Os 10 melhores videoclipes de 2020


10. HAIM – “I Know Alone”
Direção: Jake Schreier

Em plena pandemia para promover o álbum Women in Music Pt. III, as irmãs do HAIM dão um jeitinho especial de lançar um videoclipe simples e agradável para o single “I Know Alone”. Em uma quadra de basquete, o trio revela movimentos de dança coordenados e elaborados numa tomada única com direção remota de Jake Schreier e coreografia graciosa de Francis and the Lights, o mesmo time de “Want You Back”.


09. The Weeknd – “In Your Eyes”
Direção: Anton Tammi

O trabalho é uma continuação do curta-metragem ‘After Hours’ e acompanha o músico perseguindo a sua amante, como um serial killer atrás de sua próxima vítima, por uma cidade sombria. A produção, que remete clássicos do horror dos anos 80 criados por nomes como Wes Craven e John Carpenter, traz sua histérica mocinha (a atriz Zaina Miuccia como a ‘the final girl’ da história) fugindo de seu carrasco e dando a devida lição a ele nos minutos finais.


08. Bombay Bicycle Club“Everything Else Has Gone Wrong”
Direção: Louis Bhose

Jack Steadman, o líder do Bombay Bicycle Club, come o pão que o diabo amassou nos quatro minutos de “Everything Else Has Gone Wrong”. O músico aparece estirado num chão de terra, onde é pisoteado, chutado, massacrado, socorrido e enterrado vivo por pessoas que por ali passam. Tudo registrado, dando simplesmente errado, em uma única tomada.


07. Moses Sumney – “Me In 20 Years”
Direção: Allie Avital

Para a canção, sobre desistir de um relacionamento no passado e versos como “depois de todos esses anos / ainda estou aqui (…) com sua marca na minha cama”, Sumney aparece como um idoso solitário em um apartamento sujo, revivendo memórias em peças de roupas e desaparecendo de maneira poética na “marca da cama” que canta na melodia.


06. Tove Lo“Are U Gonna Tell Her?”
Direção: Alaska

O videoclipe abre com um casal em crise entrando num restaurante flutuante. Ali, a garota estabelece uma conexão sedutora e subjetiva – transformada numa coreografia sensual e literalmente “em chamas” – com um dos funcionários do local sob os olhos atentos de Tove Lo e MC Zaac.


05. Christine and the Queens“La Vita Nuoca”
Direção: Colin Solal Cardo

Héloïse Letissier surpreendeu os fãs em fevereiro com um novo EP do Christine and the Queens e um curta-metragem cinematográfico de mesmo nome, La Vita Nuova. O vídeo, dirigido por Colin Solal Cardo e com ares do clássico ‘Suspiria’ (1977), foi filmado na icônica casa de ópera de Paris Palais Garnier e inicia com a artista no telhado da histórica sede de espetáculos antes de entrar numa batalha de dança íntima e aterrorizante com uma criatura mítica.


04. Bad Bunny – “Yo Perreo Sola”
Direção: Bad Bunny e Stillz

Bad Bunny prova ser uma estrela do pop gigante e segura. Para o videocliple de “Yo Perreo Sola”, descarta qualquer dançarina em cena e revela a drag queen que existe dentro de si. Com visuais provocantes, grandes próteses de silicone e sensualidade, ele reforça a mensagem central de empoderamento feminino em contraste com masculinidade tóxica da música através dos figurinos, versos (“se ela não quer dançar com você, respeite-a / ela faz twerk sozinha”) e quando o próprio aparece acorrentado num círculo de mulheres confiantes.


03. FKA twigs“Sad Day”
Direção: Hiro Murai

FKA twigs canta a tentativa de salvar um relacionamento que está se desfazendo, encontra seu companheiro numa lanchonete, inicia um duelo de espadas no local e que termina (de forma trágica e surreal) no apartamento do casal. O resultado é um encontro de ‘O Tigre e o Dragão’ (2000) com o cinema de David Lynch ideal para desequilibrar emocionalmente qualquer coração.


02. Lady Gaga“911”
Direção: Tarsem Singh Dhandwar

A jornada fantasiosa e esquisita de Lady Gaga, inspirada no cinema de Sergei Parajanov – ‘A Cor da Romã’ (1968) e ‘Ashik Kerib’ (1989) -, além de referências a Alejandro Jodorowsky e Fellini – fez a gente literalmente quebrar a cabeça nas referências e a forma dela brincar com realidade e universos paralelos de maneira tão bela e cruel.


01. Arca – “Nonbinary”
Direção: Frederik Heyman

Em “Nonbinary”, Arca aparece como um ser mutante em construção pronta para tornar-se uma Vênus futurista. Dirigido por Frederik Heyman, o trabalho mostra a artista numa mesa cirúrgica, sendo operada por robôs, e preparando-se para assumir o lugar de deusa numa concha do mar aberta, ancorada por correntes, inspirada na pintura de 1480 de Botticelli, ‘Nascimento de Vênus’. É assustador, futurista, provocante e visualmente impecável.