Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Mina Tindle, Future Islands, METZ, Jeen, Nathy Peluso e Cut Worms.
• Mina Tindle – SISTER
(37d03d)
SISTER é um álbum povoado por criaturas míticas de todos os tipos: leões em desfile, amantes transformados em canibais, reis, sereias e mulheres com asas. Como qualquer grande contadora de história, Mina Tindle mistura sua narrativa com uma sabedoria particular. É um trabalho em que a magia de suas composições equilibram-se com um realismo impiedoso na atmosfera de desalento (“Give a Little Love” com Sufjan Stevens) e romance (“Belle Pénitence”, uma carta de amor ao marido Bryce Dessner do The National) da obra. Todos esses cenários são tingidos por uma sonoridade pop intimista, calorosa e apurada que soa como um conforto para os ouvidos dos fãs órfãos de Feist.
• Future Islands – As Long As You Are
(4AD)
Em As Long As You Are, o grupo synthpop Future Islands olha para o passado e também para o futuro, enfrentando velhos fantasmas e abraçando uma nova esperança com doses de amargura, mas sem mexer em sua fórmula acurada. É um disco sobre confiança, cheio de honestidade, redenção e desapego (“Moonlight”), permitindo que velhas feridas cicatrizem ao encerrar capítulos atrozes em harmonias aparentemente alegres (“For Sure”, “Born In A War”) e refrões celestiais (“Thrill”) no vocal melancólico de Sam Herring.
• METZ – Atlas Vending
(Sub Pop)
Os trabalhos do METZ são marcados por uma tensão post punk em bateria propulsora constante, linhas de baixo marcantes e riffs de guitarra alucinantes. Em Atlas Vending, a banda não só continua a empurrar sua música para novos territórios, mas especula o tema de crescer e amadurecer dentro de um formato tipicamente suspenso na juventude em tópicos aparentemente díspares, como paternidade, ansiedade social, vícios, isolamento e o desejo de deixar tudo para trás (“A Boat To Drown In”, “Hail Taxi”).
• Jeen – Jeen
(n/a)
A cantora e compositora alt-pop canadense explora a vida boêmia (“Anything You Want”), depressão e ansiedades (“Deep End”) em seu disco autointitulado. Com um espírito de aventura em sua paleta de sons, entrega uma performance vocal etérea em um ambiente synthpop rock confiante (“For Your Love”). Há uma exuberância na sonoridade, nas batidas instigantes e força na voz de Jeen que flutua livremente em cada uma das composições.
• Nathy Peluso – Calambre
(Sony Music)
O álbum de estreia da artista argentina é uma caixinha de surpresas pronta para manifestar a versatilidade vocal e rítmica da garota. Apesar de manter-se focada em sons R&B e hip hop (“AMOR SALVAJE” e “LLAMAME”), Nathy Peluso esquadrinha novas ideias com êxito para o repertório. Há uma proposta de salsa em “PURO VENENO”, um tango em “AGARRATE”, rap dos anos 90 em “AMOR SALVAJE” e hip hop neo soul em “BUENOS AIRES”, deixando Calambre ainda mais selvagem e sensual em sua essência completa.
• Cut Worms – Nobody Lives Here Anymore
(Jagjaguwar)
O álbum duplo Nobody Lives Here Anymore é o devaneio assombrado de uma paisagem norte-americana dentro e fora da mente de Max Clarke (a.k.a. Cut Worms). Com sua narrativa poética e nostálgica (“Veteran’s Days”), o artista cria um tributo ao pop rock e country (“Sold My Soul”) do meados dos anos 1960 com um charme musical em suas melodias graciosas, letras singulares e vocal genuíno.