. O material contrasta intensamente com a eletrônica excessiva dos trabalhos anteriores de Righton e busca alusão em nomes marcantes a partir dos anos 1970. Trilha por números suaves do Roxy Music, agitados do R.E.M. e psicodélicos do Beach Boys ao conduzir elementos clássicos com naturalidade em pleno 2020.

MoaningUneasy Laughter
(Sub Pop Records)

O trio Moaning volta com o segundo disco de estúdio, Uneasy Laughter, abandonando os riffs angulares que desenham a sua estreia e implementam sintetizadores com batidas afobadas que resultam numa combinação tendenciosa de post-punk com synth-wave (“Ego”). Inevitável sentir o entusiasmo e reverberação de bandas dos anos 80 como Joy Division (“Make it Stop”), Cure e Smiths (“Stranger”) no registro.

Clarice FalcãoEU_ME_LEMBRO_
(Chevalier de Pas)

A cantora, compositora e atriz Clarice Falcão volta ao passado e revisita as principais canções de seu repertório com nova roupagem e interpretação de suas letras de amor, saúde mental e amizade. A produção de Lucas de Paiva (Madmundi) oferece uma visão pop eletrônica dançante dos anos 80 com ares de nostagia do extinto Metrô (“O Que Eu Bebi” e “Eu Escolhi Você”) no vocal doce de Clarice.  Destaque para “Eu Me Lembro” que traz Letrux substituindo os vocais originais de SILVA.

ÀIYÉGratitrevas
(Balaclava Records)

Ao resgatar toques de tambor ancestrais, mergulhar na experimentação eletrônica e apostar em um formato ‘one woman band’, a carioca Larissa Conforto dá asas ao projeto ÀIYÉ. Gratitrevas reúne espiritualidade, rituais, ritmos de resistência, saudades da avó, David Lynch e confissões em um universo solitário, porém presente e pulsante. Um registro íntimo e político (“O Mito e a Caverna”) que ecoa, a partir de colagens de tambores, texturas e vivências, gritos e revoltas contemporâneas e universais.