Após um anúncio surpresa, o grupo indie folk Fleet Floxes compartilha o quarto álbum de estúdio, Shore, pelo selo – Anti.
Robin Pecknold, o vocalista do Fleet Foxes, começou a trabalhar no sucessor de Crack-Up em setembro de 2018, terminando o álbum no início deste mês. O material conta com colaborações especiais de Uwade Akhere (na faixa de abertura “Wading in Waist-High Water” e “Can I Believe You”), os bateristas Chris Bear e Homer Steinweiss, Meara O’Reilly (“A Long Way Past The Past”), Hamilton Leithauser e os familiares nos vocais de apoio, Kevin Morby, entre outros. Há também um sample de Brian Wilson extraído das sessões de Pet Sounds em “Cradling Mother, Cradling Woman”.
Destaque para a participação de Tim Bernardes em “Going-to-the-Sun Road” cantando os versos finais da canção em português: “a estrada do sol / o começo de tudo / e as nuvens que agora se afastam / mostrando um caminho que está sempre lá / e que é qualquer lado que a gente quiser caminhar”.
Em um comunicado sobre o disco, Pecknold explica que foi fortemente inspirado por Arthur Russell, Nina Simone, João Gilberto, Sam Cooke e outros:
“Eu queria fazer um álbum que celebrava a vida em face da morte, honrando nossos heróis musicais perdidos explicitamente nas letras e levando-os comigo musicalmente, comprometendo-se a viver plena e vibrantemente de uma forma que eles não podem mais, de uma forma que talvez eles não podia nem quando estavam conosco, apesar da alegria que traziam a tantos.
Vejo ‘Shore’ como um lugar seguro à beira de algo incerto, olhando para as ondas de Whitman recitando “morte”, tentado pela aventura do desconhecido ao mesmo tempo em que você está saboreando o conforto do solo estável abaixo de você. Essa foi a mentalidade que encontrei, o combustível que encontrei, para fazer este álbum”.
O disco vem acompanhado de um road movie que retrata paisagens do noroeste americano e as pessoas e animais que as habitam. A direção é de Kersti Jan Werdal.
“O objetivo do filme é coexistir e se envolver com o álbum, ao invés de ter uma relação direta e simbiótica com ele. As cenas urbanas e narrativas interagem com as paisagens mais surreais, ao invés de ficarem em oposição uma à outra. Minha esperança é que o filme, assim como o álbum, reflita otimismo e força” explica Werdal.
Shore encontra-se disponível em todas as plataformas de streaming: