5 discos para ouvir hoje: Alicia Keys, A.G. Cook, Carne Doce e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Alicia Keys, A. G. Cook, Cults, Fenne Lily e Carne Doce.

Alicia KeysALICIA
(RCA Records)

O sétimo álbum da cantora e compositora luta com as expectativas de outras pessoas e oferece palavras de conforto em canções pessoais com porções de esperança e autoconhecimento. Alicia embarca em uma viagem pela imaginação passando pelo funky groove (“Time Machine”), reggae (“Wasted Energy”), R&B (“Show Me Love”) e folk soul (“Gramercy Park”) com maestria pop singular. Destaque para as colaborações de Miguel, Tierra Whack, Sampha, Snoh Aalegra e Jill Scott.

A. G. CookApple
(PC music)

O “pai do PC music” apresenta o segundo disco solo, após o épico 7G e suas 49 faixas, no ano. No trabalho como um todo, Cook desloca-se aos extremos. Começa com um pop direto e suave (“Oh Yeah”), ruma para uma rave dance hyperpop  (“Xxoplex”, “Airhead”), caminha por terrenos melancólicos com uma identidade rock dos anos 90 (“Jumper”) e entrega-se à mais pura afetividade acústica (“Haunted” soa como se o Bon Iver fosse produzido por ele). Apple atalha por caminhos eletivos ao escapar do roteiro previsto na eletrônica pirada e pop futurista do artista.

CultsHost
(Sinderlyn)

O duo indie pop Cults, de Madeline Follin e Brian Oblivion, volta com sua sonoridade noir fantasiosa em sintetizadores sinistros, orquestrações cinematográficas (“Monolithic”) e vocais melosos acolhedores. Host trata de temas como inseguranças, relações tóxicas (“Shoulders To My Feet”) e a dinâmica parasitária entre cidadão e sociedade (“Trials”) como um conto de fadas em instrumentações expressivas e música experimental quimérica.

Fenne LilyBREACH
(Dead Oceans)

BREACH é um disco expansivo, intimista e frequentemente irônico. Lida com a bagunça e a catarse de entrar na casa dos 20 anos, encontrando paz enquanto se está sozinho. Escrito em isolamento voluntário (pré-pandemia), Lily exibe suas ansiedades e mágoas em um registro, que alterna entre canções acústicas íntimas (“’98”) e passagens indie rock alinhadas (“Solipsism”), otimista e imperioso.

Carne DoceInterior
(Tratore)

Interior revela uma flexibilidade rítmica da banda ao cortejar estilos como dub, samba, reggae e pop com guitarras marcantes e poesia nas composições. São temáticas diferentes em cada canção que promovem uma reflexão introspectiva e dolorosa de problemas ambientais (“Temporal”), a atual situação política do Brasil (“Fake”), emoções (“Garoto”) e otimismo (“Interior”).