10. 박혜진 Park Hye Jin
(How Can I)
A cantora, compositora e produtora sul-coreana 박혜진 Park Hye Jin atravessa pelo house, techno, rap, footwork, jungle (“NO”) em seis faixas multifacetadas repletas de encantamento. Brinca com sintetizadores exuberantes (“Like This”), samples vocais suaves – meio cantados, falados em coreano e inglês – e supera os próprios limites na variedade de estruturas sonoras nas produções eufóricas de How Can I.
• Coloque para tocar: “Like This”
09. Little Simz
(Drop 6)
Drop 6 apresenta o ritmo frenético da rapper britânica em um complexidade de sons e criatividade renovada. São produções entusiastas que passam por batidas selvagens uptempo (“might bandg, might not”), baixos acústicos inspirados no jazz (“one life, might live”), pelo trap (“damn right”) e números melódicos (“where’s my lighter com Alewya) moldados por versos confiantes e afrontosos. Um trabalho caprichado, acessível e alinhados à loucura do mundo diante da pandemia (“you should call mum”).
• Coloque para tocar: “might bang, might not”
08. Jup do Bairro
(Corpo Sem Juízo)
O EP de estreia da artivista trans Jup do Bairro é um ciclo subjetivo de nascimento, vida e morte – não necessariamente nessa ordem – de alguém em constante construção/transformação. Corpo Sem Juízo versa e retrata diferentes corpos e vozes em seu som autoral construído com elementos do rock (“Pelo Amor de Deize”) à música eletrônica (“Transgressão”), passando pelo funk carioca (“All You Need Is Love”) e pelo hip hop (“O Corre”) com colaborações de Deize Tigrona, Linn da Quebrada, Rico Dalasam, Mulambo e BadSista.
• Coloque para tocar: “All You Need Is Love”
07. Holly Humberstone
(Falling Asleep At The Wheel)
A artista revelação (e um nome para ganhar o gosto popular em breve) Holly Humberstone tem uma voz adorável e versátil que soa como uma Phoebe Bridgers (“Deep End”) ou uma Lorde (“Falling Asleep At The Wheel”) em produções baseadas em guitarras, pianos e doses de ritmos eletrônicos com a habilidade de uma irmã HAIM (“Overkill”). Suas canções tratam de temas como saúde mental, relacionamentos tóxicos e agitação emocional, sempre com uma dose de otimismo juvenil.
• Coloque para tocar: “Falling Asleep At The Wheel”
06. Tomberlin
(Projections)
Com produção de Alex G e Sam Acchione, Sarah Beth Tomberlin segue o caminho da estreia At Weddings (2018) trazendo novos colaboradores e técnicas para o ambiente sombrio característico de sua musicalidade. Com vocais roucos e esmerados, a garota andarilha por baladas folk lentas (“Hours”) e outras que se disfarçam ser mais alegres musicalmente (“Wasted”). Projections é uma jornada introspectiva, com temas como nostalgia e saudade na trama, construída em uma sonoridade harmoniosa e comovente de testemunhar.
• Coloque para tocar: “Floor”
05. Tei Shi
(Die 4 Ur Love)
A cantora e compositora canadense/colombiana Valerie Teicher Barbosa (a.k.a Tei Shi) cerca-se de uma atmosfera eletrônica cósmica inspirada pelos anos 80 (“Die 4 Ur Love”) e recobra as origens latinas nos elementos acústicos (como na latin disco “Johnny”) para evidenciar desilusões amorosas à flor da pele (“Disappear”). Uma coleção de hinos confessionais pop libertadores criados na quarentena e sem a pressão de uma gravadora nas costas.
• Coloque para tocar: “Die 4 Ur Love”
04. Shygirl
(ALIAS)
Em menos de vinte minutos, a rapper Blane Muise (a.k.a. Shygirl) imprime múltiplas personalidades nas músicas de ALIAS. Explora sons frenéticos em “SLIME” (faixa co-produzida por SOPHIE), a exaltação da eurodance (“SIREN”), a euforia industrial (“FREAK”), a invocação das raves (“TASTY”) e garante um trabalho excepcionalmente multissensorial.
• Coloque para tocar: “FREAK”
03. Chiiild
(Synthetic Soul)
O EP de estreia do Chiiild, projeto de Yoni Ayal, une elementos de pop ambiente e psicodélico, nostalgia soul e R&B moderno para acomodar suas produções. Como uma união estável de D’Angelo com Tame Impala, a dupla compartilha uma sensibilidade ímpar para cada uma das canções através de um som polído, acolhedor e hipnótico.
• Coloque para tocar: “Count Me Out”
02. Christine and the Queens
(La Vita Nuova)
La Vita Nuova apresenta um total de seis canções. Entre elas aparecem a vulnerável “People, I’ve Been Sad”, a faixa-título na companhia de Caroline Polachek (ex-Chairlift) e duas versões – uma em francês e outra em inglês – de “I Disappear in Your Arms”. Com nuances de melancolia e poesia, Héloïse Letissier (a.k.a. Christine and the Queens) molda um cenário impecável em sintetizadores vibrantes e aura oitentista (“Nada”) para suas melodias pop teatrais incisivas e dançantes.
• Coloque para tocar: “La Vita Nuova”
01. Tkay Maidza
(Last Year Was Weird, Vol. 2)
A cantora e rapper australiana Tkay Maidza revela-se uma artista versátil ao sobrexceder por gêneros com facilidade. Last Year Was Weird, Vol. 2 é uma jornada inesperada entre as batidas hip hop com bases pesadas (“Shook”), trap (“Awake” com JPEGMAFIA), eletro house (“24k”) e baladas animadas fascinantes (na funky “Don’t Call Again” e na soul bossa nova “You Sad”). A diversidade que Maidza experimenta e administra soa como diversos discos dentro de uma mesma obra-prima.
• Coloque para tocar: “24k”