7 discos para ouvir hoje: The Chicks, Haux, Lianne La Havas, Protomartyr e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: The Chicks, Lianne La Havas, Kllo, Ellie Goulding, Protomartyr, Haux e Nicolas Jaar.

The ChicksGaslighter
(Columbia Records)

As integrantes do The Chicks (ex-Dixie Chicks) lançam o primeiro disco em 14 anos e garantem um som mais contemporâneo na companhia do produtor Jack Antonoff (Taylor Swift, Lorde). As melodias country pop são minadas pela vida pessoal e fúria (“Gaslighter”) das integrantes – como o divórcio de Natalie Maines e suas colegas (“Sleep at Night”) – como nunca antes. Mesmo assim, ainda há uma sensação de empoderamento e resiliência (“Julianna Calm Down”) na obra e uma reflexão sobre o atual estado da América (“March March”).

Lianne La HavasLianne La Havas
(Warner Music)

No álbum autointitulado, Lianne La Havas volta inspirada pela melancolia da música brasileira de Milton Nascimento dos anos 70 e pelas harmonias e empoderamento feminino de grupos como Destiny’s Child, segundo revela. La Havas atinge o objetivo na combinação articulada de instrumentações refinadas (“Can’t Fight”), composições honestas (“Paper Thin”, “Bittersweet”), performances vocais versáteis e reinvenções sonoras (como o cover neo soul de “Weird Fishes” do Radiohead).

KlloMaybe We Could
(LAB 344)

O projeto eletrônico dos primos Simon Lam e Chloe Kau, responsáveis pelo Kllo, ratificam o amadurecimento neste segundo registro de estúdio para manifestar uma série de relações amorosas mutáveis. É um material versátil com produções sensíveis desenhadas por texturas eletrônicas densas e absorvidas por uma sonoridade R&B (“Back To You”), elementos do UK garage (“Somehow”) e das raves dos anos 90 (“Still Here”).

Ellie GouldingBrightest Blue
(Polydor)

A primeira metade de Brightest Blue manifesta um lado mais afetivo e introspectivo (“Flux”) com doses necessárias de pop (“Power”) de Goulding. São composições que exploram a vulnerabilidade e inseguranças da artista em baladas poderosas construídas em sintetizadores, beats eletrônicos, arranjos de cordas e harmonizações vocais. A segunda parte do disco (EG. O) distingue-se em uma coleção de canções radiofônicos na companhia de nomes como blackbear (“Worry About Me”), Swae Lee (“Close To Me”) e Juice WRLD (“Hate Me”).

ProtomartyrUltimate Success Today
(Domino Recordings)

Em Ultimate Success Today, o grupo pós-punk Protomartyr instaura o caos na sonoridade agressiva de guitarras ásperas (“Processed By The Boys”), baixos lo-fi e percussão intensa (“Michigan Hammers”). Nas letras, como uma ideia dos fim dos tempos (“Worm In Heaven”), a voz carregada de Joe Casey disputa com as melodias um discurso tóxico com as coisas que nos destroem e que somos impotentes a mudar.

HauxViolence in a Quiet Mind
(Ultra Records)

A estreia de Woodson Black (a.k.a. Haux) é um disco triste influenciado por nomes como RY X e The xx. A produção minimalista, na combinação de folk e eletrônica, é atraída pela crueza lírica e dramas familiares (“Hold On”, sobre a overdose de uma tia que lutava com uma câncer) assombrados por linhas de piano, violões acústicos, cordas distantes e o vocal sussurrado do músico que revela uma jornada árdua por formosas paisagens sonoras.

Nicolas JaarTelas
(Other People)

Nicolas Jaar mantém-se um rapaz ocupado em 2020 e apresenta o terceiro disco do ano, o sucessor de Cenizas e 2017 – 2019 (este do projeto paralelo Against All Logic). Telas é uma peça musical de uma hora dividida em quatro partes. São sons ínfimos e abstratos, instrumentações orgânicas (como as flautas de “Telahora”) e vocais distorcidos pontuados por batidas eletrônicas imprevisíveis e atmosfera entorpecente.