Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Jessy Lanza, Taylor Swift, Liza Anne, The Naked and Famous, Katie Dey e Howling.
• Jessy Lanza – All The Time
(Hyperdub)
Depois do excelente Oh No, a cantora e produtora canadense Jessy Lanza entrega mais um álbum pop arquitetado em elementos eletrônicos, experimentações e nostalgia. All The Time é uma coleção de colagens sonoras e ensaios com referências dos anos 80, disco house, footwork, funk moderno e R&B dos anos 90. Manifesta uma série de letras pessimistas sobre paixões, manter o próprio controle emocional (“Lick In Heaven”, “Face”) e encontrar conexão humana (“Anyone Around”) mascaradas por batidas ágeis e dançantes na produção animada concebida na companhia de Jeremy Greenspan (do Junior Boys).
• Taylor Swift – folklore
(Universal)
folklore foi todo produzido remotamente, com Taylor Swift compondo e produzindo de sua casa com um time de grandes colaboradores, que inclui Aaron Dessner (do The National), Jack Antonoff (Lorde, Lana Del Rey), William Bowery e Bon Iver (“exile”). A artista adentra no universo contemplativo e bucólico do indie folk, deixando de lado as cores e elementos pop vibrantes do disco anterior (Lover), para evidenciar amores adolescentes (“cardigan”), reencontros, sonhos, medos e reflexões numa mistura de vida pessoal e ficção nas composições.
• Liza Anne – Bad Vacation
(Arts & Crafts)
Liza Anne supera relacionamentos tóxicos, hábitos destrutivos e a exaustão do tédio milenar com o híbrido de new wave, art rock e indie grunge-pop dos anos 90 num dia ensolarado deslumbrante. Com um conjunto de canções que lembra St. Vincent (“Bad Vacation”) e Bikini Kill (“Devotion”) a Blondie e Kate Bush nos arranjos equilibrados e ferozes combinados com ganchos de guitarra poderosos, sintetizadores retrô e letras irônicas, Bad Vacation lida com o caos emocional (“I Wanna Be There”) e os medos do mundo real.
• The Naked and Famous – Recover
(Somewhat Damaged/AWAL)
Os neozelandeses do The Naked and Famous, atualmente formado apenas por Alisa Xayalith e Thom Powers, voltam com sua eletrônica indie pop cativante em canções cuidadosamente elaboradas. Recover transporta muito otimismo e é mais colorido e brilhante que o trabalho anterior (Simple Forms) nas melodias encantadoras e extasiantes (“Bury Us”). São mensagens de aceitação (“Come As You Are”), lidar com o luto, como os acontecimentos afetam nossas vidas de maneiras que nunca previmos (“Sunseeker”), sobrevivência (“Death”) e resiliência.
• Katie Dey – Mydata
(Run For Cover Records)
Mydata é um disco oportuno para uma época de relacionamentos à distância por conta da pandemia. A multitalentosa artista australiana Katie Dey, com sua eletrônica experimental sintetizada e magicamente ruidosa (“Data”), aborda relações virtuais que se desdobram em amores efêmeros ou duradouros (“Dancing”). É sobre a busca de uma conexão com outras pessoas (“Happiness”) e como a Internet pode ajudar nessa jornada ou até mesmo piorar a situação nos momentos de mais pura vulnerabilidade do ser. “Se eu pudesse ser uma lâmpada”, Dey canta na abertura do álbum, “explodiria no momento em que você a instalasse”.
• Howling – Colure
(Counter Records)
O cantor e compositor australiano Ryan Cuming (RY X, The Acid) e o produtor musical alemão Frank Wiedemann (Âme) reúnem-se como Howling para apresentar Colure, o segundo álbum da parceria. O registro combina criações transcendentais com a bagagem musical de cada um dos envolvidos. O registro é certamente dualístico: sons eletrônicos e acústicos (“The Water”) ficam confortavelmente lado a lado e grandes ganchos melódicos estão ligados a produções hipnóticas dos clubes (“Healing”, “Light On”).